Capítulo 51

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Micael foi com Ed até a universidade do loiro, estava repleta de gente, mais do que o normal. Alguns perceberam que o moreno não era dali, estava só na procura de alguém. Andaram até o teatro com palco grande pra ensaios de peças, haviam duas pessoas que riam discutindo de algo. 

- Onde está Hannah? - o loiro perguntou cruzando os braços. 

- Ela ainda não chegou - a ruiva de cabelo curto o encarou debochada. 

- Tudo bem, eu espero - puxou Micael pra se sentar nas cadeiras do local. 

- O quê quer com ela? 

- Isso é da sua conta? coisa desintegrada - encarou as unhas enquanto Micael encarava o chão. 

- Grosso, deveria te tirar daqui - pausou - as aulas já começaram. 

- Dane-se as aulas, eu quero falar com Hannah. 

- Me procurando? bicha desorientada - escutaram a voz da mesma entrar no local, Micael virou dando de cara com a morena, usava o uniforme de líder de torcida, tinha trocado o piercing do umbigo, os tênis a mesma coisa. 

- Boa dia, Hannah - se levantaram - como vai você? 

- Ótima - encarou Micael mordendo os dedos - quem é esse gostoso? 

- Micael - apertou as mãos da menina - prazer. 

- O prazer é todo meu - tinha sensualidade no olhar, Micael entrou em seu joguinho - perdido aqui? 

- Na verdade sim, queria conhecer a faculdade - sorriu falso - Ed me contou muita coisa. 

- Não me diga que um pedaço de mal caminho como você é gay - ele prendeu o riso. 

- Não, sou cem porcento hétero - aproximou-se da menina - até no cheiro. 

- Gosto assim, na cama deve ser bem melhor - riram em tom da sensualidade, como era descarada. 

- Bom, já que deu em cima dele - o loiro se intrometeu - quero conversar com você sobre Sophia. 

- O quê aquela vaca loira te disse? 

- Eu fiquei sabendo de tudo, como ousou fazer aquilo com ela? 

- Batendo, ela mereceu - Micael fechou os punhos sem que a morena visse - você viu o estrago que eu fiz nela? ainda fiz xixi pra marcar território. 

- Você vai pro inferno. 

- Já me disseram isso - sorriu maléfica - Sophia Abrahão mereceu todos os tapas e chutes que dei nela, isso serve de lição. 

- Lição? o quê a menina te fez? 

- Ela passou dos limites. 

- Limites? ela sempre ficou quieta no lugar dela - Ed olhou incrédulo - barraqueira. 

- Só pago o que falo - sorriu mais uma vez - se me der licença vou ter que ensaiar algumas peças - encarou Micael encantada novamente - te vejo por aí? 

- Claro, vamos nos esbarrar muito ainda - sorriram maléficos, aquilo era uma ameaça. 

Micael deixou a sala junto com o loiro, agradeceu no mesmo e quando estava no carro tinha um plano infalível, só bastava Sophia aceitar. 


Falando na mesma, lá estava ela. Com dores no corpo, dor de cabeça e sem nenhuma vontade de sair da cama. Ameaçou colocar os pés no chão mas Saily entrou no quarto com o quite de primeiros socorros, sorriu pra amiga em tom acolhedor. 

- Bom dia - sentou-se no colchão - como está se sentindo? 

- Péssima - encarou a amiga - olha o quê fizeram comigo - os olhos já caiam lágrimas. 

- Soph, são apenas hematomas - a tranquilizou - você precisa dar o troco. 

- Por quê ela fez isso comigo? eu só derramei um suco na saia dela. 

- Sophia, você sabe que não foi por isso - abriu a caixa tirando alguns remédios - você é bonita, mexeu com a atenção dela. 

- E isso é motivo dela me bater até morrer? 

- Não foi tão assim, graças a Deus está viva - tirou o curativo velho do rosto da loira - seu amigo gay veio aqui. 

- Merda - cerrou os olhos sentindo Saily mexer em seu arranhado no rosto - ele disse tudo, não foi? 

- Uma parte, Micael saiu com ele. 

- O Micael? - ficou tensa. 

- Sim, por quê o espanto? 

- Porque ele vai querer fazer alguma coisa, isso é fato. 

- Deixe que faça, olha o que ela te fez - deu um espelho a Sophia que encarou seu rosto, estava feio, o roxo tinha ganhado mais vida ainda. 

- Eu estou horrível, não quero que ele me veja assim. 

- Sabe o quê ele me disse hoje de manhã? - sorriu se lembrando - disse que você é linda e isso são apenas hematomas, vão sair com o tempo. 

- Ele te disse isso? - sorriu junto com a amiga. 

- Disse, ele gosta muito de você, amiga - sorriram juntas - isso é ótimo. 

- Eu não queria ficar assim pra ele, vou ter vergonha do meu corpo. 

- Como já dissemos, são apenas hematomas - segurou a mão de Sophia - enquanto isso você pode usar maquiagem ou óculos escuro se preferir, não esqueça de passar esse creme depois do banho - mostrou a embalagem a amiga - vai reduzir sua dor e acabar com as manchas, logo logo estará boa. 

- Muito obrigada por me ajudar, de verdade - iniciaram um abraço caindo no choro, aquela amizade valia ouro. 


Do outro lado Micael puto da vida tinha parado em um lugar conhecido nesse roteiro, estacionou o carro na frente de uma casa, tocou a campainha revelando a imagem da porto-riquenha com quem ele transava, a barriga grande por conta da gravidez e estava mais bela do que nunca. 

- Micael? - sorriu incrédula - tudo bem? 

- Sim e você? - perguntou nervoso - eu posso entrar? 

- Claro - deu passagem e o mesmo entrou, tinha as mãos no bolso - aconteceu alguma coisa? e sim, estou bem - ninou a barriga e o moreno entendeu. 

- Ótimo, então - criou um modo de falar - você ainda tem contato com aquelas suas amigas? do posto dezenove. 

- Sim, por quê quer contato com elas? 

- Quero que me façam um favor, meio sujo mas por uma boa causa. 

- Quer transar com elas? - riu leve. 

- Não, quero que elas façam uma coisa por mim e por minha namorada. 

- Está namorando? não sabia - cruzou os braços - mas me diga, qual coisa? 

- Quero pelo menos cinco garotas desse grupinho com quem anda, vou te passar as coordenadas. 

- Está me deixando com medo - encarou ele desconfiada. 

- Quero que linchem Hannah, da universidade Distric Seattle - umedeceu os lábios com sede de vingança no olhar. 

Iria machucar, dez vezes pior do que Hannah machucou Sophia. 



BranquinhaWhere stories live. Discover now