Capítulo 28

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Micael puxou Sophia que agarrava os cabelos da morena, o bolinho foi tirado pelas mãos do mesmo, cabelos bagunçados fazia a cena. 

- EU VOU TE MATAR, SUA VACA - Sophia se remexia nos braços do namorado que a segurava. 

- VEM, ME MATA ENTÃO - sorriu maléfica - ELE MENTE PRA VOCÊ, IMAGINE O QUÊ FAZ QUANDO NÃO ESTÁ PERTO. 

- CHEGA SAILY - Micael gritou - Sophia, eu vou explicar. 

- Eu quero uma explicação - virou e cruzou os braços - ANDA. 

- Calma, por favor - o moreno a soltou - enquanto você Saily, entre no seu quarto e... 

- Você não é meu pai - advertiu - estou saindo fora, adeus pra vocês - pegou um cigarro e saiu porta a fora. 

Sophia encarou Micael com lágrimas nos olhos, queria saber toda a verdade. Mordeu os lábios e bateu o pé esperando a voz do namorado, queria saber de todas as formas. 

- É verdade? 

- É - pausou - você sabe que eu faço isso a alguns anos - disse calmo, Sophia encarou o chão. 

- Por quê você mentiu pra mim? 

- Porque eu sabia que você ia dar escândalo. 

- Escândalo? - perguntou indignada. 

- Sim, você faz e isso é fato - cerrou os olhos - eu estou traficando porque preciso de grana. 

- Grana? traficando? você pode muito bem arrumar um emprego. 

- Não tem emprego pra mim, não aqui. 

- AQUI É SEATTLE - gritou. 

- EU NÃO QUERO TRABALHAR SERVINDO MESAS, NÃO QUERO TRABALHAR NESSE RAMO. 

- E QUER TRAFICAR? - estavam gritando super alto - é isso quê você quer? 

- Eu preciso de grana. 

- Eu posso te dar dinheiro, você sab... 

- Eu não sou homem desse tipo - umedeceu os lábios encarando a namorada - não que suga o dinheiro da namorada. 

- Pensei que tivesse saído disso. 

- Eu parei de usar, traficar é outra coisa. 

- Não importa, você mentiu pra mim - secou as lágrimas - e quando você for preso? o quê vai ser da gente? 

- Eu não vou ser preso - disse calmo - eu já fiz isso antes, tenho cuidado e não vou ser preso. 

- Meu namorado é um traficante - riu irônica - isso daria um belo slogan. 

- Para com isso. 

- Você precisa parar, eu achei que tivesse mudado. 

- Mas eu mudei. 

- AH MUDOU? - virou rápido - estou vendo que mudou. 

- Você não acredita em mim? 

- Acreditava - cruzou os braços - pensei que o nosso namoro fosse algo sério. 

- Você está dando facada em água, pelos Deuses - andou até ela que se esquivou - Sophia... 

- E meu pai? imagine quando ele souber... 

- Você quer meter o seu pai nisso? mas que porra, Sophia - se alterou - eu sabia que você iria ficar assim. 

- Você queria que eu ficasse feliz? - encarou ele - imagine eu que gosto de você indo pra faculdade todo o dia com medo do meu namorado ir preso, por merda. 

- Eu não vou ser preso, que diabo - segurou as mãos dela com força - olhe pra mim. 

- A última coisa que eu quero fazer é olhar pra você. 

- Não seja assim, eu sei que você vai entender. 

- É verdade, eu entendi - pausou - a vida é sua, faça o quê quiser. 

- Quero que aceite isso, eu não vou esconder nada. 

- Ah então você me esconde mais coisa? o quê? me trai com as putinhas da sua faculdade? 

- Pare de falar merda, porra - sacudiu Sophia que ficou séria - eu amo você e quero deixar claro, iria te contar no momento exato, não quero esconder nada. 

- MAS ESCONDEU - voltou a gritar, pelo amor - Micael, não quero mais saber de nada. 

- E vai ficar assim comigo? 

- Me deixa - andou até o quarto mas o mesmo a seguiu - ME DEIXE, QUE MERDA! 

- NÃO VOU TE DEIXAR - segurou o braço de Sophia - EU JÁ TE DISSE QUE QUERO FICAR ACERTADO. 

- FAÇA O QUE VOCÊ QUISER - soluçou entre o choro - eu não vou interferir, quer fumar fume, quer cheirar cheire mas... 

- Sophia. 

- Não faça mais isso comigo - advertiu - e quero que não fale comigo. 

- Meu amor... 

- Sai Micael - saiu de suas mãos e bateu a porta. 

A guerra estava acabada mas não tinha resultados bons. 


Sophia entrou no quarto e deitou-se na cama, chorou de soluçar enquanto lembrava das palavras ridículas de Saily. Apertou o travesseiro com medo do namorado se desviar, o que iria ter com esse mundo. Cerrou os olhos chorando tanto que o sono lhe veio, trazendo sossego e cabeça fria. 

Micael agora na sala fumava seu cigarro mais puto que um condenado, encarou a vista da varanda enquanto sua mente gritava, queria estrangular Saily, queria matar Jackson e claro, voltar no tempo e contar tudo a Sophia. Achava errado seu trabalho mas mesmo assim tinha que se sustentar, trabalhos normais em Seattle não era pra ele, realmente. Tragou o cigarro mais uma vez apagando na plantinha que era o cinzeiro dele. Andou até seu quarto e jogou todas as coisas da escrivaninha no chão, pronto, estavam quites. Um morria de raiva em um quarto e a outra dormia pelo próprio sono afundada nas lágrimas. 


No dia seguinte o apartamento ficou calado, sem vida. Micael acordou mais cedo antes de Sophia levantar, apanhou sua mochila cheia de carreira e livros, foi encontrar com Tompson onde tinham combinado. Reclamou tanto de Saily e Jackson que seus ouvidos estariam queimando, estava muito puto. 

- Você precisa ficar calmo - advertiu o amigo - Jackson é um boca aberta da porra. 

- Quero jogar a puta da Saily na rua - encarou o chão - estava tão chapada. 

- Ela é uma viciada de merda cara - Tompson pegou um cigarro e colocou entre os lábios, procurou o esqueiro no bolso mas parou na hora quando viu a garota do outro lado da rua - puta merda, Micael. 

Bateu no braço do amigo que tinha os olhos arregalados, viram a menina vestindo uma roupa mais curta que tudo, a saia mostrando a polpa da bunda, o decote nos seios lhe dando uma visão incrível. Micael viu os olhos sangrarem enquanto Tompson ficava de pau duro com a mesma, um modo de falar. Sua boca apenas silabou, bravo, alto e mais puto que nunca. 

- SOPHIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. 

Era isso, ela no ponto de prostitutas. 


BranquinhaWhere stories live. Discover now