Órfãos de Olimpus [COMPLETO]

By davidplmatias

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Após um acidente espacial que levou a vida de seu colega de esquadrão, Daniele Hunter acreditava que sua carr... More

Prefácio e Booktrailer
Epígrafe
Prólogo
1.1 - Uma tripulação de indesejáveis
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
2.1 - Briefing
2.2
2.3
3.1 - E. M. Akimura
3.2
3.3
4.1 - Trabalhos a fazer
4.2
4.3
5.1 - Um universo na embarcação
5.2
5.3
5.4
6.1 - Paz nas estrelas
6.2
7.1 - Em aproximação final
8.1 - Semeados
8.2
9.1 - Interestelar
9.2
10.1 - Ecos do passado e do futuro
10.2
10.3
11.1 - A besta espacial
11.2
11.3
11.4
12.1 - Reflexos da guerra
12.2
12.3
13.1 - Efeito colateral
13.2
14.1 - Aliados para toda a vida
14.2
15.1 - Chamado inesperado
15.2
16.1 - Promessas
16.2
17.1 - Velhos amigos
17.2
17.3
17.4
18.1 - Contra espionagem
18.2
19.1 - Plano de fuga
19.2
19.3
19.4
20.1 - O imperador
20.2
21.1 - Leviatã
21.2
21.3
21.4
22.1 - Um novo deus
22.2
Epílogo
Notas finais (Posfácio)
Artbook
Artbook 2

7.2

210 39 46
By davidplmatias


Daniele Hunter procurou em toda a sala de reunião por Yuri, porém no tumulto de pessoas se levantando ela não conseguiria achar ninguém ali. Talvez ele tenha saído logo que encerrou a reunião e ela não o viu, contudo tinha assuntos mais importantes para resolver, uma esquadrilha para preparar para a aproximação final.

– Líder Hunter, quais suas ordens para o Grifo? – Perguntou Vinicius Mowren.

– Vinicius, vamos nos reunir no esquadrão. Temos que deixar as naves em alerta. – Falava enquanto caminhava pelos corredores da Akimura.

Os monitores dos corredores exibiam informações de trajeto, distância e outros dados de navegação e a mensagem repetia-se "Akimura em Alerta".

...

– Atenção Seção Aeromédica! Alerta Máximo! Mantenham o centro cirúrgico preparado, médicos e enfermeiros chequem todos os aparelhos, detectem falhas e se preparem para possíveis emergências. Estamos em alerta! – Gritou o segundo no comando, o cirurgião Ran Math. – Onde está o Yuri? – Perguntou à enfermeira de campo responsável pelo centro cirúrgico Emília Cinthia.

– Eu vi o Dr. Yuri na reunião e não o vi mais por aqui. – Emília era uma enfermeira alta, jovem, de cabelos ruivos cacheados na altura dos ombros. Apresentava sinais de ter acordado do despertar a pouco, contudo Ran não sabia ao certo pois a garota sempre apresentava uma feição parecida.

– Emília se hidrate melhor, você não parece bem. – Falou Ran, preocupado.

– Sim senhor.

Yuri entrou na seção correndo, ofegante.

– Está tudo sobre controle por aqui? – Falou.

– Yuri por onde esteve? – Questionou Ran. – Está tudo sobre controle, todos estão trabalhando para manter os serviços funcionando durante o alerta.

– Eu estava checando as pessoas na nave, alguns estavam ansiosos demais, somado à fadiga pós despertar, tinham grupos de pessoas desmaiando nos corredores, em breve isso aqui vai estar uma loucura. Temos de estabelecer regras para esses tipos de alertas, tentar obrigar o pessoal despertar 24 horas antes, deixar para acordar na hora da reunião...

– Yuri, se recomponha. – Ran interrompeu havia percebido o hálito alcóolico do chefe, porém precisava confiar nele. – Precisamos de você consciente.

...

"Atenção Akimura, Comandante Falando" – Aparecia em todos os painéis transparentes.

– Akimura, todos a postos, entramos em aproximação final com o objeto não identificado.

A mensagem se encerrou. O Comandante Shitiro Umada andava pelo convés de comando ansioso, temia o que viria pela frente. Como todo comandante temia pela segurança de sua tripulação. Porém ele sentia-se fora de controle, seus pensamentos não se organizavam quando ele estava ansioso, sua mão tremia, era involuntário. Ele precisava daquilo.

Foi aos fundos da cúpula de comando e abriu a porta de seu quarto. Estava escuro, contudo não se deu ao trabalho de aumentar a iluminação. Sentou–se em sua cama, puxou de baixo de seu colchão uma pequena maleta. Dentro um tubo de ensaio fechado com uma rolha contendo um pó vermelho. Retirou uma espátula de dentro da mala, fez um caminho de cerca de 8 cm e cheirou.

Era chamada areia de fogo porque queimava como fogo dentro das narinas até os pulmões. A sensação era de ativação de todos os seus sentidos, era o remédio que matava sua ansiedade. Após um breve momento de êxtase, viu o quarto rodopiar, e relaxou. Ele se sentia agora completamente capaz de resolver qualquer conflito, não importava o que fosse.

Mas não foi o suficiente para conter o medo que esboçou do arquear das sobrancelhas até o suor frio que corria sua espinha. Aquela cena seria recriada pelos tripulantes daquela cúpula durante anos, a história era narrada como se tivesse durado horas, no entanto pode ter durado minutos, a mente humana percebe o tempo em resposta a estímulos hormonais complexos, e nesse momento o tempo para aquelas pessoas parou.

Começou com uma pequena luz vermelha que iluminava o firmamento. Um estálo e as espaçonaves hibernaram, um apagão, todos os sistemas desligaram-se. A luz vermelha circundava o gigantesco objeto e percorreu o diâmetro revelando sua forma discoide como os antigos descreviam espaçonaves de seres lendários de outros mundos. Estrelas refletidas na fuselagem espelhada do disco o escondiam refletindo o vazio.

– Que porra é essa? – Daniele com olhar fixo a sua frente parecia paralisada de medo. Olhou para os controles do seu Sabre e tentou reativar os sistemas, sem resposta. Tentou reiniciar com o procedimento de emergência, sem reposta. – Alguém copia? – Sem resposta.

– Abra comunicação via rádio – Ordenou ao seu assistente pessoal.

"Frequência de emergência".

– Esquadrilha, aqui é o Líder, alguém copia? Alguém tem controle da espaçonave? – Grita Daniele.

– Líder Grifo, Mowren. Zero controle, sem resposta até mesmo por ignição de emergência.

– Líder Grifo, Gabriel Kaezar falando. O que houve? Por favor reporte! – Usava um tom desesperado.

– Senhor Kaezar, o objeto está interferindo com os sistemas dos caça Sabre, estão inoperantes, parece que está escaneando nós quatro, temos visual.

Em um novo estalo os sistemas dos quatro caças sabre voltaram a se ativar, porém dessa vez apenas o sistema de navegação parecia operante, entretanto não era operado por Daniele. Parecia um fliperama que não tinha créditos para jogar.

Toda a estrutura do objeto começou a reluzir um brilho azul. No vidro do canopi do Sabre de Daniele surge uma janela de comunicação e alguém fala algo em uma língua não identificada pelo sistema de tradução da nave.

Na Akimura após o objeto se iluminar eles conseguiam visualiza-lo de longe, era monstruoso, e estava claramente fazendo os caça sabre de prisioneiros.

– Eu não entendo, alguém sabe em que língua ele está falando? Alguém ainda copia? – Gritou Daniele Hunter no canal de emergência.

– Líder Grifo, Oficial de Comunicações Willian Honoldo, não identifico a origem da chamada, nem o idioma utilizado. Não faz parte de nenhum dialeto conhecido.

No convés de comando Shitiro encontrava-se completamente impaciente. Estava prestes a ordenar o tiro de perfuratriz. Suas veias saltavam da testa e do pescoço.

– Cameron aproxime-se do alvo, trave a mira da perfuratriz no objeto e energize agora! Vamos mostrar que estamos bem armados!

Um novo estálo e os sistemas da Akimura desligam-se novamente permanecendo ativo apenas o sistema de comunicação. Agora algo poderia ser visto na imagem em todas as espaçonaves, parecia um humano, porém numa forma robótica.

"Decodificação de idioma concluída. Saudações Humano, esta unidade faz parte do coletivo Seth. Sua hostilidade é inadmissível. Por favor identifique-se, não identificamos as suas espaçonaves nem sua tecnologia".

Daniela petrificada com a mensagem, num primeiro momento não entendeu o que responder, gotas de suor desciam por entre seus olhos, ela tentou abrir o canal de rádio de emergência.

– Comandante o senhor copia? – Daniela tentou a fonia de emergência sussurrando como se o fato de aumentar o tom de voz pudesse chamar a atenção do inimigo.

– Me chamo Capitão Shitiro Umada, comandante da Espaçonave Mineradora Akimura, viemos em paz. Quem são vocês?

"Humanos, identifiquei hostilidade em suas espaçonaves por este motivo estão sob custódia do Coletivo Seth. Por favor afastem-se dos sistemas de navegação. Vocês serão escoltados para o HPG mais próximo de volta para Olimpus".

Houve uma pausa de interferência de sinal como se um erro tivesse sido detectado

"Atenção, falha no sistema de navegação galáctica. Protocolos de evacuação de Olimpus foram ativados. Atenção, falha..." – A mensagem se repetia em loop.

– Gabriel! – Gritou o comandante claramente enfurecido. – Mande os fuzileiros atirarem até nos livrarmos dessas amarras.

– Atenção fuzileiros. Avanço autorizado! Fogo autorizado! – Ordenou na fonia de emergência do assistente pessoal.

No convés de infantaria esperavam 45 homens vestidos com capacetes, armaduras espaciais e fuzis Huricane nas costas prontos para a ação.

– Atenção homens! Como sempre, vamos salvar o cú dos Sabres em apuros! – O líder espartano Nairo Kaezar Puxou o Hurricane preso as costas de sua armadura de combate. No momento em que tocou o cabo com a mão direita ele se alongou, acendeu a lanterna da ponta. Segurou o fuzil com as duas mãos e gritou. – Ao espaço!

Aos uivos e gritos eufóricos correram 45 soldados em seus trajes de combate espacial, para uma grande comporta que se abria para a área externa do casco da Akimura.

– Vamos explodir esse disco voador! – Helton Krisp o líder Viking puxou sua hurricane das costas enquanto corria em direção a abertura no casco.

Krisp atravessou o portão e se deparou com dezenas de soldados correndo e saltando a partir do casco da Akimura para o espaço. As armaduras de combate estabilizavam o vôo espacial automaticamente permitindo que os guerreiros atirassem rajadas de blaster em direção ao objeto alienigena. Mirou com seu fuzil Huricane para a espaçonave bandida, na lente corneana visualizava a trava da mira automática, comprimiu o gatilho disparando rajadas de blaster sem pena. Gritava enquanto atirava.

O sistema de auxilio de mira inteligente fazia o resto, corrigindo os minúsculos erros de cálculo dos soldados. Os disparos atingiam o objeto brilhante, porém eram absorvidos ou defletidos pelos escudos.

"Por favor, cessem fogo, essa não é uma nave de combate, esta unidade é uma unidade Semeadora-Seth. Destina-se apenas a disseminar e preservar a vida humana".

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