[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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CRYSTAL
Meu celular começa a tocar às sete da manhã e eu logo desligo o alarme para que eu não me sinta tentada a virar para o outro lado e dormir mais um pouco. Quando me situo, me lembro que hoje é o grande dia, o meu dia, meu dia de pisar na passarela e fazer o meu grand début, minha carreira toda começa aqui. Estou tão nervosa que minhas mãos já estão suando frio. Só consegui dormir essa noite porque tomei uma das pílulas que eu costumava tomar para dormir e meu amor cantou para mim até que eu caísse no sono, pois a minha ansiedade estava a mil. Quer dizer, ainda está. Melhor dizendo, agora está a um milhão.
Inspiro e expiro profunda e lentamente várias vezes para tentar tomar algum fôlego e me levanto da cama. Vou até o banheiro, faço tudo o que tenho que fazer, tomo banho, lavo meus cabelos e passo meus produtos faciais para deixar a minha pele bem limpa para receber toda a maquiagem que vou usar hoje. Coloco uma roupa bem confortável – uma saia curta branca de pregas, uma camisa de manga curta amarelo-canário, um casaco leve de crochê roxo, pois está um pouco frio agora cedo, e uma sapatilha branca básica bem confortável –, pego minha bolsa e paro na porta por um momento antes de sair para me dar conta de tudo que está prestes a acontecer. Ah, só queria que o meu amor estivesse aqui para tornar este dia ainda mais perfeito! Desço até o lobby para tomar café-da-manhã e minha mãe já está lá tomando o dela.
- Bom dia, mãe! – cumprimento-a com um sorriso enquanto puxo a cadeira para me sentar à sua frente. – Nervosa?
- Bom dia, querida. – ela responde enquanto toma o seu chá. – Sim, nervosa demais. Já é meu terceiro chá de camomila e ainda não consegui me acalmar.
Eu percebo que realmente minha mãe está bem nervosa; suas mãos estão tremendo de leve e ela não para de mexer na sua aliança, coisa que ela sempre faz quando está tensa, ansiosa, nervosa ou sob pressão, assim como a minha mania de mexer nas unhas.
- Calma, mãe, relaxa. Você já passou por isso centenas de vezes e é uma estilista renomada e respeitada. Não precisa ficar tensa desse jeito. – tento encorajá-la a ser a mulher confiante que eu estou acostumada a ver.
- Justamente por isso, filha. As pessoas esperam muito de mim e eu tenho medo de não conseguir atender às expectativas delas. – ela confessa, e eu me surpreendo que até ela tem as suas inseguranças, mas acho que isso faz parte.
- Você deu o seu melhor e fez um trabalho incrível. É isso que importa. – afirmo com um sorriso sincero.
- Tem razão. – ela concorda e ajeita sua postura. – E você, está ansiosa?
- Na verdade, estou tentando não pensar muito nisso, senão eu vou surtar. – admito com uma risadinha.
- Está certa. – ela termina seu chá e pergunta: – Você não vai comer nada, Crystal? Você sabe que precisa estar sempre bem alimentada depois do que aconteceu.
- Eu sei, mãe, já estou indo pegar. – eu me levanto e vou em direção ao balcão do café. Pego alguns alimentos de carboidratos e frutas para me sustentar e volto para a mesa.
