4.1 - Trabalhos a fazer

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Ao acordar Yuri vira a notificação à esquerda da visão "Novo cargo atribuído, Médico Chefe, Seção de Aeromédica".

A direita da visão de Yuri o quadro de tarefas surgiu:

"Quest log: 1. Supervisionar a Seção Aeromédica. 2. Criar a escala de médicos e enfermeiros de sobre aviso e submeter ao comando".

– Puta merda. – Yuri falou baixinho, porém em tom irritado.

Levantou-se, seu dormitório estava uma bagunça, como sua vida estava até antes de entrar naquela espaçonave. Levantou-se, foi ao chuveiro para uma ducha antes de iniciar o dia.

A maioria dos tripulantes ainda caminhavam pelos corredores da Akimura, aquele dia metade deles, os que tinham funções de menor importância para o funcionamento da missão, iriam entrar em hibernação criogênica.

Yuri caminhou sozinho para o bar, pela manhã ele servia de refeitório e ponto de encontro de toda a equipe. Pegou uma bandeja de café da manhã e sentou-se sozinho.

Os monitores exibiam notícias de Raven ao vivo. Era estranho que a distâncias galácticas os sistemas de internet funcionassem. A tecnologia de balizadores de emaranhado quântico, apesar de não completamente compreendida, funcionava perfeitamente. Uma partícula na física clássica responde a influência de leis da física rígidas que não permitiriam viagens de dados em velocidades acima da luz, porém no mundo quântico uma partícula estranhamente comunicava-se com outra por forças desconhecidas instantaneamente. Era como se toda partícula quântica estivesse ligada a uma sombra a anos luz de distância, a mudança de estado dessa partícula que se encontrava em um balizador refletia na sua sombra em outro balizador. Dessa forma um balizador comunicava-se com todos os outros carregando dados sem atrasos e ligando os dois sistemas estelares na internet como se estivessem próximos.

Notou que Cameron do outro lado do bar em vez de assistir o noticiário o observava, quando ele olhou ela desviou o olhar e cochichou algo para sua companheira. Yuri não dava atenção a fofocas, muito menos aquelas vindas de pessoas desinteressantes. Terminou sua refeição sem voltar a encarar pessoas.

– Me mostre o caminho até a Seção Aeromédica.

Yuri seguiu as setas de orientação lentamente sem pressa para chegar, admirando os detalhes perfeitos da Akimura, cada painel translúcido mostrava dados, notícias e a programação de televisão dos dois sistemas colonizados, a rede de balizadores de emaranhado quântico distribuídos pelos 3 anos luz de distância transmitiam heptabytes de informações de ida e de volta a cada hora, e continuávamos expandindo a rede, a civilização necessitava dobrar o volume de informações transmitidas a cada 10 anos e pra isso necessitávamos expandir a infraestrutura de transferência de dados de forma contínua.

Alguns ainda mostravam dados, notícias e avisos da própria Akimura, compilados pelo setor de comunicações. A humanidade nos últimos 100 anos desde a primeira colônia espacial evoluiu a passos largos, cada um desses passos culminava nessa viagem que seria o maior salto tecnológico da história.

A Seção Aeromédica era composta por 30 leitos com equipamentos de medicina intensiva no hall de entrada, uma maca automatizada no centro equipada com um scanner de nanobots e um scanner por ultrassom doppler de alta resolução móvel e sistema de reanimação pós parada automatizado. Um laboratório Farmacêutico e Biomédico tanto para análises que não poderiam ser feitas por nanobots quanto para manufatura de drogas. Possuíam hortas e cultivos de diversas bactérias para extração de matéria prima básica. Um centro cirúrgico com assistência robótica para auxilio cirúrgico, anestesia e reanimação. Uma central de diagnóstico por imagem, com um scanner nuclear de alta resolução e mapeamento 3d. Nos fundos da seção ficava a Seção de Criogenia onde mantinham 1200 criopods prontos para uso.

Órfãos de Olimpus [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora