Capítulo79

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Três meses depois.

Sophia ia muito bem no novo trabalho, Antônia não desconfiou de nada e Jon, era um túmulo perto da avó. Andou saindo com Saily resolvendo os negócios do quartinho pro bebê que tinha um motivo bem especial. Hoje seria a visita de Micael e a mesma estava ansiosa como nunca, ficar longe do amado não era algo fácil.

- Meu amor - abraçou Micael com dificuldade por conta da barriga, estava enorme - como vocês estão?

- Cansados - riu leve se sentando na cadeira - esse peso está me matando.

- Mas e aí? alguma novidade?

- Fui ao médico - sorriu pegando as mãos de Micael - é um menino.

- Um menino? - os olhos encheram d'água - meu Deus, um menino.

- Você gostou?

- Se eu gostei? - sorriu - eu amei, sou o homem mais feliz do mundo.

- Ele abriu as perninhas na consulta passada, já estava na hora.

- Você queria que fosse o quê?

- Tanto faz, o que importa é a nossa felicidade - se entreolharam.

- Exatamente - beijou a loira - já que é menino, eu estava pensando...

- No nome? - brincou ao falar.

- Kevin - falaram em uníssono.

- A música, eu pensei a mesma coisa - Sophia sorriu.

- Quando podemos escutar a rádio, sempre que toca eu lembro de você, lembro daquela noite.

- Está acabando, logo estará comigo e com Kevin, juntos.

- Inseparáveis - sorriram - vamos arrumar uma casa pra gente.

- Vamos, se você quiser podemos até sair de Seattle.

- E a sua faculdade? não quer terminar aqui?

- Quero terminar onde for preciso, o que importa somos nós.

- Amo quando você fica assim, sabia? - sorriu, estava muito sorridente.

- Eu te amo - voltou a beijar Micael, não conseguia viver sem ele.

Ficaram entre mimos e risos, estavam felizes e aquilo importava no momento.

- Como estão as coisas na casa da minha mãe?

- As mesmas, eu cuido de Jon até um certo período, as vezes durmo lá - cerrou os olhos - ando tão cansada que a cama dele é meu lar agora.

- Sério? - riu surpreso - ele não fala nada?

- Não, ele dorme comigo - sorriu - sempre caímos no sono enquanto leio algumas fabulas pra ele, Jon adora.

- Se ele puxar o meu irmão, vai ser um menino bem esperto.

- Acredite, ele é - advertiu enrolando os cabelos - seu pai chegou de viagem, mas voltou de novo.

- Ele vive fazendo isso, típico dele.

- Quando sair daqui, que tal...

- Nem pensar, quando eu sair daqui você vai pedir demissão daquele lugar - se enfureceu - vamos ir embora, minha mãe nem pode cogitar em me ver.

- Foi apenas um hipótese - rendeu as mãos em tom de defesa.

- Como está Saily?

- A mesma coisa, parece que arrumou um emprego.

- Que glória, por isso está chovendo - riram.

- Eu fico a maior parte sozinha agora, então - pausou - mal vejo Saily, se ela está em casa eu estou na sua mãe.

- Saily é um caso perdido, faz tempo que ela não vem me visitar.

- E seu amigo Tompson? ele vem?

- Bem pouco - mostrou o beiço do jeito que fazia - o quê houve?

- Alguém está agitado hoje - Sophia apertou os olhos colocando as mãos no ventre, sentiu Kevin chutar, chutou tanto que o calombo do pezinho formava em sua pele, Micael se pôs a sorrir.

- Que garoto agitado - sorriu sentindo o pezinho do filho, estavam sorrindo feito bobos.

- Ele gosta quando eu falo, fica todo agitado.

- É sempre assim? - sorriu - opa, chute a mamãe Kevin.

- Sempre - pausou - e não filho, não chute a mamãe.

- Ele gosta de te irritar, parece que alguém vai sofrer.

- Se puxar o pai todinho, inclusive na beleza - riu leve - estou obviamente ferrada, seremos avós mais cedo do que imaginamos.

- Meu garoto - brincou ainda entre risos - nem vou precisar ensinar, vai ser um garanhão igual ao pai dele.

- Se achando - Micael riu - exibido.

- Que te ama - beijou os lábios dela novamente - eu quero saber de você.

- Você já sabe de mim - sorriu - estou aqui, com você.

- Você não me disse das suas mudanças - encarou o pequeno decote de Sophia que estava cheio.

- Micael, aqui não.

- Eu queria muito que fosse lá fora, mas...

- Mas estamos em um lugar público, pare - riu consigo.

- Parece que foi ontem, você chegando naquele apartamento toda inocente com suas oitocentas caixas.

- Você sempre zoa as minhas caixas.

- E o pôster, a camiseta - se lembrou - o consolo.

- Micael! - ele gargalhou.

- Eu amo a cara que você faz - sorriu.

- Sabia que eu tinha uma planilha planejada.

- Planilha planejada? que porra é essa?

- Estava nos meus planos terminar a faculdade, arrumar um namorado na faculdade e me casar depois de formada, ter filhos, morar no Canadá e adotar um cachorro chamado Sluffy.

- Cruzes, Sophia - riu da cara dele - as vezes você me assusta.

- Minha mãe disse a mesma coisa quando desisti de fazer balé.

- Eu nunca tive essas frescuras.

- Frescuras? se tivéssemos uma filha com certeza já estaria matriculada no balé.

- Doidinha mesmo.

- Não sou - cruzou os braços e Micael sorriu.

- Tenho medo de você matricular o Kevin em algo que ele não queira.

- No futebol? aposto que ele vai querer.

- Não precisa matricular porque eu vou ensina-lo.

Sophia encarou Micael mas logo sentiu algo quente escorrer pelo seu rosto, eram lágrimas. O moreno encarou a mesma não sabendo o que fazer, por quê estava chorando?

- Não entendi - segurou as mãos dela - não precisa chorar meu amor, calma.

- É que eu estou muito emotiva, eu sempre choro por essas coisas - secou as lágrimas rindo em seguida - desculpa.

- Tudo bem - sorriu - está tudo bem.

- Eu te amo, muito.

- Eu te amo, muito - se beijaram antes de Sophia levantar.

- Preciso ir agora, eu volto.

- Eu sei - respirou fundo - amo vocês.

- Nós te amamos - viu a amada sair segurando a barriga.

Eram puro amor.



BranquinhaWhere stories live. Discover now