- Bom dia com dor de cabeça - Saily sentou na mesa junto com Micael que bebia a cura de sua mãe pra ressaca, entregou o copo a morena que bebeu fazendo cara feia.
- Sophia ainda não acordou? - forçou os olhos.
- Está tomando banho e soltando as tripas no banheiro - advertiu quase caindo dentro do copo - que loucura ontem.
- Não pode contar pra ninguém que isso aconteceu, estamos entendidos?
- Tudo bem - se rendeu com as mãos - pra que tanto medo? foi só sexo.
- Mas mesmo assim, você tem uma boca santa - fuzilou com o olhar e Saily riu.
- Vá ajudar sua noiva, deve estar toda vomitada - fez cara feia - que nojo, o quê você coloca aqui? terra?
- Plantas - saiu da mesa e andou calmo até o banheiro, bateu na porta antes de tentar entrar já que estava trancada - Sophia? está tudo bem?
- Eu vou... ficar - escutou a mesma falar e ser interrompida por uma convulsão de vômito, fechou os olhos sentindo a dor.
- Abra a porta, eu vou ajudar você.
- Não precisa - pausou - já vou sair.
Micael esperou de braços cruzados na porta enquanto escutava o chuveiro ser aberto novamente, Sophia demorou um pouco então decidiu ir até a cozinha, pegou um copo descartável de café acompanhado da tampa, adentrou a bebida no mesmo e por último pegou o canudo na gaveta, chacoalhou a bebida e andou até o quarto da loira que já estava lá, vestia uma blusa de algodão clara sem sutiã.
- Tome, eu coloquei nesse copo pra facilitar - advertiu calmo sentando na cama - vai ficar bem em minutos.
- Obrigada - com desânimo bebeu o líquido apertando o nariz, Micael riu. Aquilo era ruim pra peste.
- Sente aqui - bateu com as mãos no colchão, a mesma sentou - por quê bebe tanto já que vai passar mal no dia seguinte?
- Eu não sabia que ia passar mal - deitou-se com preguiça - estou cansada, meu corpo está dolorido e com uma ressaca terrível.
- Eu entendo sua dor no corpo, também estou com dor no pau - riram cúmplices e escutaram o celular de Sophia tocar.
- Pegue pra mim, sim? - o namorado assentiu buscando o aparelho - é minha mãe.
- Não vai atender?
- Vou - bufou e o namorado riu - oi, mãe.
- Querida, como estão as coisas?
- Bem e você?
- Tudo ótimo, eu falei com seu pai - Sophia arregalou os olhos - ele quer te pedir desculpas.
- Mas eu não quero as desculpas dele.
- Ele é seu pai.
- Um louco que faz um exame vaginal na própria filha, invasão de privacidade e agressão - pausou - tudo junto.
- Não quer mesmo falar com ele?
- Não mãe, e pare de ficar entrando nesse assunto - cerrou os olhos - nem sabia da existência dele.
- Modos, Sophia.
- Tudo bem, me ligou pra dizer isso?
- Onde estava ontem? te liguei umas duas vezes.
- Fui dar uma volta com Micael, fomos ao cinema - mentiu feio mordendo os dedos, Micael riu na mesma hora.
- Ah, vejo que seu namoro está dando certo.
- Ainda bem - sorriu falsa - preciso desligar mãe, vou aprontar a comida.
- Tudo bem, querida - Branca respirou fundo - até depois, te ligo no meio da semana.
- Tudo bem, tchau - a ligação terminou.
- Por quê foi tão grossa com ela? - Micael brincou com seus cachos.
- Porque ela queria que eu me encontrasse com meu pai, vê se pode - revirou os olhos se aninhando no peito do namorado.
- Essa parte eu concordo com você, mas ela é sua mãe - sorriu acolhedor - precisa respeitar.
- Ela passa dos limites - mexeu na aliança - eu ainda não contei a ela.
- O quê?
- Que estamos noivos.
- Precisa contar - se virou pra loira - ela precisa saber.
- Meu pai não vai gostar nada disso - negou com a cabeça.
- Ela só vai saber na hora exata, caso contrário - pausou.
- Caso contrário ela terá um ataque quando ver a aliança.
- Então conte.
- Não.
- Problema resolvido - beijou a noiva que sorriu durante o ato.
- Então, quanto ganhou na sua venda?
- Pra que quer saber?
- Porque sou sua noiva - riu.
- Tudo bem - cerrou os olhos - consegui lucrar quatrocentos mil dólares, é muita grana.
- Meu Deus, Micael - sorriram vitoriosos - esse dinheiro é todo seu?
- Não, preciso dividir com meu fornecedor - coçou a cabeça - mas até que vou ficar com um dinheiro bom.
- Um dinheiro ótimo - beijou Micael novamente - falta muito pra suas aulas acabarem?
- Me formo só no final do ano que vem, e preciso gastar com a formatura.
- Eu ainda tenho uns quatro anos, não quero mais - chorou falso fazendo o moreno cheirar seu pescoço.
- Minha criança não quer estudar?
- Não, se eu soubesse que moda seria tão chato...
- Mas o quê você faz lá?
- Croques, desenhos, mais desenhos, aula de costura bem desnecessária - Micael riu - é difícil ter uma aula no caderno.
- Então é legal, você não precisa pensar igual eu, ter exercícios de raciocínios.
- Prefiro isso do que desenhos, estou cansada de aturar as meninas da minha sala.
- Você fala com elas?
- Não, fico sozinha - respirou fundo - falo apenas com Ed.
- Ele é um amigo bom pra você.
- Coloque bom nisso - sorriram - mas é sério que vamos falar da minha vida?
- Quero saber tudo da sua vida - brincou com o nariz da mesma - estamos noivos, esqueceu?
- Nunca - riu leve - quem sabe, posso ser uma senhora Borges.
- Exatamente, minha senhora Borges - sorriram e voltaram a se beijar.
Não conseguiam ficar um minuto se quer longe.
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Branquinha
RomanceSophia, uma garota cuja está na faculdade se arrisca ao alugar um quarto em um apartamento nobre junto com sua amiga que acabou de conhecer. Rodeada de drogas, festa e sexo acaba conhecendo Micael, o novo dono de seu coração e destruidor de suas ino...