Capítulo 3

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Depois da rápida conversa com Micael na janela Sophia dormiu tranquila na cama, trancou a porta antes e dormiu a tarde inteira, tanto que não viu a noite chegar. 

Já na sala estava tudo na mesma, Micael agora arrumava sua carreira na mesa e cheirava junto com Saily que tinha os olhos fundos e cansados, pupilas dilatadas e a boca branca, o oposto de Micael, apenas ficou elétrico. 

- Quando ela acordar, dê um jeito nisso aqui - enrolou mais a nota de cinco dólares que usava pra cheirar o pó - não quero que veja isso. 

- Ela mora aqui agora, vai ter que se acostumar - deu de ombros e voltou a cheirar, jogou a cabeça pra trás, estava louca com a noia nas veias. 

- Ela é rica, não é? 

- Que diabos, isso faz diferença? 

- Muita - umedeceu os lábios com a língua - quer saber? estou caindo fora. 

- Onde você vai? - viu a raiva de Saily aumentar, iria levar a cocaína com ele. 

- Foder alguma puta - respirou fundo antes de pôr a jaqueta, deixou a cocaína com Saily que quase ajoelhou.


O moreno então saiu nas ruas, sempre levava preservativos no bolso e claro nunca voltava não satisfeito pra casa, enquanto andava o cheiro de Sophia passeou em suas narinas. Inferno, ela estava ali e só precisava acha-la. Parou em uma quadra distante afundando seu dedo na campainha, onde estava? 

- Papi? - a morena porto-riquenha abriu a porta, usava um vestido florido, os cabelos ondulados. Era linda mas não quanto Sophia. 

- Meu nome é Micael, não sou seu papi - a morena deu passagem e assim ele entrou. 

- Procurando alguma coisa? - sim, sexo. Micael teve vontade de falar. 

- Vim te ver - mentira, fale que quer sexo - nós podemos... 

- Estou grávida.

Micael perdeu a cor, engoliu seco e sentiu a boca do estômago dar pontadas, quase caiu pra trás. 

- Eu uso camisinha, então... 

- Calme-se, não é seu - sentiu um alívio tão grande, se tivesse filhos agora ele mesmo o castraria - não quero falar sobre isso. 

- Ótimo, eu também não - deu de ombros - vejo você na sexta. 

Ia saindo mas a morena parou, colocou as mãos nos ombros largos dele e pediu pra que voltasse. 

E aí a impureza começou, Micael foi pra cama com a porto-riquenha, de novo.


Voltando ao apartamento Sophia finalmente tinha acordado, era tarde quando olhou no celular que afinal tinha doze mensagens de sua mãe, franziu a testa teclando uma mensagem de texto pra que ficasse tranquila. Saiu da cama com dificuldade e encontrou Saily no sofá, estava dormindo e aparentemente toda suja, tinha restos de cocaína entocados no lado do nariz, a loira arregalou os olhos indo até a mesa. 

- Saily, Saily - bateu as mãos no rosto da morena que ainda sim dormia, estava desmaiada? 

Usavam droga demais, essa era as consequências. Seus olhos percorreram o apartamento inteiro mas Micael não estava lá, a loira continuou debatendo Saily até que acordasse. 

- Você está bem? - viu a garota abrir os olhos e forçar seu rosto. 

- Minha cabeça dói - se queixou, efeito da droga com bebidas - ele já chegou? 

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