Cap. 105-"Já posso dar uns tapas nela? Por favor!"

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- Tia Ágata - na voz do meu marido havia uma mistura de aborrecimento, raiva e uma pontada de aviso. Isso não está funcionando e ela acabou de chegar. Como ela pode entrar assim? E se alguém estivesse pelado? E se estivéssemos fazendo alguma coisa proibido para menores de 16 anos? E dane-se se não trancamos a porta, estávamos em nosso quarto, é dever de todos bater e esperar por um entre ou vá embora. 
- Oh, me desculpe, querido - ela disse olhando para nós que ainda estávamos agarrados um ao outro e uma posição embaraçosa. Tentei me desvencilhar rapidamente dele, mas Arthur me segurou ali e ficou encarando a tia apenas esperando e a desafiando a dizer alguma coisa sobre a situação - vim apenas para dizer que tenho fome e deveríamos sair para almoçar - disse - agora - acrescentou e eu me segurei para não revirar os olhos. 
- Tudo bem, tia, iremos descer logo - falou meu marido com um suspiro. A mulher me olhou ali nos braços de Art do mesmo modo agradável que olharia para uma prostituta em uma taberna e finalmente saiu. Só percebi que estava com o maxilar travado e os punhos fechados quando Arthur abriu minhas mãos e colocou uma das suas no meu queixo. 
- Sei que a tentação é enorme, mas não pode bater em uma senhora - falou, divertindo-se. 
- Ela não vai ficar conosco, não é? - perguntou e ele mordeu o lábio - oh, não, Arthur.
- Me desculpe, eu não pude simplesmente enxotá-la para fora.
- Ela vai me enlouquecer - resmunguei e me aferrei mais a ele - quantos dias ela disse que ficaria aqui?
- Não disse - respondeu e eu gemi, escondendo o rosto em seu peito.

Conquistando Um SullivanWhere stories live. Discover now