𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

Professor Lockhart

25 de dezembro de 1995
Largo Grimmauld
08:25

– Ah, você está acordada! – Eleanor exclamou, quando retornou para o quarto, depois de tomar café da manhã, e viu que Helena estava sentada na cama, folheando as páginas de algum livro.

– É... – A ruiva a lançou um sorrisinho fraco. – Tem um tempinho.

– Você não vai tomar café? Tem muita coisa de ontem, que sobrou...

– Não estou com tanta fome. – Deu de ombros.

– Não? – Franziu o cenho, e a amiga apenas balançou a cabeça, sem tirar os olhos do seu livro. – Er... você... quer falar sobre ontem?

– O que teve, ontem? – Indagou, fingindo descaso, afinando a voz.

– Aquele negócio da Georgia e o Lupin... você e o Harry...

– Não sei o que você quer dizer, El.

– Olha, se você não quer falar sobre, tudo bem. – Afirmou. – Só perguntei porque quero que você saiba que eu estou pronta pra te escutar.

Quando recebeu silêncio em resposta, Eleanor apenas suspirou e andou até a cômoda, onde começou a procurar por uma muda de roupas confortáveis o suficiente para sair do Largo Grimmauld, por algumas horas, com os outros.

De repente, escutou o som do livro de Helena se fechando, com um baque, e, em alguns segundos, a figura alta, de cabelos laranjas, parou ao seu lado.

– Você acha que eu estou errada? – Ela indagou, cruzando os braços, parecendo aflita. – Por estar só um pouquinho chateada com o Lupin, e com a minha tia?

– Eu não acho. – Negou com a cabeça. – Nem você, nem o Harry... é uma coisa bem grande, e não é como se não tivessem tido oportunidade de contarem, antes... mas, também, eles tiveram os motivos deles, não é?

– Você não está ajudando!

– Desculpa! – Fez careta. – O que eu quero dizer é que... sei lá, acho que vocês têm o direito de ficarem chateados. Mas, ainda assim, acho que tudo foi muito complicado, na época.

– É. – Suspirou, abaixando a cabeça. – Só... é estranho. Lupin, meu padrinho!

– Poderia ser pior. – Deu de ombros. – Imagina se fosse o Pettigrew?

– Nem me lembra disso! – Contorceu o rosto, revirando os olhos. – Minha mãe foi amiga dele! Eu nunca soube disso! Ele, quem entregou os pais do Harry pra Você-Sabe-Quem!

– E quem culpou o Sirius por tudo isso... – Acrescentou. – Doze anos desperdiçados, por culpa dele.

– Você não acha que... – Indagou, com uma expressão séria no rosto, mas se calou antes que finalizasse a frase.

– O quê? – Virou-se para ela, curiosa.

– Isso me faz pensar se... – Gaguejou, encarando um ponto fixo no chão. – ...se ele pode ter tido algo a ver com... com aquela noite, sabe. Com os meus pais...

– Oh. – Ergueu a postura; não havia considerado aquilo, até aquele momento. – Eu... não sei...

– Estive pensando nisso desde ontem... – Confessou. – Tentei me forçar a lembrar, sabe? De qualquer coisa... qualquer coisa que me desse a certeza de que ele estava lá...

– Mas, você disse que não viu o rosto de nenhum deles. – Franziu o cenho, confusa.

– E não vi. – Negou com a cabeça. – Mas, eu ouvi tudo. Eles se chamavam pelos nomes... eu só não lembro quais eram. Eu deveria lembrar! Poderia ter ajudado mais, se lembrasse...