Capítulo 37-"Eu te odeio!"

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- Eu te odeio - rosnei e dei-lhe um murro no peito. Arthur segurou meu pulso quando eu ia repetir o movimento e me puxou para perto do seu corpo másculo, beijando-me. Seus lábios estavam rudes e exigentes sobre os meus, era um beijo punitivo, como se ele estivesse querendo me dar uma lição; seu braço serpenteou pela minha cintura e uma mão enroscou no meu cabelo, mantendo-me firme no lugar. Permaneci rígida, meus lábios firmemente cerrados, mas quando seu aperto se tornou mais maleável e sua boca passou a persuadir a minha a se abrir, sua língua insinuando-se de maneira sensual, não mais exigindo, soltei um gemido baixo e correspondi ao beijo.
Rodeei seu pescoço com os braços e nada mais existia quando Arthur Sullivan estava me beijando. Entretanto, o beijo terminou como havia começado, rápido demais para meu gosto. Os olhos azuis que me encaram estavam brilhando e um sorriso irritantemente sardônico estava na boca bonita.
- Se o jeito que desmanchou nos meus braços for uma indicação - disse com a voz baixa e rouca, causando arrepios na minha espinha - acho que você não me odeia - e com isso, ele se virou e entrou no banheiro.
- Bastardo - gritei com raiva. Sentei-me na cama e queria chorar, queria me impedir de sentir qualquer coisa por esse homem. Porém, não conseguia parar de querê-lo e me xinguei internamente quando peguei o paletó sobre a cama e levei ao nariz, sentindo o cheiro incrível do meu marido. Meu marido, as palavras pareciam mel na minha língua. Eu tinha que conquistar esse homem, tinha que me redimir pelo meu erro; quando paro para pensar, vejo o quanto fui egoísta e impulsiva ao tirar oito anos de Brendon do próprio pai, mas naquela época, pareceu ser a solução mais viável. E naquele momento, ali sentada sozinha na cama, decidi que eu não deixaria meu futuro ao acaso, eu iria atrás do que eu queria e eu queria Arthur.
A porta do banheiro se abriu, tirando-me dos devaneios que nublavam minha mente, e o homem mais bonito que eu já havia visto saiu de dentro; Arthur estava com uma toalha ao redor da cintura, gotas do cabelo molhado caíam em suas costas largas e no tórax esculpido enquanto ele tentava secá-los com uma outra toalha e os pés estavam descalços. Ele era a perfeição personificada, um deus com o corpo perfeito.
E agora, o observando enquanto ele caminhava até a mala, eu estava ainda mais decidida, eu colocaria meu plano conquistando o senhor Sullivan em vigor o mais rápido possível. Então, desviando o olhar, fui tomar banho.
Saímos para jantar, conversamos apenas quando era necessário e aquilo estava me deixando nervosa.

Conquistando Um SullivanWhere stories live. Discover now