{41} Diário roubado

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  Sempre soubemos que Hagrid tinha uma queda lamentável por criaturas grandes e monstruosas, mesmo assim foi difícil pra mim acreditar no que Harry dizia. Ele afirmava que na noite anterior do dia dos namorados, ele conseguiu se comunicar com Riddle através do diário e como esperado o tal disse que ganhou o prêmio por ter pego a pessoa responsável por abrir a câmara, e parece que Harry meio que entrou no diário e acessou a memória de cinquenta anos atrás onde mostrava que na verdade Hagrid quem abriu e mantinha um monstro guardado na escola, o que meio que explica porque ele foi expulso de Hogwarts, mas ainda não consigo raciocinar tudo isso. Eu, Ron e Mione o fizemos repetir várias vezes o que vira, até ele ficar cheio de contar sobre isso e cheio das conversas compridas e tortuosas que se seguiam à sua história.

— Você não acha mesmo que o Rúbeo mataria alguém, né? — Perguntei, incrédula

— Não estou querendo dizer isso, apenas pensem comigo, e se... quando criança, Hagrid tivesse ouvido falar que havia um monstro escondido em algum lugar do castelo, eu tenho certeza de que ele teria feito o possível para dar uma espiada. — Explicou Harry — Provavelmente pensaria que era uma vergonha o monstro ficar preso por tanto tempo e que obviamente merecia uma oportunidade de esticar as pernas. Não conseguem imaginar o Hagrid de treze anos fazendo isso?

— Bem, acho que consigo pensar nele tentando pôr uma coleira e uma guia no bicho. — Ron ironizou

— Sim, mas tenho certeza de que Hagrid jamais quisera matar alguém. — Harry continuou pensativo

— Riddle pode muito bem ter apanhado a pessoa errada. — Disse Mione — Talvez fosse outro o monstro que estava atacando as pessoas...

— Quantos monstros vocês acham que cabem aqui no castelo? — Perguntou Rony abobado

— O fato é que sempre soubemos que Hagrid foi expulso. — Falei pensativa

— E os ataques devem ter parado depois que o mandaram embora. Do contrário, Riddle não teria ganho um prêmio. — Harry completou

    Rony tentou um ângulo diferente.
   
— Riddle se parece com o Percy, afinal quem pediu a ele para dedurar o Hagrid? — Disse ele

— Ô pateta, o monstro tinha matado alguém! — O lembrei

— E Riddle ia voltar para um orfanato de trouxas se fechassem Hogwarts. — Disse Harry — Não posso culpá-lo por querer ficar aqui...

— Você encontrou o Hagrid na Travessa do Tranco, não foi, Harry? — Perguntou Mione

— Ele estava comprando um repelente para lesmas carnívoras. — Respondeu Harry depressa

    Nós quatro nos calamos. Passado muito tempo Mione deu voz à pergunta mais cabeluda num tom hesitante.

— Vocês acham que devemos perguntar ao Hagrid o que aconteceu?

— Ia ser uma visita animada. — Resmungou Rony  — “Olá, Hagrid. Conte para a gente, você andou soltando alguma coisa selvagem e peluda no castelo, ultimamente?”

   Por fim, acabamos resolvendo não dizer nada a Hagrid a não ser que houvesse outro ataque e, como muitos e muitos dias se passaram e nada aconteceu, começamos a alimentar esperanças de que nunca precisaríamos perguntar a ele os motivos de sua expulsão.

   Fazia agora quase quatro meses desde que Justino e Nick Quase Sem Cabeça tinham sido petrificados, e quase todo mundo parecia pensar que o atacante, fosse quem fosse, tinha se retirado para sempre. Eu não havia falado com Draco desde o dia dos namorados, ele parecia sempre bastante aborrecido quando me via e evitava olhar para mim. Pirraça finalmente se cansara do seu refrão “Ah, Potter podre”, Ernie Macmillan pediu certo dia a Harry, com muita educação, para lhe passar um balde de sapos saltitantes na aula de Herbologia, e em março várias mandrágoras deram uma festa de arromba na estufa três, o que deixou a Professora Sprout muito feliz.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now