Obra inesperada do destino [PAUSADA]

Capítulo 25 - I like you

Boa leitura! XoXo

Camila's POV

No meu horário de almoço foi quando eu finalmente abri a boca. Fiquei com ela fechada a manhã inteira, para tudo. Não comi nada, não bebi nada. Apenas falei quando fui entregar o café ao meu chefe, dizendo ao entrar "aqui está seu café" e pedir licença ao sair. Chamei Angel e fomos em direção ao elevador conversando sobre as ameaças, foi quando Rebeca apareceu e paramos de falar sobre. Angel a convidou para almoçar com a gente, e ela aceitou. Eu sinto que algo nela não é verdadeiro, sua simpatia forçada. Escutei muitas conversas dela com a amiga antes quando ainda eram estagiárias no teste. Uma pena a amiga não ter passado. Rebeca é muito boa no trabalho, se esforça e faz tudo certo, mas eu tenho pé atrás com ela, ainda mais quando me pediu ajuda com nosso chefe para ter algo com ele. Meus nervos poderiam ter explodido no momento que perguntou aquelas coisas, mas mantive a linha.

Fomos almoçar no restaurante de sempre, o grande da esquina próximo á empresa. Era mais perto, mais gostoso e era onde a maioria almoçava. Angel sem querer tocou no assunto das mensagens, ignorando totalmente a presença de nossa colega de trabalho. Eu tentei disfarçar o assunto com caras e bocas ou falando nada com nada, mas parece que Angel não entendeu. Às vezes minha melhor amiga é lerda.

— Camila, isso é grave! Você tem que denunciar. -Rebeca disse olhando sério para mim, que estava ao meu lado. A olhei e voltei minha atenção à Angel, que sentava a minha frente.

— Eu já pensei nisso, mas o número é anônimo. Quero mudar de número ainda essa semana, vou arrumar tempo para ir na loja da operadora.

— Caramba, que situação! E o que a pessoa quer?

— Não faço ideia, as mensagens são forçadas. Não teve ameaça forte e muito menos algo que me incomode a ponto de fazer algo de tão urgente.

— Toma cuidado, viu? Se eu puder ajudar em algo... -Rebeca mudou o tom de preocupação para tristeza. Sorri em agradecimento.

Voltamos a comer e mudei de assunto. Depois de descansarmos ali, passando nossa uma hora do horário de almoço, subimos. Antes de pegar o elevador na secretaria da empresa, onde o porteiro ficava, Rebeca me chamou.

— Camila? -a olhei. — Chega aqui, fazendo favor.

— O que foi?

— Nossa, já tem bastante tempo. -riu sem graça. — Mas tô para te perguntar. Você falou com o senhor Hiddleston sobre nossa conversa? -coçou a cabeça sem jeito, que estava com os cabelos negros em um coque bem feito.

— Me desculpe, eu acabei me esquecendo total. Eu falo com ele essa semana quando tiver tempo e te comunico. -sorriu em agradecimento. — Posso te fazer uma pergunta também?

— Claro!

— Aquele pen-drive que me entregou, você olhou o que tinha nele? -negou. Meu coração desacelerou, senti um alívio. — E quem a entregou, você se lembra?

— Foi o Max, o entregador de correspondência na empresa. Ele disse que um homem o entregou pedindo para me entregar. Eu não sei o que tinha, apenas o seu nome. Max disse: "Um homem que me entregou pediu para entregar a Camila. Achei estranho. Entregaria para mim de forma segura?" E outra, o homem não trabalha na empresa. Estranhei, mas fiz.

— Entendi, obrigada. -caminhei de volta para o elevador, onde Angel me esperava segurando a porta.

— E o que tem dentro? -me olhou curiosa. Rebeca era um pouco mais baixa que eu, mesmo de salto, ela olhando para cima/mim, era engraçado.