Micael foi com Ed até a universidade do loiro, estava repleta de gente, mais do que o normal. Alguns perceberam que o moreno não era dali, estava só na procura de alguém. Andaram até o teatro com palco grande pra ensaios de peças, haviam duas pessoas que riam discutindo de algo.
- Onde está Hannah? - o loiro perguntou cruzando os braços.
- Ela ainda não chegou - a ruiva de cabelo curto o encarou debochada.
- Tudo bem, eu espero - puxou Micael pra se sentar nas cadeiras do local.
- O quê quer com ela?
- Isso é da sua conta? coisa desintegrada - encarou as unhas enquanto Micael encarava o chão.
- Grosso, deveria te tirar daqui - pausou - as aulas já começaram.
- Dane-se as aulas, eu quero falar com Hannah.
- Me procurando? bicha desorientada - escutaram a voz da mesma entrar no local, Micael virou dando de cara com a morena, usava o uniforme de líder de torcida, tinha trocado o piercing do umbigo, os tênis a mesma coisa.
- Boa dia, Hannah - se levantaram - como vai você?
- Ótima - encarou Micael mordendo os dedos - quem é esse gostoso?
- Micael - apertou as mãos da menina - prazer.
- O prazer é todo meu - tinha sensualidade no olhar, Micael entrou em seu joguinho - perdido aqui?
- Na verdade sim, queria conhecer a faculdade - sorriu falso - Ed me contou muita coisa.
- Não me diga que um pedaço de mal caminho como você é gay - ele prendeu o riso.
- Não, sou cem porcento hétero - aproximou-se da menina - até no cheiro.
- Gosto assim, na cama deve ser bem melhor - riram em tom da sensualidade, como era descarada.
- Bom, já que deu em cima dele - o loiro se intrometeu - quero conversar com você sobre Sophia.
- O quê aquela vaca loira te disse?
- Eu fiquei sabendo de tudo, como ousou fazer aquilo com ela?
- Batendo, ela mereceu - Micael fechou os punhos sem que a morena visse - você viu o estrago que eu fiz nela? ainda fiz xixi pra marcar território.
- Você vai pro inferno.
- Já me disseram isso - sorriu maléfica - Sophia Abrahão mereceu todos os tapas e chutes que dei nela, isso serve de lição.
- Lição? o quê a menina te fez?
- Ela passou dos limites.
- Limites? ela sempre ficou quieta no lugar dela - Ed olhou incrédulo - barraqueira.
- Só pago o que falo - sorriu mais uma vez - se me der licença vou ter que ensaiar algumas peças - encarou Micael encantada novamente - te vejo por aí?
- Claro, vamos nos esbarrar muito ainda - sorriram maléficos, aquilo era uma ameaça.
Micael deixou a sala junto com o loiro, agradeceu no mesmo e quando estava no carro tinha um plano infalível, só bastava Sophia aceitar.
Falando na mesma, lá estava ela. Com dores no corpo, dor de cabeça e sem nenhuma vontade de sair da cama. Ameaçou colocar os pés no chão mas Saily entrou no quarto com o quite de primeiros socorros, sorriu pra amiga em tom acolhedor.
- Bom dia - sentou-se no colchão - como está se sentindo?
- Péssima - encarou a amiga - olha o quê fizeram comigo - os olhos já caiam lágrimas.
- Soph, são apenas hematomas - a tranquilizou - você precisa dar o troco.
- Por quê ela fez isso comigo? eu só derramei um suco na saia dela.
- Sophia, você sabe que não foi por isso - abriu a caixa tirando alguns remédios - você é bonita, mexeu com a atenção dela.
- E isso é motivo dela me bater até morrer?
- Não foi tão assim, graças a Deus está viva - tirou o curativo velho do rosto da loira - seu amigo gay veio aqui.
- Merda - cerrou os olhos sentindo Saily mexer em seu arranhado no rosto - ele disse tudo, não foi?
- Uma parte, Micael saiu com ele.
- O Micael? - ficou tensa.
- Sim, por quê o espanto?
- Porque ele vai querer fazer alguma coisa, isso é fato.
- Deixe que faça, olha o que ela te fez - deu um espelho a Sophia que encarou seu rosto, estava feio, o roxo tinha ganhado mais vida ainda.
- Eu estou horrível, não quero que ele me veja assim.
- Sabe o quê ele me disse hoje de manhã? - sorriu se lembrando - disse que você é linda e isso são apenas hematomas, vão sair com o tempo.
- Ele te disse isso? - sorriu junto com a amiga.
- Disse, ele gosta muito de você, amiga - sorriram juntas - isso é ótimo.
- Eu não queria ficar assim pra ele, vou ter vergonha do meu corpo.
- Como já dissemos, são apenas hematomas - segurou a mão de Sophia - enquanto isso você pode usar maquiagem ou óculos escuro se preferir, não esqueça de passar esse creme depois do banho - mostrou a embalagem a amiga - vai reduzir sua dor e acabar com as manchas, logo logo estará boa.
- Muito obrigada por me ajudar, de verdade - iniciaram um abraço caindo no choro, aquela amizade valia ouro.
Do outro lado Micael puto da vida tinha parado em um lugar conhecido nesse roteiro, estacionou o carro na frente de uma casa, tocou a campainha revelando a imagem da porto-riquenha com quem ele transava, a barriga grande por conta da gravidez e estava mais bela do que nunca.
- Micael? - sorriu incrédula - tudo bem?
- Sim e você? - perguntou nervoso - eu posso entrar?
- Claro - deu passagem e o mesmo entrou, tinha as mãos no bolso - aconteceu alguma coisa? e sim, estou bem - ninou a barriga e o moreno entendeu.
- Ótimo, então - criou um modo de falar - você ainda tem contato com aquelas suas amigas? do posto dezenove.
- Sim, por quê quer contato com elas?
- Quero que me façam um favor, meio sujo mas por uma boa causa.
- Quer transar com elas? - riu leve.
- Não, quero que elas façam uma coisa por mim e por minha namorada.
- Está namorando? não sabia - cruzou os braços - mas me diga, qual coisa?
- Quero pelo menos cinco garotas desse grupinho com quem anda, vou te passar as coordenadas.
- Está me deixando com medo - encarou ele desconfiada.
- Quero que linchem Hannah, da universidade Distric Seattle - umedeceu os lábios com sede de vingança no olhar.
Iria machucar, dez vezes pior do que Hannah machucou Sophia.
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Branquinha
RomanceSophia, uma garota cuja está na faculdade se arrisca ao alugar um quarto em um apartamento nobre junto com sua amiga que acabou de conhecer. Rodeada de drogas, festa e sexo acaba conhecendo Micael, o novo dono de seu coração e destruidor de suas ino...