𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

Uma Missão de Babá

20 de dezembro de 1995
Hogwarts
08:45

– O que é que houve com você? – Hermione franziu o cenho, no momento em que Eleanor se sentou ao lado dela, no Salão Principal, colocando a gaiola vazia na mesa.

– Do que você está falando? – Eleanor franziu o cenho, dando de ombros, tentando fingir descaso. – Não aconteceu nada, oras! O que teria acontecido? Não tem nada pra acontecer...

Hermione apenas estreitou os olhos para ela, não parecendo convencida, e, então, esticou a mão na direção dela, retirando um pedaço de galho quebrado do seu cabelo, e as duas ficaram em silêncio por alguns segundos, alternando os olhares entre o galho e o rosto uma da outra.

– Eu, hã... fui dar um passeio pela escola, antes de voltarmos pra casa. – Mentiu, desviando o olhar, enquanto Hermione jogava o galho no chão, com o cenho franzido. – Aproveitar a paisagem, você sabe.

– Eu achei que você não via a hora de ir embora. – Arqueou uma sobrancelha.

– Por causa das pessoas! – Deu de ombros. – Ainda gosto das paisagens... – Murmurou, mas estava mentindo.

– Certo. – Assentiu, ainda a analisando atentamente. – Não encontrou a Alaska? – Apontou para a gaiola vazia.

– Ah, acho que ela saiu pra caçar. – Inventou. – Quando acabar aqui, vou buscar ela... só pra ficar mais alguns minutos do lado de fora, sabe? Ela odeia a viagem de trem...

– Entendo. – Continuou a analisando, com uma sobrancelha levemente arqueada. – Harry e Ron deixaram as corujas deles aqui, na escola... posso ir no corujal com você, depois, pra levarmos elas.

– É, pode ser.

– Bem, nós ainda não tivemos uma resposta do Dumbledore, então eu acho que deveríamos reunir Ayaan e Helena, pra pensarmos em como vamos voltar pro Largo Grimmauld sozinhas! Eu acho que me lembro do caminho que fizemos, quando fomos a pé para King's Cross, mas não sei se seria seguro...

– Ah, é, sobre isso... – A interrompeu. – McGonagall acabou de falar comigo, no corredor. O Cedric é quem vai buscar a gente... – A olhou de soslaio, esperando que ela tivesse a mesma reação.

– Mesmo? – Ergueu as sobrancelhas, e Eleanor assentiu. – Isso é bom, não é? Presumo que esteja sentindo falta dele... ele é seu melhor amigo, afinal de contas!

– É... – Deu de ombros. – Ou era... eu... é estranho. Não é mais o mesmo de antes. – Suspirou.

– Mas... vocês pareciam bem, no quarto ano! – Franziu o cenho.

– Nós brigamos antes da terceira tarefa, e ele não quis falar comigo o dia inteiro... acho que o fato de eu quase ter morrido brigada com ele afetou nossa amizade. – Contou. – Isso, e todo o tempo que eu passei sem responder as cartas que ele e os outros me mandaram... ele, também, se formou, então, não nos vemos todos os dias. Essas coisas fazem muita diferença.

– Isso é meio triste... – Lamentou. – Sempre achei a amizade de vocês admirável. Mas, quem sabe, ainda dê pra recuperá-la? Agora, que você melhorou!

– Não melhorei. – Negou com a cabeça. – Não 100%, pelo menos.

– Quando é que você vai entender que não precisa ser 100% pra ser o suficiente? – Inclinou a cabeça pro lado. – Se minha opinião vale alguma coisa, eu acho que você melhorou muito, desde o dia em que chegou no Largo Grimmauld! Os pesadelos, o toque, você está interagindo mais... precisa apreciar o progresso!

– Falando assim, você pareceu minha mãe... – Riu pelo nariz, e Hermione deu risada.

Ayaan se sentou diante delas, vestindo um casaco de lã, branco, com a gola alta. Seu cabelo estava meticulosamente arrumado, como sempre, até mesmo quando ela o jogou para trás.