[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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CRYSTAL
Estou sentada no banco do aeroporto chacoalhando a perna sem parar de ansiedade para ver o David. Já passam das três da tarde e o voo dele chegava às três, já era para ele estar aqui. Como será que ele vai reagir quando me vir? Será que eu vou conseguir falar com ele? E se eu não conseguir falar uma palavra direito com ele? E se ele brigar comigo? E se tudo acabar ficando ainda pior? Argh, sossega, Crystal. Para de ficar pensando essas coisas. Se eu continuar me perguntando tudo o que pode acontecer, eu vou acabar enlouquecendo.
Neste momento, eu ouço anunciarem no autofalante do aeroporto que o voo de Boston acabou de pousar. Puta que pariu, ele chegou. Estou me sentindo uma idiota porque eu estou quase fazendo xixi nas calças de tanto nervosismo. Eu respiro fundo, tomo uma dose de coragem e me levanto. É agora, eu vou admitir para ele o quanto estou apaixonada por ele.
Vejo de longe um homem alto e loiro, de óculos escuros que se parece muito com David beijando uma ruiva. Porra, caralho, cacete, puta que pariu, é ele! E a branquela aguada veio com ele. Eu não estou acreditando nisso, não pode ser verdade, é uma ilusão de ótica, não é? Não, não é. Eu não estava preparada para encarar minha concorrente cara a cara. E agora, o que eu vou fazer? Bom, amarelar é que eu não posso porque eu já estou aqui afinal de contas e com ela ao lado dele, agora que eu tenho que lutar mesmo. Vamos, Crystal, você consegue. Ponha a sua roupa de guerra e parte para a briga.
Eu caminho em direção a eles e já fico possessa de raiva porque vejo a palmita o abraçando pela cintura. A vagabunda é ainda mais bonita pessoalmente. Filha da puta. Meu ódio só fez aumentar agora.
- Oi, David! – eu o cumprimento, sem me importar com a sardenta baixinha ao lado dele.
- Que porra você acha que está fazendo vindo falar comigo? – ele pergunta claramente irritado.
- Eu preciso falar com você e não poderia esperar mais. – respondo, séria. O modo como ele falou comigo não vai me abalar. Eu já estava esperando que ele fosse estar bravo comigo.
- Nós não temos nada o que conversar. Tudo entre nós já está resolvido e encerrado. – ele diz andando, e eu ando mais rápido para me colocar na frente dele.
- Não está não. – retruco. Tá, eu sei que dei a entender que realmente estava tudo resolvido e encerrado, mas eu vim aqui justamente para mudar isso.
- Você deveria me levar mais a sério quando eu digo para você não me dirigir mais a palavra. – ele declara com firmeza.
Eu até levaria a sério, se eu não tivesse sido burra em fazer uma cagada que agora eu estou tentando consertar.
- Amor, quem é essa louca? – a palmita pergunta olhando para David.
Essa branquela me irritou duplamente, por chamar o David de "amor" e me chamar de "louca". Ela que não me provoca muito não.
