𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

Acusações

8 de abril de 1995
Hogwarts
08:28

Quase mais uma semana havia se passado e, inesperadamente, tudo estava indo tão bem quanto antes. Seus amigos agiam normalmente, parecendo já terem se acostumado com as notícias, enquanto Cedric não desconfiava de nada. Afinal, era difícil desconfiar de algo quando se tem 4 pessoas te dando cobertura.

Na quinta-feira, enquanto o grupo de Eleanor tomava café da manhã, as corujas voaram por cima do Salão Principal. Eleanor mal teve tempo de olhar para cima, pois Alaska já havia pousado na frente dela, com um pergaminho enrolado e pendurado em uma de suas patas.

Ao desfazer o nó e abrir o pergaminho, reconheceu a letra de Lupin e ajeitou a postura, de repente se animando.

"Eleanor,
Nem sei o que dizer... como conseguiu a Poção de Acônito? Espero que não tenha roubado, ou "pego emprestado", do seu querido Professor de Poções.

Devo te agradecer por enviá-la, com certeza vai me ajudar muito na próxima semana. Muito obrigado.

Apesar disso, devo te pedir para evitar entrar em apuros, e isso inclui não roubar poções dos professores... me sentiria péssimo se levasse uma detenção, ou até pior, por minha causa.

Obrigado, mais uma vez.
Me mande uma carta quando puder, e quiser.

Atenciosamente,
Remus."

– Seus pais? – Cedric perguntou, do outro lado da mesa, mordendo uma maçã.

– Não... é o Lupin. – Ela sorriu fraco, enquanto dobrava o pergaminho e o colocava no próprio colo. – Tenho trocado cartas com ele depois do aniversário dele. – Voltou á comer.

– Ele está bem, então? – Balançou a cabeça.

– Sim, sim... está ótimo. – Assentiu, mudando de assunto para que não precisasse falar sobre a poção roubada.

No dia 16 de abril, um dia depois, Eleanor recebeu mais uma carta de Lupin, agradecendo pela poção e que, pela primeira vez em um ano, ele conseguiu ter controle sobre o lobo e passar pela lua cheia sem se machucar muito. Aquilo esquentou o coração de Eleanor, que mostrou a carta para Draco, com a intenção de convencê-lo á deixar que ela tentasse fazer a Poção de Acônito. Precisou, porém, esperar até o fim das aulas para que eles se encontrassem, já que o feriado de Páscoa já havia acabado.

– Eleanor, eu já te expliquei isso... – Ele suspirou, se sentando de frente ao lago. – Os ingredientes são extremamente tóxicos. Uma gota á mais e vira um veneno.

– Nós dois somos bons em Poções! – Ela justificou, se sentando ao lado dele.

– Não é uma poção qualquer... o Snape só conseguiu fazer porque ele é Mestre em Poções. – Balançou a cabeça. – Porquê você não pede pra ele? Era ele quem fazia para o Lupin, não era?

– Mais fácil eu convencer o lobo á deixar o Lupin em paz. – Cruzou os braços e franziu o cenho. – Sinceramente, você é assistente dele á mais de um ano, sabe muito bem o professor que tem!

Draco não respondeu, mas estava claro no rosto dele que Eleanor estava certa.

– Vai me ajudar á fazer a poção então? – Eleanor prosseguiu, tentando tirar vantagem do silêncio dele, mas ele apenas negou com a cabeça.

– Se eu achar mais um frasco da poção, eu pego. Mas se não tiver, não vou deixar você fazer. – Disse, ainda balançando a cabeça, e riu pelo nariz ao escutar as reclamações dela. – Não adianta reclamar... e para de ser teimosa, sim?