[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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CRYSTAL
Mais alguns dias se passam e eu continuo fazendo companhia para David. Estamos conversando, nos entendendo e começando a olhar um para o outro com outros olhos. Ele está descobrindo a Crystal doce e simpática que existe em mim, que eu mesma achei que tinha morrido, e eu me aprofundo cada vez mais em conhecer seu coração, que é ainda mais lindo que sua beleza estética. Nossa relação está caminhando a passos lentos, mas, ao menos, está caminhando e é isso que importa, pois finalmente estamos construindo alguma coisa sólida.
- Adivinha quem é. – eu digo cobrindo os olhos de David por trás com as minhas mãos.
- Hmm... – ele murmura, fingindo que está pensando. Ele passa as mãos sobre as minhas como se estivesse tentando descobrir quem é. – Unhas compridas, dedos finos, vários anéis... – ele sobe as mãos para os meus braços, fazendo com que eles se arrepiem. – Algumas pulseiras, pulsos pequenos, braços magros... Será que é a Jasmine? Ou será que é a minha dama das sombras Ravena?
- Não me xinga desse jeito! – reclamo. E fico muito incomodada por David chamar a monstrenga de "minha dama das sombras". Eles são bem mais íntimos do que eu pensei, ai que raiva.
David dá risada. – Não, não, só pode ser a chata e inconveniente da Crystal.
Eu retiro minhas mãos de seus olhos e respondo irritada: – Eu não sou chata e inconveniente!
- Ah, para, Crystal! Você sabe que é sim. – ele afirma em tom de brincadeira.
- Não sou não. – eu nego emburrada e me sento no colo dele. Estou fazendo de tudo para justamente não ser chata e inconveniente, não admito que ele fale que ainda sou assim.
- Está vendo? Inconveniente! – ele diz apontando com a mão para a posição em que estou sentada e ri de novo. – Ainda não temos intimidade para você fazer esse tipo de coisa. – ele me segura pelo quadril e me coloca sentada no banco ao lado dele.
Deus, por que ele fez isso comigo? Eu já fico completamente balançada com o menor toque dele sobre a minha pele e com ele me tocando, me apertando e me segurando numa região tão sensível como o meu quadril, me fez ficar maluca, ainda mais porque estou de vestido. O formigamento e a eletricidade que percorrem cada centímetro do meu corpo quando temos qualquer tipo de contato físico foram ainda mais intensos agora. Como é possível alguém me provocar tanto prazer com coisas tão simples?
- O que foi? – ele pergunta olhando para mim, devido à expressão que eu devo ter feito.
Puta que pariu, cacete, não acredito que a minha reação ao toque dele ficou visível assim. Bom, eu nunca consigo disfarçar minhas reações quando se trata dele, essa é a verdade, até porque o meu corpo me entrega, não tem nem como eu tentar.
- Nada, eu só não gosto que você fique me chamando de chata e essas coisas. – minto, dando de ombros para tentar disfarçar.
- Sei... – ele faz uma breve pausa. – Mas você tem que admitir que eu falei a verdade.
