Quando voltou pra casa lá estava Sophia junto com uma mulher, branca igual a mesma, também tinha os cabelos loiros e sua aparência não era tão velha. Estava andando de um lado para o outro enquanto Sophia ficava sentada no sofá, virou a cabeça vendo Micael que tirou o capuz e fechou as mãos.
- Amor - sorriu e atravessou a sala dando um beijo em Sophia.
- Meu amor, onde estava? ah, esquece - deu de ombros lembrando - essa é minha mãe, Branca Abrahão.
A mulher encarou Micael sorrindo, deu um abraço bem apertado agradecendo de algo.
- Que ótimo conhecer você - sorriram - desculpe o incomodo, estava conversando com Sophia sobre o ato ridículo que aconteceu.
- Não vai acontecer novamente, eu juro - advertiu sentando ao lado da loira - a senhora fez boa viagem?
- Sim - sorriu - foi muito calmo, o quê eu quero agora é...
- Mãe, não se preocupe - cerrou os olhos - ele vai ver que está errado e vir pedir desculpas.
- Nunca, o nome dele é Renato - bufou - tem certeza que está bem? - encarou a filha.
- Tenho, eu estou bem - sorriu forçada - que tal comermos alguma coisa?
- Fica na próxima, querida - Branca beijou a testa da filha em despedida - estou cansada demais pra comer - riu leve - combinamos outro dia de sair juntas? - Sophia assentiu.
- Tchau, dona Branca - Micael se levantou beijando a sogra no rosto - foi um prazer conhece-la.
- O prazer foi meu, muito educado da sua parte - sorriram e o mesmo levou até a porta que saiu.
Micael trancou o mesmo e observou Sophia quieta encarando o chão, sentou-se com ela dando pequenos beijos em seu pescoço.
- Você está bem?
- Eu não sei - umedeceu os lábios - ela disse que vai falar com meu pai.
- Acho que não - engoliu seco.
- Por quê não? - cruzou os braços.
- Eu concordei com você, ele vai ver que está errado e vir pedir desculpas.
- Nem eu sei o que disse - abraçou o namorado - você vendeu muito?
- O suficiente - ficou quieto - o quê quer pro jantar?
- Tanto faz - levantou-se do sofá - vou tomar um banho e revisar alguns livros.
- Tudo bem, eu te amo.
- Eu te amo.
A loira foi até o banheiro se trancando lá dentro, Micael bufou sabendo que não estava bem. Pediu algo pra comer e o resto da noite foi assim, calados e cansados.
No dia seguinte Micael deixou Sophia na universidade como sempre fazia, foi pra sua junto com Saily e encontrou Tompson que estava pensativo sobre ontem, o moreno riu da cara do amigo advertindo que não levaria mais ele.
- Você contou pra ela?
- Não - pausou - estou com medo da mãe dela cagar tudo.
- Foi errado você ter atirado nele.
- Mas tive que fazer isso ou não iria sossegar - encarou Tompson furioso - deveria ter feito mais.
- Ainda bem que foi apenas uma bala no pé - sentou-se na cadeira.
- Deveria ser na cabeça.
- Pare com os seus deverias, isso já está chato - apoiou a cabeça na mochila - e enquanto as drogas?
- Preciso pegar mais, o tablete que eu tenho está acabando.
- Então você conseguiu bem mais do que a cota - sorriu.
- O dinheiro que juntei é essencial, mas vou ter que dividir com o outro zé ruela.
- O quê vai fazer com o dinheiro?
- Pagar as contas do apartamento, fazer compras e reservar pro meu presente.
- Seu presente? - sentiu mais curiosidade ainda.
- Sim - sorriu bobo - meu presente.
Enquanto Micael pensava em seu incrível presente Sophia estava atenta na aula de desenho, tinha borrado uma saia e quase gritou ao sete infernos que queria ter escolhido outra coisa na faculdade, ajuntou seu material e viu que Ed a esperava fora da sala.
- Oi - sorriu - não teve aula extra?
- Não, foi uma aula chata - sorriram - e você? está bem?
- Na verdade não - encarou o amigo e o sorriso morreu, estava com medo - Ed, estou com medo.
- Ainda aquele negócio do seu pai?
- Não, eu quero esquecer isso - cerrou os olhos segurando firme a mochila - é outra coisa.
- O quê? - encarou a amiga preocupado demais - foi Micael? ele fez algo errado com você?
- Estou me sentindo estranha - se queixou.
- Você caiu? minha flor fale pra mim, ainda não tenho curso com bolas de cristal - cruzou os braços.
- Tem certeza que não vai brigar comigo por isso?
- Depende da situação - pausou - ande Sophia, conte-me - estalou os dedos.
- Acho que estou grávida.
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Branquinha
RomanceSophia, uma garota cuja está na faculdade se arrisca ao alugar um quarto em um apartamento nobre junto com sua amiga que acabou de conhecer. Rodeada de drogas, festa e sexo acaba conhecendo Micael, o novo dono de seu coração e destruidor de suas ino...