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Daniele Hunter procurou em toda a sala de reunião por Yuri, porém no tumulto de pessoas se levantando ela não conseguiria achar ninguém ali. Talvez ele tenha saído logo que encerrou a reunião e ela não o viu, contudo tinha assuntos mais importantes para resolver, uma esquadrilha para preparar para a aproximação final.

– Líder Hunter, quais suas ordens para o Grifo? – Perguntou Vinicius Mowren.

– Vinicius, vamos nos reunir no esquadrão. Temos que deixar as naves em alerta. – Falava enquanto caminhava pelos corredores da Akimura.

Os monitores dos corredores exibiam informações de trajeto, distância e outros dados de navegação e a mensagem repetia-se "Akimura em Alerta".

...

– Atenção Seção Aeromédica! Alerta Máximo! Mantenham o centro cirúrgico preparado, médicos e enfermeiros chequem todos os aparelhos, detectem falhas e se preparem para possíveis emergências. Estamos em alerta! – Gritou o segundo no comando, o cirurgião Ran Math. – Onde está o Yuri? – Perguntou à enfermeira de campo responsável pelo centro cirúrgico Emília Cinthia.

– Eu vi o Dr. Yuri na reunião e não o vi mais por aqui. – Emília era uma enfermeira alta, jovem, de cabelos ruivos cacheados na altura dos ombros. Apresentava sinais de ter acordado do despertar a pouco, contudo Ran não sabia ao certo pois a garota sempre apresentava uma feição parecida.

– Emília se hidrate melhor, você não parece bem. – Falou Ran, preocupado.

– Sim senhor.

Yuri entrou na seção correndo, ofegante.

– Está tudo sobre controle por aqui? – Falou.

– Yuri por onde esteve? – Questionou Ran. – Está tudo sobre controle, todos estão trabalhando para manter os serviços funcionando durante o alerta.

– Eu estava checando as pessoas na nave, alguns estavam ansiosos demais, somado à fadiga pós despertar, tinham grupos de pessoas desmaiando nos corredores, em breve isso aqui vai estar uma loucura. Temos de estabelecer regras para esses tipos de alertas, tentar obrigar o pessoal despertar 24 horas antes, deixar para acordar na hora da reunião...

– Yuri, se recomponha. – Ran interrompeu havia percebido o hálito alcóolico do chefe, porém precisava confiar nele. – Precisamos de você consciente.

...

"Atenção Akimura, Comandante Falando" – Aparecia em todos os painéis transparentes.

– Akimura, todos a postos, entramos em aproximação final com o objeto não identificado.

A mensagem se encerrou. O Comandante Shitiro Umada andava pelo convés de comando ansioso, temia o que viria pela frente. Como todo comandante temia pela segurança de sua tripulação. Porém ele sentia-se fora de controle, seus pensamentos não se organizavam quando ele estava ansioso, sua mão tremia, era involuntário. Ele precisava daquilo.

Foi aos fundos da cúpula de comando e abriu a porta de seu quarto. Estava escuro, contudo não se deu ao trabalho de aumentar a iluminação. Sentou–se em sua cama, puxou de baixo de seu colchão uma pequena maleta. Dentro um tubo de ensaio fechado com uma rolha contendo um pó vermelho. Retirou uma espátula de dentro da mala, fez um caminho de cerca de 8 cm e cheirou.

Era chamada areia de fogo porque queimava como fogo dentro das narinas até os pulmões. A sensação era de ativação de todos os seus sentidos, era o remédio que matava sua ansiedade. Após um breve momento de êxtase, viu o quarto rodopiar, e relaxou. Ele se sentia agora completamente capaz de resolver qualquer conflito, não importava o que fosse.

Órfãos de Olimpus [COMPLETO]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora