A Fúria de Lucius Malfoy

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23 de dezembro de 1994
Hogwarts
07:48

Draco estava sentado á mesa da Sonserina, finalizando seu café da manhã. Não era de seu costume se empanturrar de comida logo assim que acordava, então optava por comer apenas uma torrada, e tomar algumas xícaras de café (puro, com três cubos de açúcar).

Crabbe e Goyle jogavam uvas um no outro, um de cada lado da mesa, enquanto Draco finalizava sua segunda xícara.

– Que inferno, vocês dois! – Pansy gritou, quando uma das uvas a acertou no olho. – Eu juro por Merlin... parem de brincar com comida! – Os repreendeu, fazendo com que eles parassem na hora.

Os gritos matinais de Parkinson não haviam tirado a atenção de Malfoy da mesa da Lufa-lufa. Apreciava muito os poucos minutos que podia olhar para Eleanor sem que percebessem, e sem que parecesse um maníaco, e essa ocasião era uma delas.

Naquele momento, a lufana ria (e muito) de alguma coisa que um de seus amigos disse. Involuntariamente, ele também sorriu, vendo que ela jogou a cabeça para trás, coisa que ela fazia apenas quando realmente achava algo engraçado.

Era incrível como, naqueles momentos, a luz que ela exalava parecia ser tão brilhante que poderia cegar qualquer um que olhasse sem aviso.

A única coisa que tirou sua distração foi o som das corujas entrando no Salão Principal, com os jornais e pacotes para serem entregues. Olhou para o teto, procurando por sua coruja, Achilles, mas não o localizou, o que era estranho, pois geralmente, sua mãe enviava alguns doces e comidas diferentes. Porém, decidiu deixar de lado e continuar bebendo seu café (a terceira xícara), enquanto alguns dos seus colegas de casa recebiam seus pacotes e jornais.

Somente quando Goyle começou a folhear o jornal (procurando pela sessão de Puzzles), foi que o grupo de Draco pareceu ficar em paz. Crabbe e Goyle acordavam de manhã com a energia de duas crianças de 5 anos, e isso fazia do café da manhã um verdadeiro inferno, se acordasse do lado errado da cama.

Por sorte, Draco havia estado com muito bom humor nos últimos dias... sem motivo algum, é claro.

– Ei, Tweedledee. – Helena Blythe, uma das sextanistas, chamou a atenção de Crabbe á alguns assentos de distância, estalando os dedos. – Você está em qual sessão, hein?

– E-eu? – Goyle gaguejou, arregalando os olhos. Havia falado incansavelmente sobre o quanto ela era bonita, e o fato de ela estar falando com ele parecia ser demais para o pequeno coração (e cérebro) dele aguentarem.

Por mais que, mesmo que os sangue-puros não entendessem a piada, ela estivesse chamando ele de "Tweedledee" em referência aos dois personagens do conto trouxa "Alice no País das Maravilhas", Tweedledee e Tweedledum, dois personagens idênticos que pareciam dividir um único neurônio, completando as frases um do outro de forma completamente estúpida e sem noção. Tweedledum, provavelmente, era Crabbe.

Mas ainda bem que nenhum deles sabia disso.

– É, você. – Helena fez careta. – Qual sessão?

– Puzzles! – Goyle respondeu, rapidamente. – Você quer ler também?

–...só a sessão de fofocas, na verdade. – Ela o lançou um sorriso forçado. Era óbvio que Helena não gostava muito de seus colegas de classe, mas também não era como se eles gostassem dela, afinal, andava apenas com os grifinórios. Goyle rapidamente folheou o jornal até as últimas páginas, pronto para separar a sessão de Fofocas para Helena, mas parou bruscamente e arregalou os olhos para o papel.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Where stories live. Discover now