Micael puxou Sophia que agarrava os cabelos da morena, o bolinho foi tirado pelas mãos do mesmo, cabelos bagunçados fazia a cena.
- EU VOU TE MATAR, SUA VACA - Sophia se remexia nos braços do namorado que a segurava.
- VEM, ME MATA ENTÃO - sorriu maléfica - ELE MENTE PRA VOCÊ, IMAGINE O QUÊ FAZ QUANDO NÃO ESTÁ PERTO.
- CHEGA SAILY - Micael gritou - Sophia, eu vou explicar.
- Eu quero uma explicação - virou e cruzou os braços - ANDA.
- Calma, por favor - o moreno a soltou - enquanto você Saily, entre no seu quarto e...
- Você não é meu pai - advertiu - estou saindo fora, adeus pra vocês - pegou um cigarro e saiu porta a fora.
Sophia encarou Micael com lágrimas nos olhos, queria saber toda a verdade. Mordeu os lábios e bateu o pé esperando a voz do namorado, queria saber de todas as formas.
- É verdade?
- É - pausou - você sabe que eu faço isso a alguns anos - disse calmo, Sophia encarou o chão.
- Por quê você mentiu pra mim?
- Porque eu sabia que você ia dar escândalo.
- Escândalo? - perguntou indignada.
- Sim, você faz e isso é fato - cerrou os olhos - eu estou traficando porque preciso de grana.
- Grana? traficando? você pode muito bem arrumar um emprego.
- Não tem emprego pra mim, não aqui.
- AQUI É SEATTLE - gritou.
- EU NÃO QUERO TRABALHAR SERVINDO MESAS, NÃO QUERO TRABALHAR NESSE RAMO.
- E QUER TRAFICAR? - estavam gritando super alto - é isso quê você quer?
- Eu preciso de grana.
- Eu posso te dar dinheiro, você sab...
- Eu não sou homem desse tipo - umedeceu os lábios encarando a namorada - não que suga o dinheiro da namorada.
- Pensei que tivesse saído disso.
- Eu parei de usar, traficar é outra coisa.
- Não importa, você mentiu pra mim - secou as lágrimas - e quando você for preso? o quê vai ser da gente?
- Eu não vou ser preso - disse calmo - eu já fiz isso antes, tenho cuidado e não vou ser preso.
- Meu namorado é um traficante - riu irônica - isso daria um belo slogan.
- Para com isso.
- Você precisa parar, eu achei que tivesse mudado.
- Mas eu mudei.
- AH MUDOU? - virou rápido - estou vendo que mudou.
- Você não acredita em mim?
- Acreditava - cruzou os braços - pensei que o nosso namoro fosse algo sério.
- Você está dando facada em água, pelos Deuses - andou até ela que se esquivou - Sophia...
- E meu pai? imagine quando ele souber...
- Você quer meter o seu pai nisso? mas que porra, Sophia - se alterou - eu sabia que você iria ficar assim.
- Você queria que eu ficasse feliz? - encarou ele - imagine eu que gosto de você indo pra faculdade todo o dia com medo do meu namorado ir preso, por merda.
- Eu não vou ser preso, que diabo - segurou as mãos dela com força - olhe pra mim.
- A última coisa que eu quero fazer é olhar pra você.
- Não seja assim, eu sei que você vai entender.
- É verdade, eu entendi - pausou - a vida é sua, faça o quê quiser.
- Quero que aceite isso, eu não vou esconder nada.
- Ah então você me esconde mais coisa? o quê? me trai com as putinhas da sua faculdade?
- Pare de falar merda, porra - sacudiu Sophia que ficou séria - eu amo você e quero deixar claro, iria te contar no momento exato, não quero esconder nada.
- MAS ESCONDEU - voltou a gritar, pelo amor - Micael, não quero mais saber de nada.
- E vai ficar assim comigo?
- Me deixa - andou até o quarto mas o mesmo a seguiu - ME DEIXE, QUE MERDA!
- NÃO VOU TE DEIXAR - segurou o braço de Sophia - EU JÁ TE DISSE QUE QUERO FICAR ACERTADO.
- FAÇA O QUE VOCÊ QUISER - soluçou entre o choro - eu não vou interferir, quer fumar fume, quer cheirar cheire mas...
- Sophia.
- Não faça mais isso comigo - advertiu - e quero que não fale comigo.
- Meu amor...
- Sai Micael - saiu de suas mãos e bateu a porta.
A guerra estava acabada mas não tinha resultados bons.
Sophia entrou no quarto e deitou-se na cama, chorou de soluçar enquanto lembrava das palavras ridículas de Saily. Apertou o travesseiro com medo do namorado se desviar, o que iria ter com esse mundo. Cerrou os olhos chorando tanto que o sono lhe veio, trazendo sossego e cabeça fria.
Micael agora na sala fumava seu cigarro mais puto que um condenado, encarou a vista da varanda enquanto sua mente gritava, queria estrangular Saily, queria matar Jackson e claro, voltar no tempo e contar tudo a Sophia. Achava errado seu trabalho mas mesmo assim tinha que se sustentar, trabalhos normais em Seattle não era pra ele, realmente. Tragou o cigarro mais uma vez apagando na plantinha que era o cinzeiro dele. Andou até seu quarto e jogou todas as coisas da escrivaninha no chão, pronto, estavam quites. Um morria de raiva em um quarto e a outra dormia pelo próprio sono afundada nas lágrimas.
No dia seguinte o apartamento ficou calado, sem vida. Micael acordou mais cedo antes de Sophia levantar, apanhou sua mochila cheia de carreira e livros, foi encontrar com Tompson onde tinham combinado. Reclamou tanto de Saily e Jackson que seus ouvidos estariam queimando, estava muito puto.
- Você precisa ficar calmo - advertiu o amigo - Jackson é um boca aberta da porra.
- Quero jogar a puta da Saily na rua - encarou o chão - estava tão chapada.
- Ela é uma viciada de merda cara - Tompson pegou um cigarro e colocou entre os lábios, procurou o esqueiro no bolso mas parou na hora quando viu a garota do outro lado da rua - puta merda, Micael.
Bateu no braço do amigo que tinha os olhos arregalados, viram a menina vestindo uma roupa mais curta que tudo, a saia mostrando a polpa da bunda, o decote nos seios lhe dando uma visão incrível. Micael viu os olhos sangrarem enquanto Tompson ficava de pau duro com a mesma, um modo de falar. Sua boca apenas silabou, bravo, alto e mais puto que nunca.
- SOPHIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
Era isso, ela no ponto de prostitutas.
YOU ARE READING
Branquinha
RomanceSophia, uma garota cuja está na faculdade se arrisca ao alugar um quarto em um apartamento nobre junto com sua amiga que acabou de conhecer. Rodeada de drogas, festa e sexo acaba conhecendo Micael, o novo dono de seu coração e destruidor de suas ino...