{83} A Copa Mundial de Quadribol

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    A atmosfera de excitação foi-se adensando como uma nuvem palpável sobre acampamento, à medida que a tarde avançava. À hora do crepúsculo, o próprio ar parado de verão parecia estar vibrando de excitação, e quando a noite se estendeu como um toldo sobre os milhares de bruxos que aguardavam, os últimos vestígios de fingimento desapareceram: o Ministério pareceu se curvar ao inevitável e parou de combater os indisfarçáveis sinais de magia que agora irrompiam por toda parte.

  Ambulantes aparatavam a cada metro, trazendo bandejas e empurrando carrinhos cheios de extraordinárias mercadorias. Havia rosetas luminosas –verdes para a Irlanda, vermelhas para a Bulgária – que gritavam os nomes dos jogadores, chapéus verdes cônicos enfeitados com trevos dançantes, echarpes búlgaras adornadas com leões que rugiam de verdade, bandeiras dos dois países que tocavam os hinos nacionais quando eram agitadas; havia miniaturas de Firebolts, que realmente voavam, e figurinhas colecionáveis dos jogadores famosos, que andavam se exibindo nas palmas das mãos.

   Meus olhos brilharam com aquela infinidade de coisas e eu só queria tudo.
  
— Guardei o meu dinheiro o verão todo para o dia de hoje. — Disse Rony a Harry, quando nós quatro saímos caminhando entre os vendedores comprando lembranças

— Eu também. — Cantarolei empolgada balançando uma saca de moedas

  Embora tanto eu quanto Rony já tivéssemos compradoum chapéu com trevos dançantes e uma grande roseta verde, compramos também uma figurinha de Vítor Krum, o apanhador búlgaro. O brinquedo andava para a frente e para trás nas nossas mãos, amarrando a cara para a roseta verde acima.

— Como você é invejoso, quer comprar tudo que eu compro. — Resmunguei para Ron de brincadeira

— Fazer o que se somos gêmeos e gostamos das mesmas coisas. — Rony falou de volta com um sorriso

— Uau, olha só para isso! — Exclamou Harry, correndo até um carrinho atulhado de coisas que pareciam binóculos de latão, só que eram cheios de botões estranhos.

— Onióculos. — Disse o vendedor pressuroso — Você pode rever o lance... passar ele em câmara lenta... e ver uma retrospectiva lance a lance, se precisar. Pechincha: dez galeões um.

— Por Godric Gryffindor! — Exclamei com meus olhos brilhando

— Eu queria não ter comprado isso. —Disse Rony, indicando o chapéu com os trevos dançantes e olhando, de olho comprido, para os onióculos

— Quatro. — Disse Harry com firmeza ao bruxo

— Não... não precisa. — Falamos eu e Rony ao mesmo tempo ficando vermelhos

   Por mais que quiséssemos muito os onióculos, não podíamos aceitar algo tão caro assim de Harry.
  
— Não esperem ganhar nada no natal. — Disse Harry, empurrando os onióculos nas minhas mãos, nas de Rony e de Hermione — Nem de aniversário, por pelo menos uns dez anos, não se esqueçam.

— É justo. — Disse Rony rindo

— Obrigada, Harry. — Falei com um sorriso

— Aaah, obrigada, Harry. — Disse Hermione — E eu compro os programas para nós, olha...

   As bolsas de dinheiro bem mais leves, nós quatro voltamos às barracas. Bill, Charlie e Ginny também estavam usando rosetas verdes, e papai carregava uma bandeira da Irlanda. Fred e George não compraram nada porque tinham entregado todo o dinheiro a Bagman.

   Então, ouvimos um gongo, grave e ensurdecedor, bater em algum lugar além da floresta e, na mesma hora, lanternas verdes e vermelhas se acenderam entre as árvores, iluminando o caminho até o campo.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now