𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

A Carta de Percy

7 de setembro de 1995
Hogwarts
18:15

Ao entrarem, novamente, no castelo, Eleanor, George, Harry e Helena se sentiam um tanto paranóicos; á cada virada em um corredor vazio, olhavam em volta, com os olhos arregalados, aterrorizados com o pensamento de esbarrarem em Snape, McGonagall ou Sprout, prontos para o darem um sermão, ou algo pior.

– Vão, passem! – George sussurrou, mexendo as mãos, depois de se esgueirar pela parede e checar se o corredor estava vazio, e os outros três deram uma corridinha.

As pernas de Eleanor tremiam levemente, a fazendo ter um certo desequilíbrio enquanto tentava acompanhá-los. Tinha um pequeno aperto no coração ao olhar em volta, sentindo medo de ser expulsa pelo que havia feito. Com sorte, seus amigos estavam a ajudando á tentar, ao menos, adiar a expulsão.

– Não se preocupe muito com isso. – Harry sussurrou para ela, ao ver o olhar em seu rosto. – Eu já cheguei aqui com um carro voador, no segundo ano, e não fui expulso.

– Você atropelou alguém com o carro? – Ela perguntou, mau humorada. Ele negou com a cabeça. – Exato.

– Olha, você já bateu em alguém antes, e nada aconteceu. – Ele suspirou. – Nos últimos cinco anos, eu já te vi bater no Malfoy umas cinco vezes.

– Mas eu nunca joguei ele no chão e puxei o cabelo dele. – Retrucou. – Pode falar, Harry, estou perdida.

– Para de ser pessimista! – Helena a repreendeu, andando um pouco á frente deles. – Eles tinham é que te dar um prêmio por serviços especiais pra escola por ter dado uma surra naquela lesada.

– O Snape não concordaria muito com você. – Resmungou. – E eu aposto que a primeira coisa que ela fez foi correr pra contar pra ele...

– El, dá pra relaxar?! – George a interrompeu, parando de andar e se virando para ela. – Olha, o pior que pode acontecer é tirarem seus privilégios, tipo, te proibírem de ir pra Hogsmeade, te tirarem do time de quadribol, tirarem todos os pontos que a Lufa-lufa ganhou essa semana...

Os três o encararam, irritados, e ele, lentamente, parou de falar.

– ...isso é pra me tranquilizar?! – Eleanor perguntou, com a voz esganiçada.

– O meu ponto é... – Ele suspirou, disfarçando. – ...te expulsar, eles não vão! Expulsão só acontece em casos extremos, tipo, se você matasse ela ou a deixasse sem andar.

– E se você fizesse isso, ainda estaria no seu direito! – Helena acrescentou, e George a deu um peteleco na testa. – AI!

Continuaram se esgueirando, em silêncio, pelos corredores, e, com qualquer mínimo barulho, se apressavam para encontrarem um esconderijo. Eventualmente, Harry e George tiveram que se separar delas, já que a Torre da Grifinória era a parada mais próxima da entrada da escola; Eleanor e Helena chegariam em suas comunais apenas quando fossem para o subsolo. Eles pareceram um tanto hesitantes de deixarem elas voltarem sozinhas, mas acabaram concordando que era mais seguro se todos fossem para suas comunais o mais rápido possível.

Quando haviam acabado de descer as escadas das masmorras, quase comemoraram o fato de não terem esbarrado em ninguém. Quase. Acharam que o corredor estava vazio, mas haviam se esquecido que a sala de Snape ficava próxima.

– Parada aí, Blythe. – A voz anasalada e lenta dele fez com que as duas sentissem seus peitos gelarem.

– Puta merda. – Helena sussurrou, fechando os olhos com força e encolhendo os ombros.