{111} A Volta de Almofadinhas

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   O outro dia começou bem mais tranquilo que o anterior, e eu estava com um humor também bem melhor; ainda no café da manhã, a coruja marrom que Harry enviara a Sirius com a data do fim de semana em Hogsmeade apareceu na hora do café da manhã de sexta-feira com metade das penas viradas pelo avesso; Harry mal acabara de desprender a resposta de Sirius, a coruja levantou vôo, visivelmente receosa de que fosse ser despachada outra vez. A carta de Sirius era quase tão curta quanto a anterior.

  Esteja nos degraus no fim da estrada que sai de Hogsmeade (depois da Dervixes & Bangues) às duas horas da tarde de sábado. Traga o máximo de comida que puder.

— Ele não voltou a Hogsmeade? — Perguntou Rony, incrédulo

— É o que parece, não é? — Disse Hermione

— Mas pode ser perigoso, não? — Observei

— Não dá para acreditar. — Disse Harry tenso — Se ele for apanhado...

— Mas até agora não foi, não é? — Disse Rony — E agora o lugar nem está mais infestado de dementadores.

— Hogsmeade? Isso é sério!? — Vega protestou, como sempre aparecendo magicamente ao nosso lado

— Você não pode ir nem com a sua mãe? — Rony perguntou

— É errado, seria injusto com os outros alunos, só posso ano que vem. — Disse ela revirando os olhos

— Mas tem outra forma de você ir. — Harry sorriu para a menina que ele via como uma irmã e dobrou a carta de Sirius

— Qual? — Perguntou a menina

— Mas tarde a gente te conta. — Falou se levantando

Seguimos, portanto, para a última aula da tarde – os dois tempos de Poções – Harry parecia muitíssimo mais animado do que era o seu normal quando descia as escadas para as masmorras. Eu, estava com um humor indecifrável aquele dia.

   Observei que Malfoy, Crabbe e Goyle estavam parados à porta da sala de aula com o grupinho de garotas da Slytherin que andava com Pansy Parkinson. Todas estavam olhando alguma coisa que eu não pude ver e davam risadinhas animadas. A cara de buldogue de Pansy espiava excitada por trás das largas costas de Goyle quando eu, Rony, Harry e Hermione nos aproximamos.

— Eles vêm vindo aí, eles vêm vindo aí! — Disse ela entre risadinhas e o ajuntamento de alunos da Slytherin se desfez. Logo vi que Pansy tinha nas mãos uma revista – o Semanário das Bruxas. A foto animada na capa mostrava uma bruxa de cabelos crespos, com um sorriso cheio de dentes, que apontava com a varinha para um grande bolo de claras.

— Talvez você encontre aí uma coisa do seu interesse, Granger! — Disse Pansy em voz alta e atirou a revista para Hermione, que a aparou, fazendo cara de espanto. Naquele momento, a porta da masmorra se abriu e Snape fez sinal para todos entrarem.

   Eu, Hermione e os meninos nos dirigimos a uma mesa no fundo da sala como de costume. Quando Snape deu as costas à turma para escrever no quadro-negro os ingredientes da poção do dia, Hermione folheou rapidamente a revista, por baixo da mesa. Finalmente, nas páginas centrais, ela encontrou o que estava procurando. Eu, Harry e Rony nos aproximamos. Uma foto colorida de Harry encimava uma pequena notícia intitulada “A MÁGOA SECRETA DE HARRY POTTER”:

  Um garoto excepcional, talvez – mas um garoto que sofre todas as dores comuns da adolescência, escreve Rita Skeeter. Privado do amor desde o trágico falecimento dos pais, Harry Potter, catorze anos, pensou que tinha achado consolo com sua namorada firme em Hogwarts, a garota nascida trouxa, Hermione Granger. Mal sabia que em breve estaria sofrendo mais um revés emocional numa vida afligida por perdas pessoais.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now