𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

Alice e Frank

28 de junho de 1995
St. Mungus
16:25

As últimas 24h haviam sido um verdadeiro inferno para Eleanor. Recebeu uma visita do Ministro da Magia, discutiu com o Ministro da Magia, e depois disso, passou o resto do dia sendo cutucada por diversos medibruxos. Eles pareciam não dar importância á fobia que ela parecia ter desenvolvido de ser tocada, a fazendo ter ataques de pânico ou até mesmo que vomitasse incontrolavemente. Isto é, todos eles menos Wendy Pickett, a jovem curandeira que vinha visitá-la quase toda hora, trazendo alguma poção ou apenas um copo de água.

Wendy tinha os cabelos loiros e ondulados, por mais que Remus se lembrasse de ter visto ela com o cabelo vermelho antes. Era muito baixinha, e seu corpo lembrava muito o da Sra. Weasley. Sua pele clara entrava em contraste com suas vestes verde-claras que usava, e com os acessórios extravagantes, coloridos e artesanais que ela usava; colares, brincos, os óculos coloridos.

Aos poucos, Lupin foi relaxando e deixando de ficar em cima dos curandeiros e medibruxos que se aproximavam de Eleanor. Ela sabia que ele não dormia direito desde o dia em que chegou ao St. Mungus, então ficou aliviada de vê-lo dormindo, encostado na poltrona, segurando uma revista antiga contra seu corpo.

– Ele estava muito preocupado com você... – Wendy murmurou, ao ver que Eleanor o observava. Por ser muito mais nova do que os outros funcionários, acabava dizendo o que não devia ou deixava escapar algo que Eleanor tinha certeza que os medibruxos deveriam manter em segredo, mas ela não estava reclamando. Era bom saber o que acontecia e o que havia acontecido. – Quase internei ele também, por um tempo! Parecia á beira de um colapso! – Brincou, e Eleanor forçou um sorriso.

– Você disse... anteontem... que vocês acharam que eu tinha perdido a sanidade... – Eleanor sussurrou, por medo de Lupin estar ouvindo. Ele deixou claro que não queria que ela falasse sobre isso. – O que você quis dizer? Isso já aconteceu?

– É que... você foi torturada... por muito tempo. – Wendy revelou, em um sussurro também. – Ouvi o seu acompanhante dizer para um dos guardas que acharam que você tinha morrido...

– Eu também achei. – Ela respondeu, em um tom sombrio, abaixando a cabeça.

– E o caso mais próximo disso que tivemos foi... – Parou de falar e, sem perceber, olhou para o corredor. Mais especificamente, para a porta do outro lado do corredor. – ... ah, eu não deveria te falar, deixe pra lá.

– Não! Me fale... – Eleanor a encarou, esperançosa. – Eu preciso saber o que poderia ter acontecido comigo... 

Wendy a olhou por alguns segundos, relutante. Seus olhos animados e amigáveis agora tinham um brilho estranho, quase como que marejados. Desistindo, ela suspirou.

– É um casal de aurores... são uns dos pacientes mais antigos que temos aqui... já estavam aqui quando comecei á trabalhar como curandeira. – Sussurrou.

– E... é irreversível? – Sentiu seu cenho se franzir involuntariamente.

– Infelizmente. – Engoliu em seco. – Algumas curandeiras tentam conversar com eles, todos os dias... para ver se conseguem alguma reação, sabe... mas desistem depois de algum tempo.

– Sei. – Eleanor sentiu um nó se fazer em sua garganta. Que tipo de jogo doentio era esse? Porquê ela, de todas as pessoas do mundo, sobreviveu e saiu, de certa forma, ilesa, enquanto outras pessoas morriam ou perdiam a própria consciência? Não era justo. – Eles... como eles são? Alguém os visita?

– Eles tem um filho. O menino vem visitar eles sempre que pode... é uma pena, de verdade. – Contou. – Também tem uma moça que visita eles... mas não sei o que ela é deles. Pode ser alguma prima, eu acho.