Conquistando Um Sullivan

Capítulo 74 - "É incrível como nosso cérebro pode nos enganar."

- Tudo bem - respondi, sem saber o que mais dizer. As portas se abriram e eu pulei para fora, me virando para o homem - apenas lembre-se de trancar a porta da próxima vez - me virei para sair e parei me um canto quando ouvi o barulho das portas fechando novamente.
Agora que a situação havia passado e eu estava ali sozinha, não consegui conter a risada que borbulhava dentro de mim. Que situação embaraçosa. E como eu pude confundi-lo com meu Arthur? Buscando a imagem do homem na minha mente, ele era um pouco mais baixo do que meu marido, mais magro e os cabelos mais escuros, o que não deu para reparar com sua cabeça abaixada. Desencostei da parede, acenei para a secretária do andar, que me olhava como se eu fosse louca, e assim que alcancei a porta, escutei uma voz:
- Lídia? - me virei e ali estava ele, Arthur, caminhando até mim pelo corredor. O terno caía perfeitamente em seus ombros largos, cintura estreita e pernas grossas, deixando-me salivando por ele - o que está fazendo aqui? - perguntou quando me alcançou, dando-me um beijo rápido nos lábios. Apenas o breve contato e as memórias do que havia visto antes foram suficientes para me deixar queimando por ele.
- Você deixou sua carteira em casa e sei o quanto é apegado à ela - respondi, estendendo o objeto para ele.
- Obrigado, você salvou a minha vida - ele piscou para mim e guardou a carteira no bolso.
- Podemos ir até seu escritório? - perguntei, tentando esconder minhas verdadeiras razões para o pedido.
- Claro - ele colocou a mão na parte baixa das minhas costas e me direcionou para outro elevador.
- Estava indo para algum lugar? - questionei enquanto subíamos.
- Não, estava voltando para minha sala e vi você - falou e passou um braço ao redor da minha cintura, puxando-me para perto do seu corpo. Saímos do elevador e a secretária loira estava atrás de sua mesa e ergueu a vista para encontrar meu marido que estava um pouco à frente de mim, proporcionando-lhe um sorriso genuíno.
- Alguma coisa para mim, Vitória? - ele interrogou.