Capítulo 72

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- Onde estava? - Sophia viu Saily entrar no apartamento, a noite já tinha caído e a loira optou por relaxar com uma toalha na cabeça junto com um roupão, o corpo úmido pelo banho recente.

- Não vou mentir, fui contar a Micael o quê aconteceu - largou a chave na mesa - e depois passei na sua obstetra, você tem consulta amanhã.

- Por quê foi falar com Micael?

- Porque ele é seu noivo e precisava saber.

- Poxa, não é pra ficar contando a ele - se levantou - eu preciso contar.

- Você iria esconder - pegou a garrafa de suco - não fique brava comigo, fiz um pacto com ele.

- Pacto?

- Vou cuidar de você e ele me disse algo importante.

- O quê?

- No guarda-roupa dele tem o cofre onde tem toda a grana, ele disse que dá pra você se virar até eu arranjar um emprego.

- Você acha? - andou corredor a dentro, Saily foi atras.

- Eu acho, Micael não mentiria.

- Vamos ver - a mesma abriu o guarda roupa tirando acessórios que guardava, colocou tudo em cima da cama enquanto achava o maldito cofre.

- Aqui - Saily berrou vendo Sophia por a mão no metal branco.

- Não tem senha, ainda bem - abriu vendo o bolo de dinheiro.

- Devemos contar agora?

- Sim, você vai me ajudar.

Foram até a sala com os quatro bolos de dinheiro na mão, Sophia sentou em uma cadeira enquanto Saily sentava em outra, contaram os dólares calma, nota por nota, a cada quantia era um sorriso estampado na boca de Sophia.

- Certo, ao todo tem - bateu os dólares na mesa ajuntando - trinta e cinco mil.

- É um bom dinheiro, se você maneirar nas suas estéticas, unhas e blá blá blá.

- Você sabe que não sou muito disso - encarou a morena - preciso arranjar um emprego.

- Não pode trabalhar, está grávida.

- Estou grávida e não doente - enrolou os dólares no elástico novamente.

- Micael disse que é pra mim arrumar um emprego, vai ser bom.

- E eu fico como? - pausou - vou arranjar um emprego, colocar o meu currículo em algum lugar.

- Você tem?

- Tenho, o do estágio - silabou calma - obrigada pela ajuda mas acho que...

- Acha nada, todas nós vamos trabalhar se você quer assim - sorriu - vamos comer alguma coisa?

- Estou morta de fome - pousou às mãos na barriga - que tal prepararmos algo?

- Que tipo de comida?

- Uma lasanha, que tal?

- Muito pesado pra agora, vamos acabar muito tarde e comer muito tarde.

- Quer pedir alguma coisa então?

- Vamos pedir naquele restaurante de sempre - assentiram e Sophia foi até o telefone, escolheu o que tinha no menu esperando sua entrega ansiosa.

Afinal, estava comendo por dois.

- Como é essa parada de ficar grávida?

- Como assim? - riu se sentando no sofá.

- Não dói? a sua barriga - riu leve - sei lá, eu ficaria desconfortável.

- É estranho e novo pra mim, às vezes eu acho que não vou ser uma boa mãe, ou às vezes sim.

- Vai ser uma ótima mãe, Micael também vai ser um ótimo pai.

- Não tenho duvidas - sorriu - ele está tão feliz.

- E todo preocupado - riram leve - você deu o maior presente que ele poderia receber.

- Estou feliz, isso importa - deixou as mãos na barriga sentindo a dureza - quero que cresça logo, quero sentir isso.

- E você vai - Saily levantou - vou tomar um banho antes que o jantar chegue.

- Tudo bem - sorriu vendo a morena andar até o cômodo.

Com Micael nada fora do normal, a não ser sua felicidade de ser pai.

- Estou tão feliz que vou comer essa comida - encarou a bandeja com consistência pastosa.

- Então coma tudo antes que eu coma por você - Richard riu.

- Não vou deixar - riram e Micael bebeu seu suco - será que as mulheres passam por isso?

- Devem passar, de um jeito menos pesado que a gente - pausou - vamos falar de coisa de homem.

- Coisa de homem?

- É - riu - peitos, bunda, xoxota.

- Foi a época que eu falava isso.

- Mas é hora de relembrar, eu adoro ver as revistas Playboy, me dá um tesão.

- Estamos comendo, isso é bem estranho - riu consigo negando em seguida.

- Vai me dizer que você nunca ganhou uma?

- Eu comprava várias, fazia coleção - se levantou pegando a bandeja - já acabou?

- Ainda não, maninho - encarou Micael - está comendo muito rápido, não gosto disso.

- Pare de me zoar, que coisa - levou a bandeja até o lugar indicado saindo do refeitório.

Caminhou calmo até a cela, pulou no colchão deitando com as mãos atras da cabeça, poderia estar preso mas sentia uma felicidade enorme, não cabia dentro de si.

Era o seu bebê que estava chegando.

BranquinhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora