[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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DAVID
- Parece que alguém está de bom-humor! Não esperava te ver assim. – Anne diz assim que eu chego em casa assoviando.
- É, mais ou menos. – tento desviar o assunto.
- Aconteceu alguma coisa, eu sei. Pode ir abrindo o bico, anda. – ela insinua com um sorrisinho. Odeio como minha irmã me conhece tão bem.
- Não aconteceu nada, Anneliese. Para de ficar pegando no meu pé. – resmungo.
Anne dá risada. – Essa sua resposta só prova o quanto eu estou certa! Diz logo, o que aconteceu que te deixou todo felizinho assim?
Como eu conheço bem minha irmã e sei que ela não vai parar até eu falar, decido responder logo e acabar com o assunto.
- Não adianta eu tentar esconder que você vai ficar me perturbando até eu resolver contar, então vou falar de uma vez.
- Que bom que você sabe disso. – ela dá um sorriso vitorioso.
- Vou falar sem rodeios. – respiro fundo e solto. – Eu e a Crystal nos beijamos, pronto, é isso.
- Como é?? – Anne arregala os olhos.
- Isso mesmo que você ouviu. Não vou repetir.
- David Allen finalmente se rendeu aos encantos de Crystal Müller? Não acredito! – ela fica boquiaberta.
- Você também não. – estreito o olhar para ela. – Só para deixar bem claro: foi ela quem me beijou, ok? Eu nem mesmo estava esperando por aquilo.
- Ok, e eu vou fingir que não sei que você gostou e retribuiu o beijo. – ela provoca.
- Não vou nem te responder, Anneliese.
- Nem precisa.
- Não começa a me pirraçar não. – ameaço.
- Ah, agora você percebe como isso é irritante? – ela ironiza.
- Mas com você é diferente, é divertido. – dou um sorrisinho.
Anne me fuzila com o olhar. – Não é divertido coisa nenhuma.
- Tá bom, eu não fico te pirraçando se você não me pirraçar também. – proponho. Não preciso que Anne fique me perturbando sobre Crystal mais do que os meus próprios pensamentos.
- Poxa, mas eu nem tive tempo de me divertir! – ela faz um bico.
- Engraçadinha. Temos um trato ou não?
- Sim, temos. – ela revira os olhos. Ótimo.
- Agora se você me dá licença, eu tenho muita coisa para estudar. – digo indo em direção à escada.
- Que tipo de pessoa estuda numa sexta-feira após a aula? – ela questiona como se também não fosse uma nerd.
- O tipo de pessoa que pretende ir para Dartmouth. E o tipo de pessoa que precisa de qualquer distração para se afastar dos próprios sentimentos e não desmoronar. – respondo, honestamente.
