{103} Nos Preparativos

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   Apesar da pesada carga de deveres de casa que os alunos do quarto ano tinham recebido para as férias, eu não estava com a menor vontade de estudar quando o trimestre terminou, e passei a semana que antecedeu o Natal divertindo-me o máximo possível como todos os outros alunos. A Torre da Gryffindor não parecia mais vazia agora do que estivera durante o tempo de aulas; parecia até ter encolhido ligeiramente, porque seus moradores estavam muito mais barulhentos do que o normal. Fred e George fizeram grande sucesso com os seus Cremes de Canário e, nos primeiros dois dias de férias, as pessoas não paravam de explodir em penas por todo o lado. Não tardou muito, porém, todos os alunos da Gryffindor aprenderam a olhar a comida que outras pessoas ofereciam com extrema cautela, para a eventualidade de ter Creme de Canário escondido no meio, e George confidenciou a mim e Amélia que ele e Fred agora estavam trabalhando em outra invenção. Eu fiz uma anotação mental para, no futuro, jamais aceitar sequer uma batata frita de Fred e George. Eu ainda não esqueci Duda e o Caramelo Incha-Língua, ou todas as oitss coisas que eles já aprontaram.

   Caía muita neve sobre o castelo e seus terrenos agora. A carruagem azul-clara da Beauxbatons parecia uma enorme abóbora coberta de gelo ao lado da casinha de bolo glaçado que era a cabana de Hagrid, enquanto as escotilhas do navio de Durmstrang estavam foscas e o cordame branco de gelo. Os elfos domésticos na cozinha se desdobravam para preparar pratos nutritivos, ensopados que aqueciam e sobremesas deliciosas, e somente Fleur Delacour parecia ser capaz de encontrar de que reclamar.

— É pesada demais, essa comida de Ogwarts. — Ouvimos ela reclamar mal-humorada, quando, certa noite, deixavamos o Salão Principal atrás dela (Rony escondendo-se atrás de Harry, cuidando para não ser visto por Fleur) — Não vou caberr nas minhas vestes de baile!

— Aaah, mas que tragédia. — Comentou Hermione na hora em que Fleur ia chegando ao saguão de entrada — Ela realmente se acha muito importante, essa aí, não é?

— A Importante. — Revirei os olhos pro jeito mimada dela

— Hermione, Rox, com quem vocês vão ao baile? — Perguntou Rony

   O garoto não parava de assediar a mim e Mione com essa pergunta, na esperança de nos fazer responder sem querer ao ser perguntada quando menos esperassemos. No entanto, eu não estava com vontade de falar e Hermione meramente franzia a testa e dizia:

— Não vou lhe contar porque você iria caçoar de mim.

— Também queria saber quem é seu par, Mione. — Apelei

— E eu já disse que só te conto quem é o meu quando você me falar quem é o seu.

— Você está brincando, Weasley? — Disse uma voz de repente às nossas costas. Respirei fundo logo reconhecendo a voz arrastada e o tom de deboche — Você está dizendo que alguém convidou isso para ir ao baile? Não foi o sangue ruim de molares compridos, foi?

   Eu, Harry e Rony nos viramos na mesma hora, eu o encarei séria, não acreditava que ele pudesse ser tão infantil.
  
— Que foi, Weasley? — Rosnou olhando sério para mim — Eu sei que eu sou bonito, não precisa ficar me encarando, vai cansar minha beleza.

— Muito maduro, você. — Revirei os olhos

— Mais que você com certeza. — Revidou

   Rony e Harry apenas olharam de mim para ele sem entender porque estávamos discutindo, mas Hermione disse em voz alta, acenando para alguém por cima do ombro de Malfoy:

— Olá, Prof. Moody!

   Malfoy de repente perdeu a compostura e ficou pálido, deu um pulo para trás, procurando Moody com um olhar alucinado, mas o professor ainda estava à mesa, terminando seu ensopado.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘, draco malfoy [1]Where stories live. Discover now