{54} Riddikulus!

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ROXANNE WEASLEY

   O Professor Lupin não estava em sala quando chegamos para a primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, que de praxe, seria com o pessoal da Slytherin mais uma vez. Encontrei com Lav e Parvati ainda na porta, e Amélia estava com elas, tiramos das mochilas os livros, penas e pergaminho e estávamos conversando quando o professor finalmente apareceu. Lupin sorriu vagamente e colocou a velha maleta surrada na escrivaninha. Estava malvestido como sempre, mas parecia mais saudável do que no dia do trem, como se tivesse comido umas refeições reforçadas.

— Boa tarde! — Cumprimentou ele — Por favor guardem todos os livros de volta nas mochilas. Hoje teremos uma aula prática. Os senhores só vão precisar das varinhas.

   Alguns alunos se entreolharam, curiosos, enquanto guardavam os livros. Era fato que nunca tínhamos tido uma aula prática de Defesa Contra as Artes das Trevas antes, a não ser que considerassemos aquela aula inesquecível no ano anterior, em que o professor Lockart tinha trazido uma gaiola de diabretes e os soltara na sala. Mas, eu estava animada, acho que a aula de Lupin vai ser interessante.

— Certo, então... — Disse o Prof. Lupin, quando todos estavam prontos —Queiram me seguir.

     Já estava com a minha varinha em mãos e mesmo intrigada, assim como toda a sala, bastante interessada, nos levantamos e o seguimos para fora da sala. Ele nos levou por um corredor deserto e virou num canto, onde a primeira coisa que vimos foi o Pirraça flutuando no ar de cabeça para baixo, e entupindo com chicles o buraco da fechadura mais próxima. Ele não ergueu os olhos até o professor chegar a mais ou menos meio metro, então, agitou os dedos dos pés e começou a cantar.

— Louco, lobo, Lupin. — Entoou ele — Louco, lobo, Lupin...

    Grosseiro e intratável como era quase sempre, Pirraça em geral demonstrava algum respeito pelos professores. Todos olhamos na mesma hora para Lupin a ver qual seria a sua reação àquilo; para surpresa de todos, o professor continuou a sorrir.

— Eu tiraria o chicle do buraco da fechadura se fosse você, Pirraça. — Disse ele gentilmente — O Senhor Filch não vai poder apanhar as vassouras dele.

   Mas o poltergeist não deu a mínima atenção às palavras do professor a não ser para respondê-las com um ruído ofensivo e alto feito com a boca. O professor deu um breve suspiro e tirou a varinha.

— Este é um feitiçozinho útil. — Disse à turma por cima do ombro. – Por favor observem com atenção. — Acrescentou ele erguendo a varinha até a altura do ombro e disse: — Uediuósi! — e apontou para Pirraça

   Com a força de uma bala, a pelota de chicle disparou do buraco da fechadura e foi bater certeira na narina esquerda de Pirraça; o poltergeist virou de cabeça para cima e fugiu a grande velocidade, xingando.

— Maneiro, professor! — Exclamou Dean Thomas admirado

— Sim, sim. Incrível! — Eu sorri também admirada

— Obrigado, Dean, obrigado, Roxanne. — Disse o professor tornando a guardar a varinha — Vamos prosseguir?

   Recomeçamos a caminhada, agora com a turma olhando o enxovalhado professor com crescente respeito. Lupin nos conduziu por um segundo corredor e parou bem à porta da sala de professores.

— Entrem, por favor. — Disse ele, abrindo a porta e se afastando para que pudéssemos passar

   A sala dos professores era uma sala comprida, revestida com painéis de madeira e mobiliada com cadeiras velhas e desaparelhadas, estava vazia, exceto por um ocupante. O Professor Snape estava sentado em uma poltrona baixa e ergueu os olhos para nós. Seus olhos brilhavam e ele tinha um arzinho de desdém em volta da boca. Quando o Professor Lupin entrou e fez menção de fechar a porta, Snape falou:

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now