Conquistando Um Sullivan

Cap. 117-"Sabe que não precisa ter vergonha de seu pai, não é?"

- Está na minha hora, Cal - falei, olhando as horas no meu celular. Ele assentiu, insistiu em pagar a conta e logo estávamos nos despedindo.
Cheguei em casa e Arthur ainda não havia chegado, não encontrei minha mãe, nem Brendon, nem nossas convidadas. Subi as escadas e abri a porta do meu quarto, encontrando uma pequena pessoa sentada na cama.
- Ei, o que faz por aqui? - questionei, sentando-me ao seu lado e o puxando pelos ombros.
- Esperando o papai - o garoto deu de ombros.
- Tem algum assunto pendente para com ele?
- O que é pidente? - Brendon perguntou, torcendo seu narizinho arrebitado e eu ri.
- Eu disse pendente - pensei por um tempo - quer dizer algo que precisa falar com ele.
- Eu... - ele parecia um pouco tímido e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, a porta se abriu e Arthur apareceu, os primeiros botões de sua camisa desabotoados, a gravata desatada e o blazer sobre um ombro.
- Ora, ora, uma festa do pijama e não me esperaram - disse meu marido exibindo seus perfeitos e brancos dentes.
- Você demorou e estávamos ansiosos para começar - respondi.
- Não se preocupe - ele se aproximou e deu um beijo no topo da cabeça de Brendon - da próxima vez eu pularei a janela e fugirei para cá - e selou seus lábios nos meus - volto já.
Ele deixou o blazer e a gravata sobre a beirada da cama e caminhou até o banheiro. Quando o barulho da água escorrendo pode ser ouvido, Brendon ajoelhou-se na cama e sussurrou no meu ouvido o motivo de sua espera no quarto.
- Por que não disse antes? - questionei e ele abaixou a cabeça, envergonhado - sabe que não precisa ter vergonha de seu pai, não é?
Peguei sua mão e caminhei até o banheiro, batendo na porta.
- Arthur? - chamei.
- Está aberto - sua voz veio abafada de dentro. Entramos, tirei a roupa de Brendon e coloquei minha cabeça para dentro do box, prendendo a respiração ao ver Arthur nu. Eu não conseguia me acostumar com essa visão, ele era incrível.