𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

St. Mungus

25 de junho de 1995
Bloomsbury, Londres
01:18

Lupin subiu os degraus da casa dos Sparks, com Sirius, em sua forma animaga, ao seu lado. O homem pigarreou e ajeitou o próprio paletó, em uma tentativa frustrada de parecer mais arrumado e sofisticado, rapidamente olhando seu próprio reflexo no vidro da porta. Ao checar a própria aparência, tocou a campainha, rezando para que eles não estivessem dormindo.

Depois de alguns segundos sem resposta, tocou a campainha de novo. Desta vez, segurou-a por alguns segundos. Sirius soltou um grunhido em resposta, o encarando, e Remus jurou que, se estivesse em sua forma humana, estaria fazendo careta para ele.

– Eu preciso chamar a atenção deles, Sirius! – Sussurrou para ele, se defendendo. – Além do mais, no que está se metendo? Você é um cachorro, o máximo que pode fazer é latir e arranhar a porta até eles abrirem...

Enquanto Sirius rosnava em resposta, parte da porta se abriu, revelando o rosto de um homem mais velho, de olhos gentis, óculos de grau e cabelos castanhos e grisalhos. Ao examinar com atenção, Lupin pôde claramente ver traços de Eleanor nele.

– Boa noite, você deve ser o Sr. Sparks. – Se apressou para dizer, antes que o homem estranhasse. – Me chamo Remus Lupin, sou... fui professor de Eleanor na escola. Em... Hogwarts. – Deu ênfase na última palavra, tentando fazer com que o homem entendesse de onde ele vinha.

– Hã... Lupin... acho que Ellie falou sobre você... – O homem ainda não abriu a porta completamente, parecendo desconfiado. – Posso... posso ajudar, Sr. Lupin?

– É um bom momento para conversarmos? E... sua esposa está acordada? – Cruzou as próprias mãos em suas costas, sorrindo fraco.

– Conversarmos? Senhor, são 1 da manhã... – Pareceu muito confuso. – Espera... aconteceu algo com a Ellie?! É por isso que você veio á essa hora?

Lupin abriu e fechou a boca por alguns segundos, tentando pensar no que dizer, ou como sequer começar. Dumbledore não havia dado nenhuma dica ou forma de ajudá-lo á contar, o que diabos era pra ele fazer? Não era como se fosse conhecido por suas habilidades sociais.

– Eu... bem... – Pensou por alguns segundos. – Sim. Aconteceu algo... eu posso... posso contar, mas preciso que mantenham a calma e me escutem...

O homem arregalou os olhos e pareceu travar por alguns segundos. "Pronto, quebrei o pai da Eleanor...", Remus pensou consigo mesmo, mas ele logo abriu a porta o suficiente para que ele passasse.

– Meu... meu cachorro pode entrar? – Apontou com a cabeça para Sirius. – Ele é muito bem treinado... nem vai perceber que ele está lá.

– Claro... entre... só cuidado com nosso gato... – Balançou a cabeça, parecendo atordoado. – Eu vou... vou buscar minha esposa... por favor, fique á vontade... – Fechou a porta assim que Lupin e Sirius passaram por ela.

Rapidamente subiu a escada, e Remus jurou ter visto as pernas deles tremendo. Mal havia perguntado o nome dele... céus, isso seria um desastre.

Olhou em volta, analisando a decoração da casa. A maioria das luzes estavam apagadas, apenas as da sala estavam acesas, refletindo nos outros cômodos. Reparou que haviam dezenas de molduras espalhadas pelas paredes, cheias de fotos da família de Eleanor. Deixou Sirius sentado em frente á porta e se aproximou de algumas, as olhando de perto.

Pareciam uma família ordinária e perfeitamente saudável. Eleanor era a mistura exata de seus dois pais; tinha os cabelos escuros e os olhos gentis de seu pai, mas todos os outros traços, inclusive seu sorriso brilhante, vinham de sua mãe. Sua irmãzinha, no entanto, parecia ser mais parecida com o pai, tendo puxado apenas o cabelo loiro da mãe.