Espírito Natalino

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22 de dezembro de 1995
Largo Grimmauld
07:47

Eleanor e Helena despertaram com uma agitação do lado de fora; alguém não parava de andar de um lado para o outro, assobiando no ritmo de músicas de natal.

– Quem é o aprendiz de Papai Noel? – Helena resmungou, cobrindo o rosto com o próprio travesseiro. – Por Merlin, ainda nem amanheceu direito... – Choramingou.

Desde que voltaram para o Largo Grimmauld, as duas passaram á dividir a cama, ao invés de Helena continuar dormindo no sofá. Afinal, Eleanor já não tinha tantos pesadelos, e conseguia tocar nas pessoas.

– Eu nunca ouvi Jingle Bell tantas vezes na minha vida... – Eleanor observou, encarando o teto, sonolenta.

Derrotadas, as duas se levantaram e, depois de arrumarem a cama, abriram a porta do quarto, dando de cara com Sirius, no corredor, tentando pendurar uma guirlanda no teto com magia.

– Bom dia, meninas! – Ele sorriu para elas, se distraindo por alguns segundos e quase deixando a guirlanda cair no andar de baixo. – Pensei que deveria adiantar a decoração de Natal... já que vamos passar todos juntos, não é? – Deu de ombros, parecendo estranhamente empolgado.

– Eu não sabia que você gostava tanto assim do Natal... – Eleanor franziu o cenho levemente.

– Ah, nunca fui muito fã... – Ele fez careta. – Mas, quando se passa doze anos preso, qualquer data comemorativa parece maravilhosa! – Exclamou.

– Você está desde que horas fazendo isso, exatamente? – Helena coçou a cabeça, bocejando.

– Desde... bem... – Gaguejou. – Acho que... umas seis da manhã...

– Espera... – Eleanor fechou os olhos por alguns segundos e ergueu uma mão. – Era você quem estava cantando aquelas músicas natalinas?

– Remus bem que falou que eu ia acabar acordando vocês... sinto muito, meninas. – Sorriu, constrangido. – Mas, já que estão acordadas... que tal me ajudarem com as decorações?

– Você sabe que horas são?! – Helena contorceu o nariz, esfregando o rosto.

– Sete, eu presumo. – Deu de ombros.

– Exato! – Exclamou, dando as costas para ele e se deitando na cama, novamente.

– Helena! – Eleanor a repreendeu, em um sussurro. – Não está sendo uma hóspede muito educada!

– São sete da manhã, Eleanor! Ainda não está no meu horário de ser educada! – Explicou, com a voz abafada, já que estava com o rosto afundado no travesseiro. – Mas tenho certeza que você pode ser educada por nós duas... acredito no seu potencial...

Por alguns segundos, Eleanor apenas a encarou, desacreditada, mas a ruiva estava sonolenta demais para notar isso.

– Sinto muito por isso. – Ela disse para Sirius, enquanto fechava a porta do quarto atrás de si. – Tenho certeza de que, mais tarde, ela vai se arrepender de ter feito isso e vai te pedir desculpas, desesperada...

– Ah, não, eu não a culpo. – Ele sorriu de lado. – Já deveria esperar isso, na verdade. Ela é igual a tia, e isso é exatamente algo que Georgia faria...

– Mesmo? – O olhou, curiosa, e ele assentiu.

– Por que acha que ela não está aqui, me ajudando? – Ergueu as sobrancelhas. – Eu bem que tentei chamá-la, mas ela começou a usar uns palavrões que eu nunca ouvi na vida, então eu preferi deixar pra lá... de qualquer forma, eu e você já formamos uma baita equipe, não é?

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Where stories live. Discover now