Capítulo 76

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Três dias depois.

- Como você está? - Micael sorriu segurando a mão de Sophia, a loira fez o mesmo beijando os dedos do amado.

- Estamos bem - sorriu - e você?

- Com saudade.

- Arrumei um emprego - Micael encarou a mesma não gostando da ideia.

- Por quê? eu disse que não era pra você trabalhar.

- Não faço esforço nenhum, sou babá - pausou - de um menino com cinco anos.

- Babá? onde estava com a cabeça?

- Eles me pagam super bem, estou ajuntando o dinheiro.

- Não queria que você trabalhasse, deveria ficar quietinha em casa.

- Não consigo - respirou fundo - fui a médica.

- E aí? - ficou animado.

- Só vou poder ver o sexo na próxima consulta, ou nas outras - sorriu - quando o bebê quiser.

- Eu estou tão feliz.

- Sei que está - abriu o envelope mostrando a Micael - esse é meu ultrassom, olha como é tão pequeninho.

Micael segurou o papel com os olhos cheios de lágrimas, sorriu a Sophia que tinha o mesmo semblante no rosto, estava tão feliz.

- Quero que você saia daqui logo - secou as lágrimas - precisamos de você.

- Assim você me quebra - suas lágrimas caíram - não sou de chorar.

- É sim - riu - eu sinto tanta falta sua.

- Eu também sinto, aqui está sendo um inferno - apertou mais as mãos da loira.

- Seu lugar é lá, e não aqui.

- Estarei lá, em breve - advertiu beijando os dedos da menina.

- Não faça isso - se aproximou mais da mesa cochichando a Micael.

- Por quê? você não gosta? - chupou um dedo de Sophia que cerrou os olhos.

- Eu fico toda acesa por conta da gravidez, os hormônios estão me matando - silabou ainda de olhos fechados, Micael riu consigo.

- Eu queria muito estar lá, satisfazendo seus hormônios.

- Eu também - abriu os olhos corando em seguida.

- Você pode usar o seu consolo agora.

- Micael!

- O quê? - gargalhou - não pude perder a oportunidade, afinal, você nunca usou.

- Por quê fez aspas com as mãos?

- Porque eu acredito que você tenha colocado, no mínimo a cabecinha.

- Micael Borges! - ele riu novamente.

- Eu paro - beijou a mesma, repleto de saudade - me conte uma coisa.

- O quê?

- Onde está trabalhando de babá?

- É um bairro rico, um condomínio fechado - pausou - a avó cuidava do menino porque a mãe foi embora e o pai morreu.

- Que barra, ele pelo menos é bonzinho com você?

- Sim, qualquer dia vou ter que trazer ele comigo - encarou a mesa - deixei ele com uma das empregadas.

- Sophia!

- Eu queria te ver, e hoje é o dia máximo de visitas - se explicou.

- Tem razão, mas não pode dar canos desse jeito, vai perder o seu emprego.

BranquinhaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt