Não Devo Contar Mentiras

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6 de setembro de 1995
Hogwarts
06:03

O som dos pássaros despertou Eleanor, a fazendo se espreguiçar na cama da ala hospitalar. Passou alguns minutos olhando em volta, apreciando o silêncio absoluto em que toda a escola se encontrava.

O sol ainda estava nascendo, então toda a ala hospitalar estava tomada por uma luz alaranjada, já que não haviam cortinas grandes o suficiente para cobrirem todo o comprimento das janelas. Era realmente agradável, se deixasse de lado o fato de ser o lugar da escola onde os doentes e machucados ficam.

Depois de algum tempo deitada, apenas tentando acordar completamente, o sol havia mudado de lugar o suficiente para refletir em seu rosto, a fazendo cobrí-lo com as mãos e enrugar o nariz. Ao tocar no próprio rosto, percebeu que seus cabelos não estavam grudados em sua testa, como sempre.

Se ergueu rapidamente, ficando sentada na cama, e olhou para a própria roupa; Madame Pomfrey havia a cedido um pijama, para que não ficasse usando o uniforme de quadribol. Estava seco, sem uma gota sequer de suor.

De cenho franzido, ela pensou consigo mesma, tentando lembrar se havia tido algum pesadelo. E então, percebeu: se tivesse tido um pesadelo, não precisaria fazer esforço para se lembrar. O que significava...

– Sem pesadelos! – Ela exclamou, animada, alguns minutos depois, quando Madame Pomfrey apareceu para checar nela. A mulher ergueu as sobrancelhas e sorriu, parecendo aliviada.

– Nada?! – Perguntou, e Eleanor negou com a cabeça. – Então, a poção funcionou!

– Funcionou, não é? – Balançou a cabeça freneticamente. Sentia um entusiasmo anormal; algo que não sentia a muito tempo. – E agora, o que acontece? Eu continuo vindo pra cá, e tomando as poç... ai! – Fez careta, ao ser cutucada, na costela, pela varinha de Madame Pomfrey.

– Sinto muito, estava só checando se seus ossos já foram 100% reconstruídos. – A lançou um olhar de desculpas. – Como foi a noite? Acordou, em algum momento, sentindo dor?

– Eu acho que não... a poção de dormir deve ter funcionado muito bem. – Deu de ombros. – Como estou? Vou poder ser liberada?

– Com algumas limitações... mas você já deve saber disso, não é? – Ergueu as sobrancelhas e Eleanor a olhou, curiosa. – Nada de esforço físico por, pelo menos, uma semana, ouviu? Seus ossos estão bem, mas ainda estão sensibilizados.

– Eu não tenho muita coisa para fazer mesmo. – Deu de ombros.

– Ótimo. – Sorriu, aliviada. – Agora, se levante... precisa se arrumar antes de ir para o Salão Principal. Pode usar o meu banheiro...

*****

Já eram quase sete horas quando Eleanor, finalmente, ficou pronta. Susan havia colocado seu uniforme dentro da mochila, então, não iria precisar correr para o dormitório para se trocar.

A Madame Pomfrey foi excepcionalmente bondosa naquela manhã; a deixou usar seu banheiro pessoal, para tomar banho, e a enrolou seu torso com algumas bandagens, dizendo que, se ela insistisse em fazer algum tipo de esforço, as bandagens, ao menos, tentariam manter os ossos sensibilizados no lugar.

– Não se esqueça de tomar um café da manhã decente. – Madame Pomfrey aconselhou, enquanto a entregava sua mochila. – Precisa se cuidar, ouviu? Não só por causa da sua lesão.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora