Branquinha

Capítulo 77

- Por quê está assim Soph? - Jon encarou a loira que respirava com dificuldade.

- Nada, vamos sair?

- Sair? você ficou toda estranha - mostrou o beiço segurando a caixa - vamos logo antes que Rita chame a gente.

- Vamos - andaram até a porta.

Sophia parecia que tinha levado um tiro, no coração. Estava perplexa do acontecido, Jon era sobrinho de Micael, Antônia louca da vida procurava o filho a anos, seria isso o motivo de se mudar para Seattle?

Tinha que contar pra Micael, ou esconder até ele saber?

- Soph, é você - o menino sentado na frente dela encarou com os olhinhos brilhando - está dormindo?

- Não, meu bem - sorriu falsa - vamos jogar.

- Tem certeza que está bem?

- Tenho - advertiu - sou eu, vou jogar o dado.

Pegou o objeto nas mãos mas parou quando escutou seu celular tocando.

- Está é uma ligação da penitenciária de Seattle, aperte dois para continuar.

Falando nele.

- Oi, meu amor - sentiu ele sorrir.

- Oi, amor - estava tensa - como você está?

- Estou bem, mas e você? que voz é essa?

- Eu estava jogando com Jon, assistimos um filme antes e fiquei assim.

- Jon?

- Sim, o menino que estou cuidando - engoliu seco.

- Pare de mentir, aconteceu alguma coisa - pausou - me diga, por quê está assim?

- Merda - grunhiu cerrando os olhos, levantou indo até o corredor - eu estou muito confusa.

- Por quê?

- Estou trabalhando na casa da sua mãe, acabei de descobrir - estava trêmula - Jon é seu sobrinho, e o homem que ela tanto fala que morreu é seu irmão, eu fui burra demais pra não encaixar as peças.

- COMO? - berrou - O QUÊ MINHA MÃE ESTÁ FAZENDO EM SEATTLE?

- Eu não sei, eu não sei - choramingou.

- Saia daí agora, está escutando?

- É o meu trabalho.

- Não importa, saia daí agora antes que ela descubra.

- Ela não vai descobrir.

- Conheço a minha mãe, saia daí agora.

- Micael, não.

- Por quê não? as coisas vão piorar pra nós.

- Ela não vai saber, não tem como saber.

- Sophia, pare de remedar e saia daí.

- Micael, por favor...

- Eu estou te implorando, ela não pode saber que estou aqui em Seattle.

- Ela deve ter uma noção, não mudaria pra Seattle agora.

- Soph, venha jogar, é sua vez - Jon gritou.

- Jon, não vejo ele desde que era um bebê - sorriu.

- Eu preciso ir agora - se agoniou - eu te amo.

- Pense bem, eu te amo - a ligação foi encerrada.