[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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DAVID
Anneliese está em volta de mim, me dizendo pela centésima vez que eu cometi um erro ao voltar com a Crystal e que eu só vou sofrer ao lado dela, mas parei de ouvi-la desde a décima vez em que ela fez esse discurso para mim. Eu sei que ficar com Crystal não vai ser fácil, vão ter inúmeros altos e baixos como já teve até agora, e eu ainda vou me decepcionar muito com ela, porém eu não me importo. Não me importo se tiver que atravessar céus e terra para ficar com essa garota, eu farei o que for preciso para tê-la junto a mim. Eu a amo demais para deixar que qualquer obstáculo me impeça de dar-lhe o amor que eu tenho para dar a ela.
- Alôôô? David, você está me ouvindo? – Anne pergunta, balançando as mãos na minha frente.
- Na verdade, não estou não. Você está falando com as paredes há um bom tempo, sinto lhe informar. – respondo casualmente.
- Muito obrigada pela atenção, cavalheiro. – ela resmunga emburrada e cruza os braços. – Eu apenas estou tentando te ajudar, mas você só me ignora!
- Eu sei que você está fazendo isso pelo meu bem, Anne, e eu te amo por isso, mas nesse assunto eu sou irredutível. Essa decisão é minha e eu decidi ir até onde for preciso com a Crystal. Ponto final. – repito pela milésima vez para ver se ela finalmente coloca isso na cabeça.
- Bom, eu apenas vou torcer para que dessa vez as coisas deem certo. – ela diz derrotada e sai do meu quarto.
Assim que minha irmã deixa o cômodo, o nome e a foto da garota de quem acabamos de falar aparecem na tela do meu celular, e eu sorrio como um idiota enquanto atendo a chamada.
- Estava pensando em você justamente agora. – falo antes de qualquer outra coisa.
- Por que estava? Não está mais?
- Estou, você só interrompeu meus pensamentos por um segundo, mas ainda continuo pensando em você. Está tudo bem? – pergunto, pois já notei que sua voz não está normal, e combinamos de ligar somente quando fosse necessário, para não corrermos o risco do pai dela nos pegar conversando.
- Estou ótima. – ela afirma, mas seu tom de voz a trai, porém, antes que eu possa contradizê-la, ela já está dizendo: – Lembra daquele encontro na balada que você está me devendo?
- Lembro.
- Pois então, tem como ser hoje? Preciso sair, distrair a cabeça. – ela pede, parecendo um tanto atordoada.
- Aconteceu alguma coisa? – finalmente pergunto. Eu preciso saber.
- Não, nada, só estou afim de dançar. – ela responde, mas eu sei que tem alguma coisa que ela não está me contando, porém, se ela não quer falar sobre isso, não vou força-la a nada, pelo menos, não agora.
- Tudo bem. – suspiro. – Que horas você quer que eu te encontre lá?
