Capítulo 34 - Dandelions

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Pessoal, essa música é para ser escutada em uma parte específica. Quando chegarem nela, direi. :))

Boa leitura! XoXo

Eu havia dormido no quarto de Amber ao lado dela, na sua cama gigantesca. Quando Amber fez seus quinze anos, um dos presentes que ela pediu para nossos pais além da festa de aniversário, foi uma cama king size. Segundo a mente adolescente da minha irmã, era porque ela estava virando uma mulher e precisava de mais espaço. Mas todos dessa casa sabe perfeitamente que é porque ela sempre foi espaçosa e caía da cama de solteiro diversas vezes. Uma certa vez levamos um baita susto quando ela caiu. Fez um barulho tão grande e diferente de qualquer outro dia que até hoje não sabemos como, apenas o que sabemos é que ela teve um braço engessado por duas semanas e a cabeça cortada, levou três pontos. Ficou sendo mimada durante essas semanas e eu a fazia companhia todos os dias depois que eu chegava da escola. Eu passei uns três dias dormindo no chão certificando que ela não caíria, meu medo era que ela caísse para o outro lado, então eu coloquei quase todos meus edredons no chão para que se ela caísse não se machucaria. Eu tinha apenas 12 anos, enquanto ela atingia seus 15 anos.

Sempre fomos unidas e quando lembro que moramos longe, e agora temos que viver vidas diferentes por sermos duas adultas totalmente diferentes de quando éramos crianças, me parte o coração. Lembro perfeitamente do dia que estávamos brincando de sermos duas adultas famosas e dissémos uma para a outra que nunca iríamos ficar longe da outra. E isso tudo foi porque as famosas que inventamos ser, moram em países diferentes, e Amber ficou triste e chorou, pois não queria morar longe de mim. Eu abracei ela dizendo que a cantora Camilinha estava se mudando para a casa da atriz Ay Ay, esses são os apelidos que inventamos. Meu coração se apertou e ficamos abraçadas por bastante tempo até nossa mãe chamar nós para jantarmos, e as duas crianças entre cinco e oito anos foram saltitando de mãos dadas para a mesa.

— No que está pensando?

Olhei para a dona da voz, que havia me dado um susto, mas fingi costume.

Seu rosto estava bem cansado e seus olhos castanhos claros pequenos. Forçou um sorriso feliz matinal, e vamos ser sinceros, ninguém é feliz numa manhã fria. Seus cabelos loiros e com poucos fios na cor preta estavam impecáveis, nem pareciam bagunçados. O frizz estava arrepiado, afinal, ele é assim! Amber cuida tão bem do cabelo que as poucas imperfeições que minha irmã tem mal dava para notar.

— Na nossa infância. -a respondi no mesmo tom, calmo, delicado e baixo.

Me encolhi mais ainda no edredom que eu peguei do meu quarto, que se depender das duas, uma iria passar frio senão as duas.

Amber fechou os olhos por um segundo e retornou-os abertos. O sono que ela tinha era muito, não dormimos cedo ontem.

— E o que pensou, exatamente? No quão era grudada comigo e não me deixava em paz? -ri do seu comentário. Ela tinha um sorriso leve, plantado no rosto.

— Você que era grudada em mim, ok? -joguei um travesseiro extra nela. Me levantei.

Bocejei e limpei melhor meus olhos.

— Eu fiquei com tanto ciúmes quando nossos pais me chamaram para conversar da gravidez da mamãe. A garotinha de três anos não ia mais ser a princesinha da mamãe. -fez beiço me fazendo rir. — Mas ainda bem que você nasceu. Acabou que você se tornou minha princesinha, minha bonequinha. -Amber levantou e apertou as bochechas que eu não tinha.

— Aiiii!!! -reclamei da dor revirando os olhos brincando.

— Obrigada por ser minha irmã. -Amber me abraçou.

— Ok, ok, sem melações. -bati de leve nas suas costas.

— Éramos mais grudadas e fofas antigamente. -Amber riu indo em direção ao banheiro.

Obra inesperada do destino [PAUSADA]Where stories live. Discover now