Conquistando Um Sullivan

Capítulo 12-"O deus do Olimpo."

- Quem? - questionei.
- O deus do Olimpo - falou em um cochicho e apontou com a cabeça. Congelei quando olhei para onde ela havia apontado e encontrei um par de olhos azuis me encarando fixamente. Senti como se o chão estivesse aberto sob meus pés e eu torci para que isso realmente acontecesse, assim não teria que encará-lo - qual o problema hein? O que você tem que eu não tenho?
Um filho daquele homem, pensei comigo. Eu não conseguia desgrudar os olhos dos dele, estavam mais azuis do que nunca e brilhavam como as estrelas; seu olhar era como uma carícia e eu quase podia sentir suas mãos em mim, sua boca em toda parte e estremeci com a lembrança.
- O que foi, Lídia? - perguntou Marta, tirando-me do mundo de sonhos em que estava.
- Nada - respondi, pulei do banquinho, peguei o bloco e a caneta e me direcionei até ele. Em cada passo que eu dava podia sentir meu coração bater mais rápido e sentir minhas veias pulsando até na cabeça; além disso, as palavras de Anne que eu devia enfrentá-lo surgiu na minha mente e novamente considerei que ela estava certa, chega de fugir.
Quando eu parei na frente de sua mesa, ambos ficamos em silêncio por alguns instantes, dando tempo da minha cabeça mergulhar mais fundo; por que você não o conquista?, minha amiga havia me perguntado e a resposta parecia simples: eu não quero sofrer novamente, eu não confiava nos homens. Porém, agora tendo Arthur ali na minha frente, sentia minhas defesas caindo e a verdade sendo jogada na minha cara. Eu amava aquele homem.
Apesar disso, não poderia deixar os muros que eu havia construído minuciosamente ao redor de mim e do meu coração desabarem por conta de um rosto bonito. O problema era que Arthur Sullivan não era apenas um rosto bonito, era inteligente, pecaminosamente lindo, bem humorado e tinha um sorriso de derreter corações e calcinhas.
- Posso ajudá-lo? - perguntei e eu merecia um Oscar por conseguir fingir a calma que eu estava longe de sentir.
- Então é aqui que você se escondeu todos esses anos? - ele perguntou tranquilamente, encostando as costas na cadeira.