𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]

{120} O Começo

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120. O Começo
           
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  Lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que era bom, generoso e corajoso, porque ele cruzou o caminho de Lorde Voldemort. Lembrem-se de Cedric Diggory.
 
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ᴿᵒˣᵃⁿⁿᵉ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ'

    Quando relembrei os acontecimentos, mesmo um mês depois, eu descobri que havia pouco a se lembrar dos dias que se sucederam. Era como se eu tivesse passado por coisas em excesso para poder absorver mais alguma. Embora agora eu soubesse grande parte do que ocorreu, eu não queria lembrar com exclusividade daquele dia. As lembranças que eu guardava eram dolorosas demais.

   Madame Pomfrey disse que eu escapei por sorte de ter um dano permanente daquela Maldição, eu evitava me lembrar da dor que eu senti, e desejava profundamente poder arrancar aquilo da memória, embora não tivesse como. Os acontecimentos da noite de vinte e quatro de junho ardiam vívidos na minha mente e dificilmente eu esqueceria algum dia.

   Lavender se sentiu culpada por ter me deixado sozinha, estava chorando demais quando a vi no dia seguinte, mas a consolei dizendo que não era culpa dela, afinal não era mesmo. Não era culpa de ninguém. Lee também estava mal quando o vi depois do dia da Maldição, ele passou a tarde comigo na enfermaria, brincando com meu cabelo, e falou o quanto estava preocupado que algo acontecesse comigo e repetiu inúmeras vezes o quanto eu era importante para ele.

   Soube que Harry falou com os Diggory. A morte de Cedric foi meio difícil pra mim de engolir, embora eu nunca tenha sido próxima dele, eu sabia que ele era um bom menino, fiquei feliz de que seus pais não culparam Harry e pareceram satisfeitos de saber que o filho não sofreu antes de partir.

   Eu e Harry retornamos à Torre da Gryffindor na noite seguinte. Pelo que Hermione e Rony nos contaram, Dumbledore se dirigira à escola naquela manhã, ao café. Pedira apenas que deixassem a eu e Harry em paz, que ninguém o fizesse perguntas nem o aborrecesse pedindo que contasse o que acontecera no labirinto. Apenas suspirei fundo, não entendia como todos sabiam o que aconteceu comigo. A maioria dos colegas, reparei, estavam dando distância de Harry nos corredores, evitando olhá-lo. Alguns cochichavam tampando a boca com as mãos quando o garoto passava. Não pude deixar de reparar os olhares em mim também, e aquilo me incomodou.

    Eu imaginei que muitos teriam acreditado no artigo de Rita Skeeter sobre a perturbação mental de Harry e a possibilidade de ser perigoso. Talvez estivessem formulando as próprias teorias sobre a morte de Cedric. Mas não fazia muita diferença. Nos dias que se sucederam, eu, Harry, Rony e Hermione apenas conversávamos de outras coisas ou então eles deixavam a mim e Harry ficar calados enquanto jogávamos xadrez.