Capítulo 32 - Carolaine Dexter Campbell

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Boa leitura XoXo

No capítulo anterior...

— Camila Smith?

Silêncio.

— Camila, eu me chamo Carolaine Dexter Campbell e acho que isso lhe interessa.

Camila analisou a mulher por completo á sua frente, seus olhos expressavam arrependimentos. Estava cabisbaixa. O silêncio predominava o ambiente, as duas mulheres se encaravam firmemente de baixo para cima. Camila tentou dizer algo, mas estava processando. E se fosse alguma pegadinha?

— Você é familiar para mim. De onde te conheço? -o rosto da morena estava em total confusão, sua testa estava enrugada entre as sobrancelhas.

A voz doce e calma da loira preencheu a rua vazia.

— Eu era uma das estagiárias que tentava uma vaga aqui em um certo tempo, você nos auxiliou em algumas coisas. -disse olhando para baixo.

Camila estava começando a se lembrar, vagamente. As imagens passaram-se como um filme em sua cabeça, em 2x, rápido demais. As conversas na sacada da empresa onde todos relaxavam, os conselhos pedidos, os atrevimentos, a autoconfiança de um alguém, entre outras coisas.

— Certo! Seu nome me interessa, sim. O que quer? -Camila a olhava e Carolaine levantou seu olhar devagar até a morena. Era intimidador mesmo trazendo outras misturas bem tristes.

— Poderíamos jantar? Eu sei que é estranho agora, no meio da noite e um convite inusitado, mas eu preciso te contar umas coisas e seus porques. E vim aqui e agora saindo daqui foi a única maneira para te encontrar. -a loira dizia rápido gesticulando com as mãos.

Camila pensou um pouco em silêncio olhando pequenas folhas secas voando suavemente pela rua nova iorquina. Carolaine a olhava, ansiosa pela sua resposta e que ela fosse um "sim". Suas sobrancelhas estavam arquiadas e seus olhos transmitiam pressa, seu pescoço um pouco inclinado para baixo na esperança de uma frase qualquer. Foi aí que sua postura se indireitou, sorriu fraco com a resposta da mulher a sua frente.

— Tudo bem... Podemos jantar!

A senhorita Smith ainda não estava convencida do porque de estar acontecendo tal coisa a sua frente, ainda mais nesse horário, mas aceitou. A curiosade estava maior que seus questionamentos, e ela tinha que perguntar algumas coisas. O nome já dava indícios para suas paranoias, e ela quer confirmar tudo, quer ter certeza.

As duas mulheres combinaram qual restaurante iriam jantar. A loira atravessou a rua e entrou em seu carro, indo na frente enquanto a morena a seguia tensa. Seu coração palpitava muito forte, mais do que o normal, a ansiedade estava á mil. Enquanto a outra estava tranquila, mas ainda com um peso nas costas que aos poucos estava indo embora.

O caminho não foi longo, mas perturbador. As duas sentiam como se o lugar fosse longe, que nunca chegava. Os corações estavam em suas mãos, batendo e as encarando com terror, colocando o pânico na frente. Camila bufava impaciente em cada faixa de pedestres e nos sinais vermelhos. Durou cerca de dez minutos para finalmente chegarem, os minutos eternos para as duas.

Ambas estacionaram na frente do restaurante e dois homens, manobristas do local, foram estacionar seus carros. As duas entraram em silêncio, mas as feições haviam mudado. Trataram de botar um sorriso nos lábios para disfarçar a tensão e demonstrar algo do que elas não estavam sentindo, afinal, ninguém precisava saber o que estava acontecendo.

Se direcionaram até o hostess, procurando uma vaga e o homem com cabelos grisalhos, que com certeza aparentavam ser tingido e não por conta do tempo e idade, as levaram até uma mesa afastada, como pedido.

Obra inesperada do destino [PAUSADA]Where stories live. Discover now