Capítulo 28 - My feelings are hurt

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Boa leitura! XoXo

— Esse calor tá muito chato. Eu não consegui aproveitar um dia de sol. -disse saindo do banheiro de toalha.

— A gente mais trabalha do que vive. -Lily estava jogada na minha cama olhando o celular.

— Dá nem para se demitir e aproveitar. Como vou sustentar tudo isso? -sentei na penteadeira e a olhei pelo espelho que sorria.

— Podíamos programar algo. Viajar só nós duas. -ela levantou pegando a escova e se oferecendo para pentear meu cabelo molhado.

— Super apoio. Em outra cidade deve tá sol. Vamos ver um feriado ou final de semana.

— Vou olhar o calendário daqui a pouco. -Lily disse e assenti.

Ficamos um pouco em silêncio apenas enquanto ela escovava meu cabelo, e eu mexia no celular.

— Amiga? -a olhei. — Esses dias você chegou chorando da empresa. Aconteceu algo?

Respirei fundo só de olhar.

— Thomas veio falar comigo. Perguntou o porque de eu estar afastada dele e eu não disse, fugi dele. -abaixei o olhar.

Lily colocou a escova e o secador na penteadeira, pois havia terminado e sentou na cama me olhando. Virei para ela.

— Ah, Camis. Você gosta muito dele, deveria contar o que aconteceu.

— A real é que eu não tinha que ter aceito ter algo com ele sabendo que sou apaixonada por ele. Eu tenho minhas dúvidas se ele realmente gosta de mim. Ele é uns dez anos mais ou menos mais velho que eu. Teve minha idade, tem mais experiência. Com certeza não quer algo comigo. Devo ser uma criança pra ele. -levantei angustiada atrás do meu pijama.

— Não fale isso, nada a ver. Eu tenho pra mim, que ele gosta de você também.

— Eu não acho. -gritei do closet pondo meu pijama.

Fiquei sem resposta até voltar para o quarto. Ouvi uma buzina e já de roupa, voltei para o quarto e vi Lily na janela.

— Quem é? É para uma de nós? -cheguei perto e ela tampou a boca rindo. — Falando no diabo...

Tom estava fora do carro, de terno, em um sábado a noite nublado. Parecia ter coragem para apertar o interfone ou ligar para mim. Eu estava com a sobrancelha levantada olhando cada passo nervoso que ele dava. Lily ria dele. Estávamos na janela olhando para baixo, já que meu andar era quase um dos últimos. Dei um tapa de leve na minha amiga que ria sem parar do pobre cara que não sabia o que fazer. Porém ela não parava. Finalmente ele apertou o interfone e atendi como se não soubesse quem estava ali, ou que não tivesse escutado sua buzina. Afinal, existem várias pessoas que moram nesse prédio e nos arredores para saber se a visita é para mim. Desci de pijama mesmo, não pretendia sair para rua ou me expôr por aí.

— Você só usa terno? -perguntei assim que abri a porta do prédio.

— Camila, oi. -sorriu sem jeito. — É uma das minhas roupas preferidas.

Assenti sem muita paciência. Cruzei os braços e encostei a porta atrás de mim dando pequenos passos para a calçada. Por conta da chuva mais cedo, estava um pouco abafado. Por onde eu morava, no centro mesmo, não passava ninguém, apenas carros rápidos, então eu estava tranquila em comparação a minha roupa.

— Tom, o que tá fazendo aqui?

Ele lambeu os lábios e olhava os lados sem saber o que fazer ou falar. Minha feição estava totalmente sem paciência, meu pé não parava de bater no chão, meus braços estavam cruzados e eu parecia brava. Queria mostrar isso para ele. Mas a verdade é que, eu estava feliz por estar ali. Meu coração estava quentinho e por dentro eu queria muito sorrir. Eu poderia dar uns gritinhos de felicidade só por isso.

Obra inesperada do destino [PAUSADA]Where stories live. Discover now