{19} A toca

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  Eu estava já desesperada, o que eu mais queria era só dizer que era culpa de Fred e George, mas não podia culpar eles, sendo que eu e Ron também tínhamos um pouco de culpa.

— Bom dia, mamãe. — Falei calorosa com o que me pareceu ser uma voz lampeira e cativante

— Não me venha com bom dia mamãe, como se nada tivesse acontecido. Vocês fazem ideia da preocupação que eu senti? — Ela perguntou num sussurro letal

— Desculpe, mamãe, mas sabe, tínhamos que...

    Nós quatro éramos mais altos do que ela, mas nos encolhiamos à medida que a raiva dela ia desabando sobre nós.

— As camas vazias! Nenhum bilhete! O carro desaparecido... Podia ter batido... Podiam ter sido vistos...  Eu estava aqui louca de preocupação... Vocês se importaram?... Nunca em minha vida... Esperem até o pai de vocês voltar, nunca tivemos problemas assim com o Bill, nem com o Charlie, nem com o Percy...

— Claro, o Percy perfeito. — Fred resmungou

— VOCÊS BEM QUE PODIAM SE MIRAR NO EXEMPLO DO PERCY! — Ela berrou novamente, mas dessa vez apontando o dedo no peito de Fred — Tem ideia do que poderia ter acontecido? Vocês podiam ter morrido, podiam ter sido vistos, podiam ter feito seu pai perder o emprego...

— VOCÊS BEM QUE PODIAM SE MIRAR NO EXEMPLO DO PERCY! — Ela berrou novamente, mas dessa vez apontando o dedo no peito de Fred — Tem ideia do que poderia ter acontecido? Vocês podiam ter morrido, podiam ter sido vistos, podiam ter feito seu pai perd...

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  Parecia que o sermão estava durando horas. Mamãe ficou rouca de tanto gritar até se virar para Harry, que recuou.

— É claro que não é sua culpa, Harry. Estou muito contente em vê-lo, querido. — Falou com uma voz doce — Entre, venha tomar café.

   Logo mamãe deu meia-volta e entrou em casa, Harry, depois de lançar um olhar nervoso a Rony, que acenou com a cabeça animando-o, acompanhou-a.

   Não demorou, para que eu e os meninos também entrássemos, a cozinha era pequena e um tanto apertada. Havia ao centro uma mesa de madeira muito escovada e cadeiras, Harry já estava sentado na beirada de uma, espiando à sua volta. Me sentei ao lado de Harry e Rony se sentou do outro lado, enquanto observavamos mamãe que batia pratos e panelas, preparando o café da manhã um pouco a esmo, lançando olhares feios para nós enquanto atirava salsichas na frigideira. De vez em quando resmungava coisas como “não sei o que estavam pensando” e “eu nunca teria acreditado”.

— Claro que  não estou culpando você, querido. — Ela tranquilizou Harry, servindo oito ou nove salsichas no prato dele — Arthur e eu estivemos preocupados com você, também. Ainda na outra noite estávamos falando que iríamos buscá-lo pessoalmente se você não escrevesse a Rony ou Rox até sexta-feira. Mas francamente — (Ela agora acrescentava três ovos fritos às salsichas) — Atravessar metade do país em um carro ilegal, vocês podiam ter sido vistos...

    Ela acenou a varinha displicentemente em direção dos pratos na pia, que começaram a se lavar, entrechocando-se de leve ao fundo.

— Estava nublado, mamãe! — Exclamou Fred

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora