Capítulo 37

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Ed arregalou os olhos enquanto Sophia tinha a face em choque, pegou a mão da loira levando até o refeitório, puxaram duas cadeiras e ficaram em uma mesa, poderiam conversar melhor. 

- Como? quando? onde? e como novamente? - Ed segurou as mãos de Sophia. 

- Você sabe como - cerrou os olhos - se eu estiver... 

- Se você estiver sua vida está arruinada, ao menos que goste de ter filhos. 

- Minha mãe vai me matar. 

- Seu pai também - bufou de nervosismo - vocês não usam camisinha? 

- Usamos mas, ele me deu uma pílula do dia seguinte. 

- Está explicado - cruzou os braços - esses tipos de remédios não são confiáveis. 

- Claro que são, todas que ele já - fez o ato com as mãos - tomaram. 

- Com você o efeito foi diferente - se encararam - e agora? 

- E agora que preciso dar um jeito.

- Pelos Deuses, pensei que era responsável. 

- E sou - quase gritou. 

- Estou vendo - discou alguns números deixando Sophia nervosa. 

- O quê está fazendo? 

- Ligando pra alguém, gosto de ligar quando estou nervoso. 

Pobre Sophia. 


Na universidade de Micael o moreno comemorava sua vingança de ontem, Tompson contou a Jackson e manteve o segredo em trio como sempre fazia, voltaram pra sala e terminaram o bravo trabalho de códigos penais mas Micael estranhou, Loren tinha faltado. 

- O quê foi? - Jackson apoiou-se no ombro do amigo. 

- A galho seco faltou. 

- Tompson - Micael chamou atenção - não fale dela assim. 

- Vou contar a Jesus Branca. 

- Pode contar, a menina tem uma doença séria. 

- E não se cura por quê? 

- Porque talvez não consiga, você acha que é fácil? 

- Ninguém liga pra ela nessa porra de sala, nem sei como você se importa. 

- Me importo porque ela é minha amiga. 

- Desculpa aí, melhores amigos - Tompson pegou um cigarro do maço e saiu porta a fora, Jackson bufou.

- Ele está impossível - Jackson cerrou os olhos - vamos terminar logo, minha dupla também faltou. 

- Então vamos. 

E o resto da tarde foi assim, trabalho e mais trabalho. 


Sophia não voltou mais as aulas naquela tarde, ficou no refeitório vazio junto com Ed que acolhia a amiga, pensou em todas as formas de contar a Micael mas não teve resposta, teria que ser com ele ali, junto e na surpresa, não importando com a resposta. Esperou o sinal bater e saiu com o amigo pro portão principal que segurava seu braço em conforto. 

- Está me ajudando muito - sorriu amigável. 

- É pra isso que eu sirvo, pedacinho de chocolate branco - Sophia riu leve - o quê vai fazer? 

- Ainda não sei - respirou fundo - estou bem precipitada. 

- E coloque precipitada nisso - cruzou os braços - qualquer coisa me ligue. 

BranquinhaWhere stories live. Discover now