Capítulo 64

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Sophia saiu do banho se sentando em sua cama, procurou um shorts de algodão e uma blusa simples a vestindo. Buscou o celular pesquisando números de advogados e conseguiu achar alguns baratos, tinha que dar tudo certo. 

- George Advocacia, com quem eu falo? - escutou uma voz doce. 

- Sophia Abrahão - sorriu esperançosa - queria contratar um advogado. 

- Tudo bem, não posso atender por chamada - pausou - venha até o meu escritório amanhã e podemos conversar. 

- Certo - buscou um bloco de papel e caneta anotando o endereço - tudo bem, te vejo amanhã. Obrigada. 

A ligação foi desligada. 

Sophia andou até a sala sorrindo boba, tinha que dar certo. Encontrou Saily jogada no sofá comendo batatas industrializadas, sentou-se ao lado da morena. 

- E aí? 

- Vou conversar com um amanhã, tem que dar tudo certo. 

- E vai dar - sorriu - o quê vamos fazer? 

- Eu não sei - cerrou os olhos - eu quero ver ele. 

- Se tiver uma audiência você poderá vê-lo. 

- Quero matar Micael por ser tão teimoso. 

- Todos nós queremos - largou o pacote de batatas - você vai seguir a faculdade amanhã? 

- Não, estou sem tempo pra estudar. 

- Vai perder aulas, Soph. 

- Que se foda as aulas - deu de ombros - quero resolver esse problema de Micael. 

- Desculpe a pergunta mas - se ajeitou no sofá - onde vai conseguir a grana pra pagar o advogado? 

- Tenho um dinheiro guardado - encarou as unhas - pode ser útil. 

- E a faculdade? 

- Meu pai paga todo mês então, não vai se preocupar. 

- Você deu sorte. 

- Sorte? 

- É, de ter a grana. 

- Sorte mesmo era ter ele aqui comigo - encarou o chão pensando em Micael. 

A conversa não foi nada produtiva, estavam as duas abaladas pela prisão do moreno, uma sinuca indestrutível. 


Já na prisão as coisas não eram tão boas assim. 

Lá estava Micael, sentado na cama nada confortável encarando a sua frente, escutou passos pesados no corredor e se pôs a sorrir, será que sairia dali? 

A cela foi aberta mostrando dois guardas, seguravam um preso, tinha a mesma cor que Micael e os cabelos com alguns fios claros, um olho roxo e uma cicatriz no lábio. 

- Seu amigo chegou, divirtam-se - a cela foi fechada novamente. 

Micael encarou o cara que sentou na outra cama, estava com medo de dizer alguma coisa e acabar igualzinho a ele, com um olho roxo também. 

- Eu não mordo - brincou - Richard, muito prazer. 

- Micael - deu-se as mãos - lamento pelo olho. 

- Estou acostumado - pausou - primeira vez aqui? 

- Sim, pelo visto você não, estou certo? 

- Correto - riu leve - fui preso cinco vezes, essa é a sexta. 

- Sexta? - perguntou incrédulo. 

BranquinhaWhere stories live. Discover now