Largo Grimmauld

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15 de julho de 1995
Bloomsbury
16:32

Os moradores do pequeno subúrbio onde Eleanor morava prezavam muito as aparências, o que resultou na construção de um parque no início da rua, que era constantemente reformado pelos próprios moradores, que se revezavam para cuidarem das ervas daninhas e matos indesejados.

De início, Eleanor e Carter não deram muita importância para o parque, já que preferiam passar o tempo em suas varandas ou na sorveteria. Porém, depois de começar a trabalhar lá, Carter preferia ficar longe de lá durante os finais de semana (tinha certeza de que o rapaz que trabalha nos finais de semana não gostava muito dele), e desde que ele retornou do acampamento, os dois encontravam a mãe de Carter os olhando pela janela quando ficavam na varanda.

No final, o parque acabou sendo bem útil. Ficava longe o suficiente tanto da sorveteria quanto da casa dos Wilson.

– Acho que minha mãe cuida mais desse parque do que de mim. – Carter ironizou enquanto eles andavam pelo parque, observando as plantas. Eleanor riu pelo nariz, já estava acostumada com as piadas envolvendo as coisas ruins que aconteciam com ele.

– Pelo menos sabemos que seu pai é um péssimo criador de filhos e de plantas. – Arqueou uma sobrancelha e ele jogou a cabeça para trás, gargalhando.

– Eu diria que isso prova que não é nada pessoal mas... é pessoal. – Deu de ombros, e suspirou. – Você vai embora hoje, não vai? Já sabe que horas?

– Ainda não...

– Não acredito que vamos ter que voltar á nos comunicar por cartas. – Fez careta. – Eu me sinto nos anos 30, falo sério... quando sua escola vai deixar vocês pelo menos fazerem ligações pra casa?

– Acho que nem tão cedo. – Arqueou a sobrancelha.

– Vai piorar agora... aposto meu salário inteiro que meu pai vai querer ler todas as cartas que eu mandar e as que você mandar. – Revirou os olhos. – Sinceramente, fiquei chocado de ele ainda não perguntar pro seu pai onde você estuda pra me colocar lá.

– Ah, confie em mim, você não iria querer.

– Aposto que não seria nada mal ficar uns meses sem vir pra casa. – Pareceu pensativo. – Mandar uma carta uma vez no mês, pra não dizerem que eu não ligo pra eles...

Eleanor não sabia mais o que responder, então riu pelo nariz e ficou em silêncio pelo resto do passeio. Voltaram á falar apenas quando se sentaram em um dos bancos.

– Você pelo menos volta pro Natal? – Ele perguntou, enquanto Eleanor observava um pássaro que havia acabado de pousar em uma fonte no parque.

– Quase certeza que sim. – Assentiu, sem desviar os olhos do pássaro. Passava tanto tempo lendo sobre criaturas mágicas que acabava se esquecendo de admirar os animais do mundo trouxa. – Vou fazer de tudo pra isso... me arrependo de não ter feito isso no ano passado.

Era verdade, até certo ponto. Tinha ficado na escola por ser uma obrigação sua como Campeã Tribruxa, mas sabia que, se tivesse a escolha, escolheria ficar. Só quis voltar pra casa depois do... infeliz... acidente do Baile de Inverno. Sentia que seu tempo seria mais valioso se voltasse para casa e o passasse com sua família e Carter.

Eleanor decidiu voltar para casa pouco tempo depois, afinal, não sabia que horas Lupin chegaria e queria estar pronta. Carter, como sempre fazia, a acompanhou até a porta, mas antes que sequer subissem os degraus, a porta da frente se abriu e Chester saiu de dentro, acompanhado de Lupin.

– Ela têm se isolado mui... – Chester contava, mas se calou assim que viu Eleanor e Carter subindo. – Filha! Aí está você... estava indo te chamar agora mesmo...

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Where stories live. Discover now