O Elfo Livre

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7 de dezembro de 1994
Hogwarts
10:17

O começo do mês de dezembro trouxe muita chuva e neve para Hogwarts. A Sala Comunal da Lufa-lufa parecia estar quentinha como sempre, mas ela evitava passar muito tempo lá pois queria manter sua mente ocupada por tempo suficiente para que não se lembrasse do que quase aconteceu na Floresta Proibida. Hagrid, se sentindo culpado, se desculpava inúmeras vezes, sempre que a via.

Tentava convencê-lo de que a culpa era apenas dela, por ter saído do trilho e desobedecido às ordens dele, e começou a passar mais tempo com ele, o ajudando a cuidar dos explosívíns e com outras tarefas de guarda-caça.

Trabalhar com criaturas que soltavam fogo parecia facilitar que ela lidasse com o frio; nem mesmo suas roupas mais quentes resistiam ao frio natalino de Hogwarts, mas ainda se sentia mais sortuda do que os alunos de Durmstrang, que tinham que dormir dentro do navio, que estava embarcado no lago. Não deveria ser nem um pouco agradável dormir no meio de um monte de água num frio daqueles.

Ocorreu á ela que os estudantes de Beauxbatons também não deveriam estar muito confortáveis, já que as carruagens não pareciam proteger muito contra o frio. Hagrid e Eleanor passsavam boas partes dos seus dias abastecendo os cavalos de Madame Maxime com o uísque puro malte que eles gostavam. O vapor que aquilo causava deixava a turma de Cuidados de Criaturas Mágicas em volta tontos, o que não era útil, já que ainda lidavam com os explosívíns.

– Não tenho certeza de que eles hibernam... – Hagrid disse, em uma das aulas, enquanto a turma tremia de frio próxima á horta de abóboras. – Achei que seria legal checarmos se o que eles precisam é de uma boa soneca!

Os alunos se entreolharam.

– Eleanor, me ajude aqui... – Ele a chamou para trás da cabana, e eles voltaram carregando várias caixas. – Vamos colocá-los nessas caixas!

Eleanor ajudou ele a organizar as caixas; forraram todas elas com almofadas e cobertores macios. Então, Hagrid trouxe os explosívíns. Só restavam dez deles, já que ainda matavam uns aos outros. Tinham as cascas grossas e cinzentas, com patinhas curtas de inseto se movimentando, caudas que soltavam fogo, os ferrões e sugadores mais ameaçadores do que nunca... ela nunca admitiria aquilo na frente de Hagrid, mas os explosívíns eram horríveis.

– Agora, vocês vão pegar seus explosívíns, colocá-los nas caixas, e então vão tampá-las. E vamos esperar pra ver o que acontece! – Ele sorriu, animado, e todos os alunos começaram a tentar cumprir as ordens.

Por terem explosívíns á menos, Eleanor foi liberada daquela aula. Hagrid pediu que, ao invés de cuidar de um explosívím, ela ajudasse os colegas com a tarefa. Não precisou falar duas vezes para ela aceitar, já que não queria lidar com eles mesmo. Lidava com eles fora das aulas, e aquilo já era o suficiente.

– Sparks, uma ajudinha aqui? – Draco chamou, quando ela terminou de ajudar uma menina da Corvinal. Seu rosto estava suado com o esforço de pegar o explosívím no colo, mas a criatura ainda estava no chão, parecendo ligeiramente irritada.

Porém, toda a turma descobriu rapidamente que, não, os explosívíns não hibernavam. E também descobriram que odiavam ser enfiados á força em caixas forradas com uma tampa em cima. Assim que Eleanor conseguiu colocar o explosívím de Draco dentro da caixa, a mesma explodiu em chamas, expelidas pelo rabo da criatura.

Antes que ela pudesse ter qualquer reação, Draco a puxou pela cintura. E o fez no momento certo, pois ela quase foi atingida no rosto por um dos pedaços flamejantes que voaram da caixa. As outras caixas explodiram da mesma forma, e os alunos começaram a gritar e correr, em pânico, enquanto os explosívíns andavam pelos terrenos, lançando fogo pelos rabos.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Where stories live. Discover now