Capítulo 56

514 24 0
                                    


- Gosto dos meus pés - a voz de Sophia silabou baixo, estava aninhada no peito de Micael, apenas o lençol os cobria agora.

- Eu gosto de você - a beijou - o quê foi?

- Estou aproveitando seu lado romântico - sorriu - você não gosta?

- De ser romântico com você? eu gosto - riu leve.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Já fez - brincou com os dedos dela.

- É sobre Rachel, como conseguiu achá-la?

- Não quero falar sobre isso.

- Por favor - suplicou - precisa se abrir comigo.

- Achei ela na conveniência do posto - umedeceu os lábios - estava bem vestida, o menino a chamou de mãe.

- Você disse alguma coisa?

- Ela me fez algumas perguntas - encarou a namorada - eu me pergunto como teve a capacidade disso.

- Ela não era a pessoa certa pra você - fez carinho em seu rosto - tente esquecer ela.

- Eu já esqueci, não esqueci do que ela fez com meu filho.

- Ele está em um lugar melhor - sorriu acolhedora lhe dando um beijo calmo - eu te amo.

- Eu te amo - os beijos aumentaram assim como a fome de Sophia novamente.

Retiraram os lençóis que os atrapalhavam e se possuíram mais uma vez, agora com um pouco de raiva, ficaria tudo mais gostoso. Foi assim que Sophia disse ao gemer no ouvido de Micael, santa inocência perdida.

O casal no ápice finalmente terminou de transar, Micael se levantou da cama indo até o banheiro ainda nu, decidiu tomar um banho calmo, vestiu sua cueca e seu shorts liso voltando ao quarto da namorada, verificou a mesma que agora estava com um roupão no corpo, tinha se sentado na beirada da cama mexendo os pés, o que queria fazer com aquilo era indecifrável.

- Vamos tomar um banho? - sentou-se ao lado dela.

- Vamos, mamãe.

- Mamãe? - achou graça - você quer levar uns tapas na bunda?

- Eu quero - mordeu os lábios e voltou a deitar na cama - você não seria capaz disso, seria?

- Você sabe que eu gosto de fazer isso - se aproximou dela a olhando retirar a faixa do roupão - nada disso, pode ir fechando isso aí.

- Você está me dispensando? - tinha humor em seu tom.

- Se tirar a roupa agora vou ser obrigado a transar com você novamente - advertiu - entendeu?

- Você não quer transar comigo?

- Eu quero fazer tudo com você mas já abusamos - ela voltou a ter postura sentada na cama - safada.

- Você me deixou assim - cruzou as pernas - ande, eu quero tomar banho.

- Vamos, minha pequena criança - a pegou no colo que riu em seguida. Estava tudo as mil maravilhas.

Micael deu um banho em Sophia a trocando em seguida, foram pra sala na procura de um filme quando escutaram a porta ser aberta, Saily entrou no apartamento, bebia uma garrafa de cerveja e na outra mão tinha um maço de cigarro.

- Olá, casal - riu leve antes de fechar a porta - como vão as coisas?

- A gente transou, satisfeita? - Micael olhou a morena.

- Super - andou até a geladeira pegando um pote com macarrão - estou morta de fome.

- Não comeu na faculdade?

- Dividi um lanche com Tompson - deu de ombros se escorando na bancada - Sophia, está melhor?

- Um pouco, os remédios estão me deixando louca.

- Tomou tantos remédios que quase não acordou - Micael ficou bravo ao lembrar da cena.

- Não tive culpa, meu amor - se explicou abraçando o namorado.

- Que lindos, vou ter que deixá-los pois o dever me chama.

- Que dever? - Micael prendeu o riso.

- Cuide da sua vida e da sua namorada - andou o corredor entrando em seu quarto, Sophia achou graça.

- Toma - brincou - vai ficar triste?

- Vou, você está judiando de mim.

- Eu nunca judio de você - sorriu - eu te amo.

- Eu também me amo.

- Então é assim?

- É - riram e os beijos iniciaram novamente.

O final da tarde junto com a caída da noite foi justamente assim, em pura harmonia e calma. Estava até estranho.

No dia seguinte Micael decidiu ir a aula, deixou Saily tomando conta de Sophia já que a morena não estava disposta a ir hoje, saiu feito um flash procurando as meninas da tal vingança com Hannah, tinha combinado de se encontrarem na frente da universidade.

- Micael - a menina sorriu - como vai?

- Bem e você? - colocou as mãos no bolso.

- Estou bem, então - pausou - viemos conversar sobre aquele negocio.

- Quero o mais rápido possível - advertiu - onde está Skylar?

- Ela teve imprevistos - a ruiva do grupo disse calma - pode dar as coordenadas, vamos acabar com essa puta.

- Pode ser amanhã, que tal?

- Combinado - sorriram - mais alguma coisa?

- Tenho uma surpresa, vou contar a todas vocês.

Os olhos brilharam ao ver a ideia destruidora que Micael teve, falava com convicção, queria que Hannah morresse no caso mas isso só seria possível se alguém quisesse cometer um assassinato, nada mais e nada menos.

Conversou um pouco com o grupinho e voltou entrar na universidade, Tompson o esperava com cara de sono, a bolsa quase caindo em seu ombro.

- Onde estava?

- Conversando com o grupo de Skylar - respirou fundo - está tudo pronto.

- Tem certeza que vai fazer aquilo?

- O quê?

- A parada que quer fazer.

- Você ainda tem dúvidas? - o sorriso nasceu.

- Você é louco, porra - riu leve - filho da puta.

- Digo o mesmo pra você - riram leve e entraram na sala.

Seria um ótimo dia pra estudar.

BranquinhaWhere stories live. Discover now