{18} Carro enfeitiçado

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   Era mais que ótimo finalmente estar em casa. Vivo no mesmo lugar desde que me lembro, não era um lugar exageradamente chique, mas era o meu lar, podia não ter luxo, mas amor e carinho nunca faltou.

    Logo avistei de longe uma garagem desmantelada num pequeno quintal e vi minha casa, na verdade ela parecia ter sido no passado um grande chiqueiro de pedra, a que foram acrescentando cômodos aqui e ali até ela atingir vários andares e era tão torta que parecia ser sustentada por mágica, o que é claro, era bem provável. Quatro ou cinco chaminés estavam encarrapitadas no alto do telhado vermelho. Em um letreiro torto enfiado no chão, próximo à entrada, lia-se A TOCA. Em volta da porta de entrada amontoava-se uma variedade de botas de borracha e um caldeirão muito enferrujado. Várias galinhas castanhas e gordas ciscavam pelo quintal.

— Lar, doce, lar

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— Lar, doce, lar. — Ron ironizou olhando para lá

   Meus olhos brilhavam, como era bom estar de volta. A melhor parte, com certeza, era voltar a comer a comida de mamãe que era a melhor de todas. Eu e Ron contamos tudinho que tinha acontecido, e ela ficou bem orgulhosa de saber que ganhamos os cem pontos de uma vez, mas meio brava pelas outras coisas consideradas perigosas. Outro ponto positivo, era voltar ao meu quarto, como eu estava com saudades daquilo. De papai, mamãe e Ginny principalmente.

   Vi os dias correrem com rapidez, enquanto passávamos as tardes treinando quadribol em um campo aberto, perto da nossa casa, ou corriamos para caçar duendes, às vezes eu ajudava mamãe na cozinha, ela me ensinou a fazer ótimos biscoitos de gengibre e bolo de cenoura, no entanto não havíamos recebido nenhuma notícia de Harry, o que nos preocupava muito, mesmo que o fim das férias já estivesse se aproximando.

— Eu o mandei quase trinta cartas. Umas vinte vezes eu tentei o convidar para vim aqui. Mynes já está cansada. — Murmurei no café da manhã

— Errol já está meio morto também, eu mandei umas cinquentas cartas para Harry, mas ele não respondeu nenhuma. — Ron continuou

— Será que aconteceu algo com ele, mamãe? — Ginny perguntou olhando para ela

— Não, querida. Acredito que Harry só esteja ocupado, ou talvez os tios dele estejam interferindo em alguma coisa, mas tenho certeza que não aconteceu nada de mais.

    O que mamãe falou me deixou com uma pulga atrás da orelha, era óbvio que os Dursley tinha feito alguma coisa. Foi quando papai apareceu e sentou-se à mesa. Ele usava o uniforme do trabalho, vestes verdes e longas, que estavam empoeiradas e amarrotadas da viagem.

— Que noite. — Murmurou ao entrar — Vocês não tem ideia do que aconteceu.

— O que houve, papai?

— O amigo de vocês, Harry Potter recebeu uma advertência do ministério por usar magia na frente dos trouxas.

   Eu e Ron nos entreolhamos mais que depressa, cada um de um lado da mesa. Papai começou a explicar que ele tinha usado o feitiço da levitação e tinha sido usado na noite anterior, eu e Ron apenas escutamos sem falar muito sobre. O que era claro era que Precisávamos saber mais que depressa o que estava acontecendo com Harry, mas eu não tinha ideia como. Naquela mesma noite, enquanto eu dormia tranquilamente no meu quarto e sonhava que era uma jogadora profissional de quadribol, pude sentir alguém me sacolejando e tentando me acordar, abri meus olhos lentamente e vi Fred bem a minha frente, com seu pijama de listras e cara de quem ia aprontar.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora