Capítulo 14 - Past

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Boa leitura! XoXo

Eles começaram a apresentar o gráfico da empresa no momento atual que nos encontramos.

Algumas pessoas faziam perguntas, outras apresentaram os seus relatórios e davam sugestões.

Eu não queria falar nada, estava aflita e pensativa, e o pior era que eu teria que falar algo uma hora ou outra. Eu juro que não sei o que aconteceu, mas toda vez que ouvia o nome daquele homem ou o via, sentia as sensações, os toques, a voz rouca de manhã e as lembranças invadiam meus pensamentos. Não eram grandes lembranças e muito menos momentos maravilhosos, mas me arrepiavam e por não ter tido um fim, algum nexo ou sentindo, me perturbavam esses devaneios.

— Senhorita Smith? -ouvi alguém com a voz do fundo me chamar e senti um chute de leve na perna. Olhei rápido para frente.

— Sim? Me desculpe!

— Qual a sua opinião? Você trabalha na área das finanças. Fez o relatório, certo? -a diretora me olhava sem entender.

— Sim! Já foram entregues! -me despertei e me concentrei. — Bom, nossos produtos estão em altas vendas e em recordes. Vamos ultrapassar em menos de dois meses a marca número um. Mas eu tenho uma sugestão, se me permiterem dá-la.

— Claro!

— Para atingirmos nossas metas e chegar na linha número um, precisamos fazer algo diferente com nossos produtos. Estamos indo bem demais, mas precisamos chegar sim em primeiro lugar. Eu sugiro abaixarmos 10% do preço para o começo, fazer algum tipo de liquidação com os produtos novos.

— Mas seria suicídio para nós!

— Somente na primeira semana! Tenho várias ideias para os produtos novos. Somos uma empresa grande, não irá nos prejudicar tanto assim.

— Concordo com ela! -Dylan disse. — Nossos produtos estão ultrapassados.

— Temos que ter criatividade, eu passo minhas ideias para aqueles que são encarregados e depois eles passam na minha sala para eu ver os preços e tudo mais. E pelo que eu vi aqui, -olhei o gráfico. - se não fizermos isso em três semanas, vamos parar no terceiro lugar e, de quebra, sem vendas totais. 

Começou uma falação na sala de reunião até a diretora tomar as rédeas e aceitar minha proposta. Em duas horas de reunião, decidimos o que seria feito.

Eu já estava na minha sala quando Angel retornou.

— Nossa, amiga, sua ideia foi genial!

— Obrigada! -sorri agradecida.

Continuamos nosso trabalho perfeitamente, até que acabo a metade e me direciono a sala do meu chefe.

Nervosa eu fui. Bati na porta e ouvi um entra. Seus olhos não saíam da tela do computador.

— Bom dia, Tom. Nesta semana você tem coisas para fazer.

— E quais seriam?

— Na quinta-feira a tarde você tem uma entrevista com a revista People, eles querem saber sobre suas novas negociações. Já na sexta-feira a noite você terá uma palestra no teatro Majestic Theatre e no sábado terá um almoço com seus sócios. -eu dizia olhando a prancheta.

— Perfeito! Obrigado! -ele disse e assenti indo em direção a porta. — Ahn... Senhorita Smith? -olhei para trás.

Que ele não diga nada sobre o que passamos. Não quero relembrar. -pensei.

— Poderia pedir um café com chantilly para entregar aqui, fazendo favor? -ele pediu me olhando.

E foi nessa hora que nossos olhos se encontraram. Não sei se foi coisa da minha cabeça, mas senti sua tensão diminuir ao encontrar meus olhos. Antes ele encarava seriamente o computador, é como ele sempre trabalha, sério, não muito comunicativo e misterioso. Tom era focado seu trabalho e levava aquilo a sério, tinha regras de trabalho que ele seguia. Fora da empresa, ele é uma pessoa mais leve.

Obra inesperada do destino [PAUSADA]Where stories live. Discover now