𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

Ponto de Ebulição

7 de setembro de 1995
Hogwarts
07:42

Ao se levantar da cama, Eleanor precisou de alguns segundos para esticar o corpo. Não havia se levantado desde a tarde anterior; na verdade, tinha a impressão de que mal havia acabado de se deitar quando Hannah e Susan entraram, perguntando se ela não iria para o Salão Principal, na hora do jantar.

Não conseguiu dormir direito durante a noite também; haviam coisas demais na sua cabeça. Coisas que a preocupavam mais do que uma simples noite de sono.

Ao pensar consigo mesma, colocava toda a culpa de sua ansiedade e inquietação em Umbridge, mas, no fundo, ela sabia que grande parte também se devia á conversa com Draco. Não tinha planos de ter aquela conversa tão cedo, e sentia que havia falado besteira.

Já eram quase oito horas, então o dormitório estava quase que completamente iluminado pela luz do sol, que, inclusive, era algo que ainda surpreendia Eleanor; os dormitórios da Lufa-lufa ficavam no sub-solo, e, para os alunos não ficarem isolados em um ambiente escuro, Helga Hufflepuff havia encantado todas as janelas, para refletirem o clima do lado de fora. Ela tinha a leve impressão de que Helga também era a responsável pelo feitiço no teto do Salão Principal, já que funcionava da mesma forma.

Hannah e Susan já não estavam mais no dormitório; Hannah, geralmente, preferia dormir até tarde, nos finais de semana, mas, pelas poucas coisas ditas na noite anterior que Eleanor prestou atenção, elas pareciam ter planos para o dia. Eleanor, no entanto, não sabia se sequer iria querer sair do dormitório.

Não poderia dizer exatamente o motivo das coisas que Umbridge havia dito terem a abalado tanto; tinha a impressão de que, se ela se esforçasse o suficiente, poderia escutar a voz da mulher ecoando, incessantemente, em sua cabeça.

Por um segundo, pensou em escrever uma carta para sua mãe, "Ela vai saber o que fazer...", pensou, mas, então, se lembrou dos inúmeros avisos de Moody sobre não falarem de assuntos sérios por cartas, para o caso de serem interceptadas.

Enquanto dobrava o próprio cobertor, sentiu uma pontada no seu estômago, seguido por um ronco alto o suficiente para que ela escutasse. Decidiu, então, se esforçar para sair do dormitório e ir tomar café da manhã.

*****

Vestindo roupas mais confortáveis, e agradecendo por ser um sábado, já que não iria precisar se sentir sufocada pela própria gravata, Eleanor cruzou as portas do Salão Principal, onde grande parte dos alunos já estavam no meio de seus cafés da manhã. Como já era de costume, rumou em direção á mesa da Grifinória.

Lançou um sorriso fraco para cada um dos três grifinórios, e estranhou o fato de Harry virar a cara para ela, de repente, ficando emburrado.

– Bom dia pra você também. – Ela resmungou, fazendo careta para ele, que permaneceu em silêncio.

– Eleanor, que é que houve com você ontem? Você sumiu o dia todo... não apareceu nem para as aulas! – Hermione questionou, parecendo genuinamente preocupada.

– Não estava me sentindo muito bem. – Ela deu de ombros, enquanto espalhava geléia de framboesa em uma torrada. Harry, ao lado dela, soltou ar pelo nariz, em uma risada irônica e fria. – Qual é o seu problema hoje, hein? – Virou a parte superior do corpo para ele, irritando-se.

– O meu problema? – Ele repetiu a pergunta, erguendo as sobrancelhas. Ron e Hermione trocaram olhares nervosos, e fingiram estar mais concentrados em seus pratos. – O meu problema é você não conseguindo conter essa sua língua!