Três meses depois.
Sophia ia muito bem no novo trabalho, Antônia não desconfiou de nada e Jon, era um túmulo perto da avó. Andou saindo com Saily resolvendo os negócios do quartinho pro bebê que tinha um motivo bem especial. Hoje seria a visita de Micael e a mesma estava ansiosa como nunca, ficar longe do amado não era algo fácil.
- Meu amor - abraçou Micael com dificuldade por conta da barriga, estava enorme - como vocês estão?
- Cansados - riu leve se sentando na cadeira - esse peso está me matando.
- Mas e aí? alguma novidade?
- Fui ao médico - sorriu pegando as mãos de Micael - é um menino.
- Um menino? - os olhos encheram d'água - meu Deus, um menino.
- Você gostou?
- Se eu gostei? - sorriu - eu amei, sou o homem mais feliz do mundo.
- Ele abriu as perninhas na consulta passada, já estava na hora.
- Você queria que fosse o quê?
- Tanto faz, o que importa é a nossa felicidade - se entreolharam.
- Exatamente - beijou a loira - já que é menino, eu estava pensando...
- No nome? - brincou ao falar.
- Kevin - falaram em uníssono.
- A música, eu pensei a mesma coisa - Sophia sorriu.
- Quando podemos escutar a rádio, sempre que toca eu lembro de você, lembro daquela noite.
- Está acabando, logo estará comigo e com Kevin, juntos.
- Inseparáveis - sorriram - vamos arrumar uma casa pra gente.
- Vamos, se você quiser podemos até sair de Seattle.
- E a sua faculdade? não quer terminar aqui?
- Quero terminar onde for preciso, o que importa somos nós.
- Amo quando você fica assim, sabia? - sorriu, estava muito sorridente.
- Eu te amo - voltou a beijar Micael, não conseguia viver sem ele.
Ficaram entre mimos e risos, estavam felizes e aquilo importava no momento.
- Como estão as coisas na casa da minha mãe?
- As mesmas, eu cuido de Jon até um certo período, as vezes durmo lá - cerrou os olhos - ando tão cansada que a cama dele é meu lar agora.
- Sério? - riu surpreso - ele não fala nada?
- Não, ele dorme comigo - sorriu - sempre caímos no sono enquanto leio algumas fabulas pra ele, Jon adora.
- Se ele puxar o meu irmão, vai ser um menino bem esperto.
- Acredite, ele é - advertiu enrolando os cabelos - seu pai chegou de viagem, mas voltou de novo.
- Ele vive fazendo isso, típico dele.
- Quando sair daqui, que tal...
- Nem pensar, quando eu sair daqui você vai pedir demissão daquele lugar - se enfureceu - vamos ir embora, minha mãe nem pode cogitar em me ver.
- Foi apenas um hipótese - rendeu as mãos em tom de defesa.
- Como está Saily?
- A mesma coisa, parece que arrumou um emprego.
- Que glória, por isso está chovendo - riram.
- Eu fico a maior parte sozinha agora, então - pausou - mal vejo Saily, se ela está em casa eu estou na sua mãe.
- Saily é um caso perdido, faz tempo que ela não vem me visitar.
- E seu amigo Tompson? ele vem?
- Bem pouco - mostrou o beiço do jeito que fazia - o quê houve?
- Alguém está agitado hoje - Sophia apertou os olhos colocando as mãos no ventre, sentiu Kevin chutar, chutou tanto que o calombo do pezinho formava em sua pele, Micael se pôs a sorrir.
- Que garoto agitado - sorriu sentindo o pezinho do filho, estavam sorrindo feito bobos.
- Ele gosta quando eu falo, fica todo agitado.
- É sempre assim? - sorriu - opa, chute a mamãe Kevin.
- Sempre - pausou - e não filho, não chute a mamãe.
- Ele gosta de te irritar, parece que alguém vai sofrer.
- Se puxar o pai todinho, inclusive na beleza - riu leve - estou obviamente ferrada, seremos avós mais cedo do que imaginamos.
- Meu garoto - brincou ainda entre risos - nem vou precisar ensinar, vai ser um garanhão igual ao pai dele.
- Se achando - Micael riu - exibido.
- Que te ama - beijou os lábios dela novamente - eu quero saber de você.
- Você já sabe de mim - sorriu - estou aqui, com você.
- Você não me disse das suas mudanças - encarou o pequeno decote de Sophia que estava cheio.
- Micael, aqui não.
- Eu queria muito que fosse lá fora, mas...
- Mas estamos em um lugar público, pare - riu consigo.
- Parece que foi ontem, você chegando naquele apartamento toda inocente com suas oitocentas caixas.
- Você sempre zoa as minhas caixas.
- E o pôster, a camiseta - se lembrou - o consolo.
- Micael! - ele gargalhou.
- Eu amo a cara que você faz - sorriu.
- Sabia que eu tinha uma planilha planejada.
- Planilha planejada? que porra é essa?
- Estava nos meus planos terminar a faculdade, arrumar um namorado na faculdade e me casar depois de formada, ter filhos, morar no Canadá e adotar um cachorro chamado Sluffy.
- Cruzes, Sophia - riu da cara dele - as vezes você me assusta.
- Minha mãe disse a mesma coisa quando desisti de fazer balé.
- Eu nunca tive essas frescuras.
- Frescuras? se tivéssemos uma filha com certeza já estaria matriculada no balé.
- Doidinha mesmo.
- Não sou - cruzou os braços e Micael sorriu.
- Tenho medo de você matricular o Kevin em algo que ele não queira.
- No futebol? aposto que ele vai querer.
- Não precisa matricular porque eu vou ensina-lo.
Sophia encarou Micael mas logo sentiu algo quente escorrer pelo seu rosto, eram lágrimas. O moreno encarou a mesma não sabendo o que fazer, por quê estava chorando?
- Não entendi - segurou as mãos dela - não precisa chorar meu amor, calma.
- É que eu estou muito emotiva, eu sempre choro por essas coisas - secou as lágrimas rindo em seguida - desculpa.
- Tudo bem - sorriu - está tudo bem.
- Eu te amo, muito.
- Eu te amo, muito - se beijaram antes de Sophia levantar.
- Preciso ir agora, eu volto.
- Eu sei - respirou fundo - amo vocês.
- Nós te amamos - viu a amada sair segurando a barriga.
Eram puro amor.
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Branquinha
RomanceSophia, uma garota cuja está na faculdade se arrisca ao alugar um quarto em um apartamento nobre junto com sua amiga que acabou de conhecer. Rodeada de drogas, festa e sexo acaba conhecendo Micael, o novo dono de seu coração e destruidor de suas ino...